Duas renomadas companhias brasileiras foram convidadas para participar do Festival de Curitiba, realizado de 26/3 a 7/4. O grupo paulistano Os Satyros leva à capital paranaense quatro peças do repertório, sendo duas estreias: "Mississipi" (Teatro José Maria Santos, 27 e 28/3) e "O Rei de Sodoma" (Teatro Paiol, 4 e 5/4).
A primeira retrata a Praça Roosevelt, em São Paulo, a partir de pessoas em situação de rua, abordando o tráfico e a violência policial. Ivam Cabral e Rodolfo García Vázquez assinam o texto, com direção do próprio Vázquez.
Já a segunda é uma comédia musical que mostra situações absurdas vividas em um apartamento de uma grande cidade. Tem texto de Fernando Arrabal e direção de Rodolfo García Vázquez e Dan Nakagawa.
O grupo, que celebra 30 anos de carreira, também vai encenar "Cabaret TransPeripatético" (Teatro Paiol, 30 e 31/3), um manifesto sobre opressão, transfobia e afeto, e "Todos os Sonhos do Mundo" (Teatro Paiol, 1º e 2/4), monólogo com Ivam Cabral.
Outra mostra especial fica por conta da companhia curitibana Stavis-Damaceno, que celebra 15 anos com quatro espetáculos. Em "Homem ao Vento" (Caixa Cultural, 29 a 31/3), montagem mais recente, nove atores tentar dar forma a uma peça melancolicamente cômica.
Com direção de Marcos Damaceno, "Psicose 4h48" (Caixa Cultural, 1º e 2/4) fala sobre depressão psicótica e traz Rosana Stavis e Eduardo Ramos em cena. "Árvores Abatidas ou Para Luis Melo" (Caixa Cultural, 28 a 31/3) trata de uma mulher que está em um jantar aguardando um ator famoso e se dá conta de que lá só existem talentos medíocres.
A programação se completa com "Artista de Fuga" (Caixa Cultural, 4 a 7/4), sobre um escritor que não sabe lidar com sentimentos caóticos e sofre para terminar uma pretensa obra-prima, que nunca chega ao fim.