Assim como nos melhores parques do mundo

Brookfield/Estúdio Folha
O grande destaque do Curitiba 381 Ibirapuera é a vista direta para o Parque Ibirapuera

Para as pessoas que vivem nas metrópoles, poder morar pertinho de um parque é mais do que um privilégio. É qualidade de vida.

Ser vizinho de uma grande área arborizada, com pássaros, lagos e flores até onde a vista alcança, restaura o corpo e o espírito de quem passa o dia na correria intensa da vida moderna.

"Pesquisas mostram que homens e mulheres que contam com parques de fácil acesso são menos propensos à depressão e à ansiedade", informa a médica Thaís Mauad, professora da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

Um desses estudos foi realizado por Matthew White, psicólogo da Universidade de Exeter, na Inglaterra. Durante 18 anos, ele e sua equipe acompanharam 12 mil pessoas e observaram que os níveis de ansiedade e de depressão eram alterados conforme eles se mudavam para áreas mais cinzas ou mais verdes da cidade. Ao redor de parques e praças, a satisfação e o bem-estar eram maiores, enquanto a depressão diminuía.

Para o coordenador de compras Ciro Carvalho, que já morou ao lado do Ibirapuera e ainda é frequentador assíduo do local, viver perto de uma área verde é um diferencial. "As ruas ficam repletas de famílias. Além disso, ter o parque bem ao lado propicia o convívio com pássaros", conta Carvalho.

Em São Paulo, o parque Ibirapuera é a expressão máxima do oásis verde acessível e bem cuidado. Eleito o melhor parque do mundo pelo jornal britânico "The Guardian", em 2015, o Ibirapuera é descrito como "exuberante, curvilíneo em todas as direções, aqui misterioso, ali uma explosão de cores".

Morar nas ruas à sua volta é, portanto, um privilégio. A proximidade do parque influencia toda a vizinhança -os prédios são valorizados, a região é bem provida de serviços, lojas e restaurantes de qualidade, e as famílias passeiam a pé.

No último terreno disponível na rua Curitiba, localizada a 400 metros do Obelisco do Ibirapuera, está sendo erguido o empreendimento Curitiba 381 Ibirapuera. A partir das janelas com vidros translúcidos e sem obstáculos à frente, será possível contemplar o verde, além da arquitetura contemporânea de Oscar Niemeyer.

No meio do verde, o Curitiba 381 Ibirapuera se destaca com a fachada clean e imponente
No meio do verde, o Curitiba 381 Ibirapuera se destaca com a fachada clean e imponente

O clima também se beneficia da grande quantidade de árvores ao redor. No centro de um grande parque urbano, a temperatura chega a ser 7 graus inferior a das áreas mais distantes dele. O verde contribui ainda para elevar a umidade do ar, uma enorme vantagem na secura poluída de São Paulo. E a própria poluição é amenizada: estudos na Inglaterra comprovam que a presença de uma única árvore na frente de uma casa é capaz de filtrar metade dos poluentes na atmosfera.

Metrópoles no mundo todo comprovam os benefícios trazidos pelos parques à vida da população e, especialmente, de quem mora nas suas vizinhanças. Em Paris, capital de jardins históricos de beleza incomparável, os vizinhos do Jardim de Luxemburgo são vistos como membros de uma espécie de nobreza imobiliária. O mesmo se repete no entorno dos extensos e verdejantes parques de Londres e do Parque del Retiro, em Madri, uma pérola de tranquilidade na movimentada capital.

Em Nova York, com seus arranha-céus, viver de frente para o Central Park, um marco preservado como se fosse um tesouro, é privilégio tão grande que alguns prédios -como o Dakota, onde morou John Lennon- viraram atrações turísticas. A elevada demanda também coloca entre os mais valorizados de Chicago os edifícios erguidos em torno do Millenium Park, um novato entre seus colegas -foi inaugurado em 2004. Membro deste clube exclusivo de áreas verdes indispensáveis aos grandes centros, o parque Ibirapuera encanta quem o visita -e torna muito melhor a vida de quem mora perto dele.

Curitiba 381 Ibirapuera

Os melhores parques do mundo

PARQUE IBIRAPUERA (São Paulo, Brasil)
Abriga exposições na Oca, no Museu Afro Brasil e no Museu de Arte Moderna (MAM), além de shows e peças no Auditório Ibirapuera. Também atrai os visitantes com o Pavilhão Japonês e o Jardim das Esculturas. É frequentemente o local de atrações a céu aberto, como exibição de filmes e festivais de música, e de grandes eventos que marcam o calendário da cidade, como a Bienal. Morar com vista para o parque foi a escolha da atriz Regina Duarte e do apresentador Amaury Jr.

HIGH LINE PARK (Nova York, EUA)
Construído em uma linha de trem elevada desativada em Nova York. O projeto, aliás, tem sido referência para os paulistanos quando o assunto é a desativação do Minhocão. Encobrindo o concreto, há jardins, bancos e muita gente circulando, principalmente no verão nova-iorquino.

PARQUE GÜELL (Barcelona, Espanha)
É cultura por si só. O parque foi criado pelo arquiteto Antoni Gaudí (e conta com obras suas por toda sua extensão) por encomenda do empresário Eusebi Güell. O próprio Gaudí morou dentro do parque por quase 20 anos. Sua antiga casa é hoje a Casa-Museu Gaudí, que guarda objetos pessoais do artista, além de obras suas e de colegas.

CENTRAL PARK (Nova York, EUA)
É a opção para unir vários programas em um só. Além de ter locais propícios para corrida e caminhada, abriga um zoológico, além do icônico carrossel, que encanta adultos e crianças. Aos fins de semana, é comum que amigos se reúnam para jogar beisebol em um dos vários campos disponíveis. Não à toa, os arredores do parque já foram escolhidos como moradia por Madonna, Barbra Streisand, Denzel Washington, Mark Wahlberg e outras celebridades.