O Colégio Farias Brito, tricampeão no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), oferece o programa "Fascículos Enem" no site FB Online. O curso complementar de preparação para as provas é totalmente gratuito e contempla as 120 habilidades da matriz de referência do exame, sendo 30 para cada área do conhecimento.

As provas do Enem 2019 acontecem nos dias 3 de novembro - Linguagens, Códigos e suas Tecnologias / Redação / Ciências Humanas e suas Tecnologias - e 10 de novembro - Ciências da Natureza e suas Tecnologias / Matemática e suas Tecnologias.

O programa do FB Online ajuda os estudantes a identificar e compreender as habilidades que servem como referência à prova. Para isso, usa os microdados do exame, disponibilizados pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), que mostram a habilidade presente na elaboração de cada item.

Dividido em 16 fascículos, o curso apresenta todas as habilidades nas áreas de Linguagens (Redação), Ciências Humanas, Ciências da Natureza e Matemática, em formato de material didático, videoaulas, dicas valiosas dos professores, propostas de redação, além de comentários sobre todas as questões disponíveis na plataforma.

Para acessar o programa, é só fazer um cadastro no FB Online. O usuário deve selecionar um curso, que pode ser o "Plano Enem" ou o "Plano Enem + Medicina". Depois, basta clicar no botão "Testar Grátis" e encontrar os fascículos na página inicial do site.

VEJA ABAIXO O VÍDEO EXPLICATIVO

Veja o vídeo explicativo

Confira a seguir dicas dos professores do Farias Brito sobre o que estudar em Linguagens, Inglês, Espanhol e Redação:

Professor explica as habilidades da área de Linguagens

O professor FB Tom Dantas é o especialista da Organização Educacional Farias Brito na área de Linguagem, Códigos e suas Tecnologias. Aqui, ele aborda as competências e habilidades cobradas no Enem sobre o tema. As explicações fazem parte dos fascículos 3, 7, 11 e 15 do programa do FB Online.

Segundo o educador, o Enem, ao apontar 9 competências e 30 habilidades para a área, permite que o candidato estude antecipadamente aquilo que a Matriz de Referência da prova estabelece para o ensino de linguagens na Educação Básica.

Para a Competência 1, por exemplo, exige-se de quem participa do Enem conhecimento prévio acerca das tecnologias da informação e comunicação na escola e no trabalho, ou seja, o que é relevante para a vida escolar e profissional de cada cidadão. Nesse sentido, é preciso que o candidato saiba identificar diferentes gêneros textuais e consiga reconhecer recursos expressivos (efeito de humor, ambiguidade etc.) presentes em gêneros modais (conto, crônica, fábula, bula, carta, currículo etc.) ou multimodais (tirinha, cartum, charge, infográficos etc.), comuns à escola ou ao trabalho.

Ainda para a Competência 1, o candidato deve identificar sistemas de comunicação (rádio, televisão etc.) ou mesmo gêneros textuais ligados à ação cidadã (manifesto, carta de solicitação, abaixo-assinado etc.) para resolver problemas de ordem social, como, por exemplo, solucionar tal indagação: como alguém deve apresentar um currículo a uma empresa quando se candidata a uma vaga de emprego?

Uma das habilidades primordiais para a Competência 1 é o reconhecimento, por parte de quem responde ao Enem, da função social dos gêneros textuais, o que requer conhecimento de conteúdo acerca do propósito comunicativo, do formato visual e dos aspectos linguísticos presentes em cada gênero que compõe os itens do Exame. Por último, é imprescindível o levantamento de hipótese acerca do posicionamento crítico do autor do gênero textual em questão, uma vez que a leitura inferencial crítica do participante desse Exame permite que se identifique seu nível de habilidade leitora.

Para a Competência 5, destacam-se 3 habilidades que buscam explorar, em diversas dimensões, o texto ficcional, isto é, a arte literária. Para tanto, o candidato precisa estudar, sobretudo, a história da literatura brasileira com foco em reconhecer: 1) momento de produção do texto literário, considerando contexto social, político, econômico, cultural etc.; 2) informações sobre as concepções artísticas - o que consiste em compreender - procedimentos estéticos literários - e sobre a construção do texto literário - o que requer do candidato conhecimento prévio acerca do texto em prosa e em verso; e 3) a presença de valores sociais e humanos atualizáveis no texto literário, o que nos leva a perceber uma função fundamental da literatura: a de ser guardiã do drama humano.

