Andrea Beltrão celebra 40 anos de carreira com tragédia grega

"Antígona'' é o primeiro monólogo de Andrea Beltrão em 40 anos de carreira, mas nem parece. Ela esbanja tamanha força e segurança em cena que mesmo sozinha parece estar cercada de muitos personagens. Na quinta (6), ela encerrou sua participação no Festival de Curitiba com a casa cheia.

O público no Teatro Bom Jesus viu a atriz contar os detalhes das tragédias que cercaram a vida da jovem Antígona, figura apresentada por Sófocles em 441 a.C. e que foi a última descendente dos que deram origem à cidade de Tebas, na Grécia.

Virginia Benevuto/Divulgação/Estúdio Folha
A atriz Andrea Beltrão em cena de "Antígona"
A atriz Andrea Beltrão em cena de "Antígona"

Como a história desta tragédia grega é repleta de nomes e situações, ela e Amir Haddad, que também assina a direção, optaram por uma montagem didática que deixa claro quem é quem e as relações que vão se estabelecendo com o tempo. Na trama, aparecem personagens como Zeus, Dionísio, Jocasta e Édipo.

GABY AMARANTOS
A cantora paraense subiu ao palco do Guairão nesta quinta (6) para estrear seu show "Eu Sou''. Ela, que fez questão de participar do festival, esteve acompanhada do violonista Danilo Goto e do percussionista Mario Negrão em uma apresentação mais intimista, na qual entoou ritmos como samba, carimbó, brega, lambada e MPB.

A ideia da artista, que ficou conhecida no país inteiro por seu estilo denominado tecnobrega, foi contar a história de sua relação com a música, mostrando que pode transitar em diversas esferas.

LEITE DERRAMADO
A obra baseada no livro homônimo de Chico Buarque também encerrou sua participação no Festival de Curitiba na quinta (6). Quem assistiu à encenação no Guairinha teve a chance de prestigiar a interpretação vigorosa de Juliana Galdino, que faz um senhor de 100 anos de idade vindo de uma família aristocrata.

Na história, ele, que fala sobre escravidão, corrupção, tráfico e dinheiro, se vê agora alienado e abandonado em uma maca de um hospital público qualquer, mergulhado em lembranças. A trama também promove uma reflexão sobre a formação social e política do Brasil durante décadas. A direção é de Roberto Alvim.

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