O governo do Piauí tem por meta não deixar nenhum morador do estado desassistido neste período de pandemia. Para isso, estuda formas de alcançar as famílias que não se enquadram nos critérios estabelecidos pelo governo federal para concessão dos benefícios emergenciais.

"Vamos fazer busca ativa para que essas pessoas sejam ajudadas por nós, reunindo todos os órgãos possíveis para alcançar o máximo de famílias. É preciso levantar o que falta em termos documentais e resolver. Os que não se enquadrarem, vamos ajudar por outras fontes", determinou o governador Wellington Dias.

Uma das medidas em análise é o repasse do recurso da merenda escolar para famílias carentes. O valor equivalente ao investimento feito para a alimentação do estudante da rede estadual seria transferido para a conta bancária de seu responsável. O Piauí desembolsa mensalmente mais de R$ 4 milhões com merenda.

"Um banco oferece a alternativa de creditar o dinheiro em três dias. A instituição usa um aplicativo que gera um código para o beneficiado, que pode sacar o valor ou usar o crédito na rede comercial credenciada", afirma o secretário de Estado da Educação, Ellen Gera.

O governo estuda, ainda, transferir o recurso referente ao transporte escolar, suspenso desde o fechamento das escolas, em 16 de março.

O dinheiro também pode ser usado para a aquisição de cestas de alimentos.

	Ccom-PI/Divulgação
	Aluna da rede estadual recebe sacola de alimentos

Segundo a Secretaria da Educação, há 135 mil estudantes matriculados na rede estadual; e 77 mil constam do cadastro do Bolsa Família. O principal programa de transferência de renda do governo federal beneficia ao todo 430 mil famílias piauienses.