Ressalta-se, ainda, que o candidato precisa saber lidar com diferentes estilos da escrita artística em prosa e em verso, considerando, sobretudo, as condições socioculturais de sua produção e os recursos estéticos utilizados em sua composição. Por fim, não se pode esquecer de que é importante a prática interpretativa por parte do participante em uma linguagem repleta de expressividade, como é a do texto artístico-literário.

Para a Competência 6, a Matriz de Referência do Enem propõe ao candidato conhecer e identificar elementos linguísticos (conjunções, preposições, pronomes, advérbios etc.) ou extralinguísticos (tema, assunto, fonte, formato, tom do texto etc.) que concorrem para a progressão temática e para a organização e estruturação de texto de diferentes gêneros e tipos, ou seja, é necessário compreender as articulações internas em um texto, relacionando-as com a progressão temática.

Vale salientar, ainda, a necessidade de conhecer os tipos textuais (narrativo, descritivo, injuntivo, expositivo, argumentativo etc.) a fim de que se compreendam os formatos internos dos textos e, consequentemente, os gêneros textuais. Para que se saia bem nessa Competência, o participante deve ainda saber identificar as funções de linguagem (emotiva ou expressiva, referencial ou informativa, poética, fática, metalinguística, injuntiva ou apelativa) que aparecem em diferentes gêneros e tipos textuais, relacionando-as com os elementos da comunicação (emissor, contexto, mensagem, canal, código, receptor). Outro ponto a se considerar é a valorização do patrimônio linguístico brasileiro, o que exige conhecimento sobre características inerentes a uma língua, tais como: dinamicidade, coletividade e abstração.

Para a Competência 7, o candidato deve ter aprendido na escola a confrontar opiniões e pontos de vista presentes em diferentes linguagens e gêneros textuais (orais, escritos ou mistos) a fim de que se faça uma boa prova. Nota-se que, para que alguém possa sobressair nessa Competência, há exigência, por parte do Exame, de conhecimento mais apurado sobre como lidar com gêneros textuais em que a tipologia argumentativa predomina, ainda que essa característica não signifique cláusula pétrea para a criação de itens por parte dos elaboradores da prova.

Trata-se de uma competência em que as habilidades interpretativas são previamente delimitadas, o que requer treino por parte de quem pretende participar da prova. Para tanto, é imprescindível ficar atento ao uso de recursos verbais e não verbais usados com a finalidade de criar ou mudar comportamentos e hábitos no leitor; talvez por isso, o uso de gêneros multimodais seja uma das tônicas defendidas pela Matriz de Referência do Enem, quando o assunto é explorar a Competência 7. Ademais, aprender a relacionar, em diferentes textos, opiniões, temas, assuntos ou recursos linguísticos, é sumamente importante para que o candidato consiga fazer um bom exame.

Quem pretende participar do Enem precisa, também, desenvolver, em diferentes gêneros textuais (anúncio, artigo de opinião, editorial, carta de leitor etc.), habilidades inferenciais capazes de identificar estratégias de argumentação (comparação, causa e consequência, exemplificação, dado estatístico, comoção, sedução, intimidação, chantagem, citação de autoridade etc.) utilizadas pelo autor do texto com o objetivo de convencer o leitor acerca de seu ponto de vista sobre um determinado tema. Outras vezes, é necessário levantar hipótese de quem seja o público-alvo, ou seja, a relação entre interlocutores discursivos perpassa toda a composição de itens para avaliar as habilidades do participante no que diz respeito à Competência 7 durante o Enem.

Convém frisar, ainda, que, em todas as aplicações, os elaboradores de itens que compõem o Enem têm sido fiéis àquilo que está proposto na Matriz de Referência para a área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, isto é, avaliam-se seus participantes com base em competências e habilidades previamente definidas, as quais devem ser trabalhadas pelos professores da área durante a Educação Básica.

