Mudar filho de escola requer atenção especial dos pais

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Estudantes do Colégio Santa Amália

Mudar ou não o filho da escola? Se a decisão for pela matrícula em outra instituição, quais fatores devem ser levados em consideração?

Para Melina Sanjar, gerente de desenvolvimento e responsável pelo ensino médio técnico do Senac São Paulo, o próximo ano "será desafiador para diversos setores no mundo, e para a educação não será diferente".

Ela diz que, no momento de matricular o aluno em uma escola, "é importante certificar-se antes para conhecer a instituição a fundo e saber se a formação vai conceder o real protagonismo a quem realmente precisa: o estudante".

No Senac, afirma Melina, o jovem é preparado para "o mundo do trabalho e também para os principais vestibulares do país e para o Enem, desenvolvendo habilidades socioemocionais, construindo um projeto de vida consistente e possibilitando que ele tenha possibilidades de ingressar no mercado com a certificação que vai receber a cada ano, sem precisar aguardar pelo diploma ao término do curso".

Segundo a especialista, os pais também devem observar se a instituição adota o uso da tecnologia na formação do estudante. "Esse incentivo, por meio de plataformas digitais, por exemplo, é muito importante, pois prepara o jovem para lidar com ferramentas que ele utilizará no mercado de trabalho."

Por fim, Melina afirma que o apoio emocional que a instituição oferece, tanto aos estudantes quantos aos pais, também deve ser considerado.

Para Maria Zélia Miceli, gestora dos colégios Santa Amália e responsável pelo eixo de edu cação da Liga Solidária (organização social sem fins lucrativos que atende em torno de 13 mil pessoas, de crianças a adultos), a pandemia provavelmente vai influenciar a decisão dos pais. "Porque muitas famílias podem achar que o trabalho do colégio em 2020 deixou a desejar. Por isso, é bom lembrar a história da escola, como ela trabalhou nos anos anteriores."

Segundo Maria Zélia, os pais e responsáveis devem tentar responder a várias questões. "O colégio novo está atualizado quanto à nova base curricular? Quais são as metodologias de ensino? O corpo docente recebe formação continuada? A instituição tem bons resultados no Enem ou nos vestibulares? Os alunos participam de competições esportivas?"

Os estudantes, de acordo com a gestora, "gostam de buscar novos desafios, ampliar os relacionamentos pessoais, alcançar mais autonomia".

"Então a escola tem de ser uma parceira da família. É dever da escola orientar a família em relação aos aspectos importantes do ensino, e não apenas aqueles da área de marketing."

Por causa da pandemia, as famílias devem estar atentas a questões pontuais: "Os pais devem observar e conhecer pessoalmente os prédios. Saber se há espaços para atividades ao ar livre, se as salas de aula são amplas e arejadas", aponta Maria Zélia.

"As escolas têm de se replanejar em relação ao atendimento ao aluno e ao acompanhamento emocional. Porque houve um 'gap' no aprendizado. O ensino remoto emergencial não teve a abrangência que o ensino presencial tem."

Henrique Assale/Estúdio Folha
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