Grupo Galpão discute violência e intolerância

A violência e a intolerância são alguns dos temas discutidos em "Nós", 23ª montagem do Grupo Galpão, que ocupou o Guairinha no sábado (8) e volta neste domingo (9) para encerrar sua participação no Festival de Curitiba (restam pouquíssimos ingressos).

Annelize Tozetto/Divulgação/Estúdio Folha
Cena da peça "Nós", do Grupo Galpão
Cena da peça "Nós", do Grupo Galpão

Com dramaturgia de Eduardo Moreira e Marcio Abreu, que também assina a direção, a montagem desta que é uma das principais companhias de teatro do país apresenta sete personagens que conversam enquanto preparam e provam uma sopa. Eles abordam, por meio de frases constantemente repetidas, assuntos políticos atuais e inquietações da sociedade, oscilando entre o clima festivo e o melancólico.

Uma das figuras centrais do espetáculo é interpretada por Teuda Bara, de 75 anos, que protagoniza cenas intensas sobre solidão e exclusão - e divide a história com outros personagens não muito bem definidos.

MISHMASH
Neste último dia de festival, ainda dá para curtir as atrações da mostra MishMash, que reune números de mágico, malabarismo, comédia e teatro para toda a família. O evento, que ocupou o ParkCultural neste sábado (8) e volta neste domingo (9) às 18h, tem como apresentadores o palhaço Alípio e a palhaça Sombrinha. Eles recebem a companhia circense Los Circo Los, o malabarista, músico e mágico Ricardo Thomé e o palhaço Tomate, da Argentina, entre outros grupos e artistas.

GREVE HISTÓRICA
O novo espetáculo da Companhia do Latão, "O Pão e a Pedra", passou pelo Espaço Thá no sábado (8). Em cerca de três horas, a trama abordou as dificuldades enfrentadas por diversos personagens durante a famosa greve dos metalúrgicos em 1979 no ABC paulista. A montagem, escrita a dirigida por Sérgio de Carvalho, mistura elementos realistas, fantásticos e documentais para tratar das expectativas ideológicas dos sindicatos, do movimento estudantil de esquerda e dos valores da Igreja progressista.

RELEVÂNCIA
Um evento do porte do Festival de Curitiba não tem como acontecer sem o apoio dos patrocinadores. A Renault do Brasil, uma das empresas que ajudou a viabilizar esta 26ª edição, destaca a relevância da mostra no calendário cultural brasileiro.

"O festival é o mais importante do Brasil e reúne desde peças e artistas consagrados até novos talentos das artes cênicas", afirma Cláudio Rawicz, gerente de publicidade da marca. "Com patrocínios como este, nos aproximamos da comunidade e cada vez mais dos nossos clientes, que recebem benefícios especiais para participar das iniciativas que apoiamos."

Para ele, o evento tem como grande diferencial a acessibilidade. "Pelo grande número de espetáculos, alguns deles gratuitos e abertos ao público, pela diversidade de gêneros, pela multiplicidade de artistas e pela promoção constante da cultura e da arte no país."

Rawicz conta que, no Brasil, a empresa também apoia o Festival de Cinema Francês Varilux (várias cidades) e é detentora dos "naming rights" do Teatro Renault (em São Paulo) e da Expo Renault Barigui (Curitiba), além de participar da restauração do Teatro Guaíra (Curitiba). "Desses investimentos em cultura, o Paraná é sempre um mercado prioritário, afinal, a Renault é uma empresa que é paranaense e tem orgulho de apoiar as iniciativas do Estado'', diz o executivo.

Espaço Pago