Entenda o que o Enem cobra em Língua Estrangeira Moderna - Inglês

O Enem utiliza, desde 2010, questões de Língua Estrangeira Moderna, inglês ou espanhol, como parte da prova de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, segundo o professor FB Anquisis Moreira. A Competência 2, dedicada a essas questões, fala em "conhecer e usar língua(s) estrangeira(s) moderna(s) como instrumento de acesso a informações e a outras culturas e grupos sociais". O Exame destaca 4 habilidades que abrangem os requisitos necessários para o uso dessa competência.

Na Habilidade 5, o candidato precisa ter a capacidade de identificar a relação de determinados vocábulos ou expressões de um texto com o assunto tratado pela passagem, o que indica uma relação semântica entre o termo destacado e o tema proposto na leitura. Vale ressaltar que não se trata de uma habilidade de tradução, mas, sim, de identificação de referência entre o vocábulo e o tema do texto.

A Habilidade 6 requer que o candidato detecte nos textos informações que permitam ver o idioma como meio de resolução de situações que envolvem situações do cotidiano, especialmente temas relacionados a informação, tecnologia e culturas. Textos de cunho tecnológico, da área da saúde e de linguagens são normalmente propostos para as questões, o que permite uma melhor associação do conhecimento da língua para a resolução da situação-problema indicada no item em questão.

A Habilidade 7 exige do candidato a compreensão das características linguísticas do idioma, destacando a função e o uso social da língua para a resolução de problemas inerentes ao cotidiano. Os textos abrangem questões sociais, charges e tirinhas, que normalmente retratam situações corriqueiras do dia a dia, anúncios publicitários e de campanhas sociais, além de infográficos e citações sobre temas sociais. Nessa Habilidade, além do conhecimento básico da língua, o candidato precisa ter um bom conhecimento de mundo para a melhor compreensão do comando em relação às informações presentes no texto.

Por último, temos a Habilidade 8, que destaca a produção cultural em língua estrangeira e o que isso representa como instrumento de divulgação da produção cultural de quem é falante desse idioma. As letras de música e as poesias são os textos mais comuns cobrados para essa Habilidade, mas a produção de outras formas de arte, como grafite, arquitetura, pintura e escultura, também é possível de ser destacada. A subjetividade da representação e identificação artística é um elemento a ser levado em conta para a melhor compreensão do que venha a ser exigido para a resolução do item, e as figuras de linguagem comumente usadas nesse tipo de texto precisam ser bem compreendidas para a melhor detecção das informações dos textos.

Vale ressaltar que todas as questões são de interpretação de textos e que o conhecimento da gramática do idioma se faz necessário para uma perfeita compreensão das ideias contidas nos textos, especialmente em função da diversidade de gêneros textuais utilizada pelo Exame.

O que estudar para a prova de Língua Estrangeira Moderna - Espanhol

A professora FB Ana Paula Ramos é a especialista do FB Online na língua espanhola. De acordo com a educadora, a Habilidade 5 refere-se à noção básica de conhecimento de vocabulário relacionado a temas abordados nos textos da prova, fazendo com que a prática de leitura seja fundamental para essa Habilidade. O conhecimento da tradução da palavra-chave, abordada no texto, ajuda no esclarecimento da questão, envolvendo vocabulário direto, ou seja, há palavras que o candidato necessita conhecer. Em algumas questões, deve-se perceber um jogo de sentido entre as palavras e a ideia central do texto. Algumas expressões se tornam o objeto para a construção das questões para essa Habilidade.

A Habilidade 6 refere-se à localização de informações no próprio texto, exige treino de leitura e de questões referentes a essa Habilidade, para que o aluno esteja preparado a buscar as informações contidas no texto. Os textos abordados tratam de assuntos tecnológicos, culturas dos diferentes países de língua espanhola, fazendo com que o aluno relacione o tema do texto ao mundo atual.

Nas questões propostas para a Habilidade 7, verifica-se a presença de gêneros textuais pertencentes a diversas esferas já conhecidas pelos participantes do Exame. Identificam-se, predominantemente, gêneros jornalísticos, embora seja frequente a presença de charges, cartuns, tiras e propagandas. O estudante precisa relacionar o texto ao seu uso social, evidenciando a consciência que possui em diferentes situações comunicativas. Por isso, precisará demonstrar entendimento do mundo em que vive e saber analisar os aspectos sociais presentes na sociedade.

A Habilidade 8 está diretamente ligada a questões culturais. A língua é apenas o meio para apresentá-las. O assunto proposto, ou seja, o texto-base é sobre assuntos culturais, e as alternativas também apresentam questões culturais. Priorizam o conhecimento da língua como instrumento ou meio de acesso a outras culturas, promovendo, dessa forma, o reconhecimento da produção cultural como representação da diversidade cultural e de diferenças sociais e linguísticas entre os povos. Nessa Habilidade, o aluno tem que analisar os textos em espanhol, com o objetivo de ampliar o repertório cultural. As habilidades buscadas envolvem a reflexão sobre a realidade estética e cultural dos outros países e sobre como a língua estrangeira é trabalhada em cada texto.

Professor dá visão geral da Redação e explica como é feita a correção

O professor FB Daniel Victor, do FB Online, explica que na edição de 2019 do Enem, o Inep, responsável pedagógico pelo Exame, disponibilizou aos candidatos um documento intitulado "Redação no Enem 2019 - Cartilha do Participante", no qual são explicitados alguns direcionamentos sobre a prova de Redação. Uma interessante forma de conhecer melhor o processo de correção e os critérios avaliados, segundo o educador, é fazer o download desse material no site do Inep, já que o estudante deve se moldar ao que é exigido na prova. Com a mudança da Banca de Correção, em 2018, a Fundação Getulio Vargas (FGV) será a responsável pela correção da Redação. Por isso, ler detalhadamente a Cartilha é uma ótima forma de saber em que aspectos houve mudança na correção, a fim de nortear os estudos.

Logo no início, a Cartilha do Participante de 2019 apresenta um resumo daquilo que será avaliado na prova de Redação, dando alguns direcionamentos importantes a serem seguidos pelo candidato. Esses apontamentos funcionam como um ótimo guia de estudo, a fim de não haver desperdício de esforços:

	Fonte: Redação no Enem 2019 - Cartilha do Participante - Acesso em 28/10/19

Em seguida, são apresentadas as competências pelas quais o texto será avaliado. O conhecimento desses critérios irá nortear a elaboração da redação, tendo em vista atender às expectativas do avaliador.

	Fonte: Redação no Enem 2019 - Cartilha do Participante - Acesso em 28/10/19

COMPETÊNCIA 1 - Demonstrar domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa

A Competência 1 avalia se o participante domina a modalidade escrita formal da língua portuguesa, o que inclui o conhecimento das convenções da escrita, entre as quais se encontram as regras de ortografia e de acentuação gráfica regidas pelo atual Acordo Ortográfico. O Acordo já está em vigor e deve ser seguido, na escrita formal, por todos, inclusive pelo participante do Enem.

Desse modo, o candidato deve atentar para os seguintes aspectos, a fim de não cometer desvios gramaticais:

- Convenções da escrita: acentuação, ortografia, uso de hífen, emprego de letras maiúsculas e minúsculas e separação silábica (translineação).

- Gramaticais: regências verbal e nominal, concordâncias verbal e nominal, pontuação, paralelismo, emprego de pronomes e crase.

- Escolha de registro: adequação à modalidade escrita formal, isto é, ausência de uso de registro informal e/ou de marcas de oralidade.

- Escolha vocabular: emprego de vocabulário preciso, o que significa que as palavras selecionadas são usadas em seu sentido correto e são apropriadas ao contexto em que aparecem.

COMPETÊNCIA 2 - Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos de várias Áreas do Conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo em prosa

A Competência 2 visa avaliar a compreensão da proposta de redação - esta exige do participante a elaboração de um texto dissertativo-argumentativo, que é o tipo de texto que demonstra e defende um posicionamento sobre o tema abordado, sendo mais que uma simples exposição de ideias. Além disso, a Competência 2 avalia a relação do texto com as outras áreas do ensino (o repertório sociocultural produtivo). Para atingir a nota máxima nessa Competência, o candidato deve se ater aos limites impostos pelo tema de redação, utilizando a estrutura de um texto dissertativo-argumentativo (com INTRODUÇÃO, que apresente o tema e a tese; DESENVOLVIMENTO, com argumentos sustentados por repertório sociocultural, e CONCLUSÃO, que apresente proposta de intervenção) e apresentando um repertório sociocultural que seja pertinente ao tema discutido e coerente para a argumentação desenvolvida.

Para isso, o candidato deve considerar as dicas a seguir:

1. Leia atentamente a proposta de redação e os textos motivadores, a fim de identificar o tema e o recorte temático feito pela proposta.

2. Deixe a sua TESE bem clara na introdução, para que o leitor identifique o seu ponto de vista sobre o assunto, antecipando os argumentos que irá discutir no desenvolvimento (relação com o recorte temático).

3. Não se prenda às ideias dos textos motivadores. Eles estão ali somente para guiá-lo sobre pontos que você pode abordar, mas tente sempre trazer informações novas.

4. Demonstre o seu repertório sociocultural apresentando argumentos que envolvam outras Áreas do Conhecimento, como Sociologia, Filosofia, Literatura, Biologia, História, Geografia.

5. Cuidado com o tangenciamento ao tema. Mantenha-se sempre dentro dos limites impostos pela proposta de redação.

6. Cuidado para não produzir parágrafos meramente expositivos. Lembre-se de que o intuito do texto dissertativo-argumentativo é a persuasão, por isso tente convencer o leitor, defendendo a sua opinião.

COMPETÊNCIA 3 - Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista

A Competência 3 trata da inteligibilidade do seu texto, ou seja, de sua coerência e da plausibilidade entre as ideias apresentadas, o que é garantido pelo planejamento prévio à escrita, isto é, pela elaboração de um projeto de texto.

Para isso, o candidato deve observar as dicas abaixo:

1. Desenvolva os argumentos que forem expostos. Tente comprovar sua validade.

2. Utilize como estratégias para convencer o leitor:
- Exemplos;
- Dados estatísticos;
- Pesquisas;
- Fatos comprováveis;
- Citações ou depoimentos de pessoas especializadas no assunto;
- Alusões históricas; e
- Comparações entre fatos, situações, épocas ou lugares distintos.

3. Cuidado com os temas que parecem não apresentar problemas, como doação de sangue, patriotismo e cidadania. Você deve apresentar os benefícios, de modo a defender a sua tese positiva, mas não deve deixar de problematizar, já que há a necessidade de uma solução para os problemas abordados (Competência 5). Essa problematização normalmente abordará os pontos ainda defeituosos, já que nem sempre as situações estão em perfeito funcionamento.

4. Tente sempre relacionar causas e consequências dos problemas desenvolvidos. Lembre-se de que essas causas devem ser solucionadas na conclusão.

5. Não se preocupe com temas para os quais você tenha muitos argumentos. A Competência 3 quer que você selecione e organize os melhores, ou seja, aqueles que mais consolidem o seu ponto de vista, priorizando a qualidade e o aprofundamento das ideias.

6. Deixe bem claro para o avaliador o seu PROJETO DE TEXTO, apresentando, na tese, os argumentos principais (causas, consequências ou benefícios) que irá discutir no desenvolvimento e solucionando, na conclusão, essa problematização discutida.

COMPETÊNCIA 4 - Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação

Os aspectos a serem avaliados nesta Competência dizem respeito à estruturação lógica e formal entre as partes da redação. A organização textual exige que as frases e os parágrafos estabeleçam entre si uma relação que garanta a sequenciação coerente do texto e a interdependência entre as ideias. Essa articulação é feita mobilizando-se recursos coesivos que são responsáveis pelas relações semânticas construídas ao longo do texto, por exemplo, relações de igualdade, de adversidade, de causa-consequência, de conclusão.

Assim, o candidato deve, na construção do texto, demonstrar conhecimento sobre os mecanismos linguísticos necessários para um adequado encadeamento textual, considerando os recursos coesivos que garantem a conexão de ideias, tanto entre os parágrafos quanto dentro deles.

Para isso, o candidato deve estar atento às dicas a seguir:

1. Coloque elos de coesão entre as orações, entre os períodos e entre os parágrafos, a fim de manter a relação entre suas ideias. Ademais, atente para o uso de OPERADORES ARGUMENTATIVOS entre os parágrafos e os períodos, como ADEMAIS (adição), COM ISSO (consequência), PORTANTO (conclusão).

2. Ao utilizar os conectores, atente para a adequação. Não use conectores de adição para efetuar relação de oposição, por exemplo. Observe qual a relação semântica que há entre as informações.

3. Não utilize a expressão "o mesmo" para referir-se a substantivos. É errada a construção "João foi à praia, mas o mesmo estava resfriado".

4. Cuidado com o uso dos pronomes "desse" e "deste". "Desse" faz referência anafórica a algo que já foi mencionado no texto, devendo, normalmente, ser seguido de substantivo. "Deste" faz referência catafórica a algo que ainda será citado no texto, podendo, no entanto, fazer referência a um termo anterior se este for o último elemento de uma enumeração. Um exemplo desse uso seria: "João e Pedro foram à praia. Este levou comida, e aquele levou bebidas".

5. Tente diversificar o uso dos conectores, a fim de demonstrar um bom conhecimento vocabular.

COMPETÊNCIA 5 - Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos

Para uma boa avaliação dessa Competência, o candidato deve elaborar uma proposta de intervenção que tenha RELAÇÃO COM O TEMA, de modo a manter um vínculo com a tese inicial, ARTICULAÇÃO COM A DISCUSSÃO desenvolvida nos argumentos e excelente nível de DETALHAMENTO, de modo a permitir ao leitor um julgamento sobre a sua exequibilidade, expondo os meios para realizá-la.

Em relação ao DETALHAMENTO, é importante frisar que, com a entrada da nova Banca de Correção, esse critério se tornou mais importante, e o detalhamento exigido deve ser feito de maneira mais aprofundada. Com isso, o candidato pode escolher por apresentar uma única solução, desde que ela seja muito bem detalhada e contemple toda a problematização discutida no desenvolvimento. Outra opção é apresentar duas soluções, relacionadas aos dois problemas discutidos no desenvolvimento, detalhando muito bem uma solução e sendo mais sintético na outra.

Para esse detalhamento completo exigido pela Banca de Correção, é importante observar os seguintes elementos:

AGENTE (Quem?): as instituições sociais ou governamentais que irão solucionar a problemática. Deve-se atentar para as funções dos agentes apresentados, tentando demonstrá-los de maneira bem específica.

AÇÃO (O quê?): as medidas que serão realizadas para solucionar o problema. Deve-se atentar para a necessidade de ações bem específicas que demonstrem que o candidato sabe realmente como seria a solução.

MEIOS (Como?): é a demonstração de como seria a implantação da ação apresentada, mostrando que ela não parte do senso comum, mas, sim, do conhecimento de mundo.

FINALIDADE/EFEITO (Para quê?): finalização que comprova para que servem as soluções.
DETALHAMENTO: informações a mais sobre um dos quatro elementos da solução, que demonstram que o candidato realmente é o autor dessa solução.

Logo, o aluno deve prestar atenção nas dicas abaixo:

1. Detalhe a solução de modo a permitir ao leitor o julgamento sobre sua exequibilidade, apresentando os meios para realizá-la. Lembre-se de apresentar o AGENTE, a AÇÃO, os MEIOS, o DETALHAMENTO (de um dos quatro elementos) e a FINALIDADE.

2. É necessário que a sua solução respeite os direitos humanos, que não rompa com valores, como cidadania, liberdade, solidariedade e diversidade cultural.

3. Tente dar soluções a todos os problemas abordados na sua argumentação. Por isso, cuidado com a quantidade de problemas apresentados, de modo que não prejudique nem o desenvolvimento dos argumentos nem o detalhamento da solução. Ademais, cuidado para não solucionar problemas não apresentados.

4. Solucione as causas dos problemas apresentados. Evite solucionar somente as consequências para que a intervenção não seja meramente paliativa.

5. Aborde, em sua intervenção, agentes solucionadores de âmbitos diferentes, como o Governo, a Família, a Escola, a Mídia, a fim de demonstrar ao avaliador seu conhecimento diversificado sobre a temática.

6. Evite pedir a conscientização como AÇÃO. Em geral, a conscientização deve ser vista como FINALIDADE. Prefira termos, como educar ou informar como ações.