DNA é ferramenta para otimizar efeito de medicamentos

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Os testes genéticos favorecem não só a detecção de futuras doenças mas também o tratamento dos pacientes. Os exames farmacogenéticos permitem saber, por meio do DNA do indivíduo, quais drogas ou quais doses são mais eficazes para ele e, assim, ampliar as chances de sucesso de um tratamento. Outro benefício é a diminuição dos efeitos colaterais, pois é possível ajustar a dose prescrita ao perfil metabólico de cada organismo.

"A farmacogenômica possibilita um desfecho melhor por meio de tratamentos direcionados e reduz os efeitos adversos. Ou seja, tratar o paciente certo, com o medicamento certo, no momento certo. A genética nos ajuda a fazer isso", disse Jeff Shaman, cientista chefe do Coriell Life Sciences, empresa de bioinformática sediada na Filadélfia (EUA) e parceira da GeneOne na interpretação de relatórios genéticos.

Durante sua exposição, Shaman mostrou os resultados de um estudo desenvolvido com uma associação de professores aposentados do estado de Kentucky (EUA). "Antes de realizarmos o programa farmacogenômico, eles tomavam em média 15 medicações. Muitos tinham doenças cardíacas, colesterol alto, dores articulares, doença cardiovascular e diabetes. Após os testes, vimos que 83% tomavam pelo menos um medicamento que era impactado pela genética. Nos demos conta de que eles estavam desperdiçando dinheiro com medicamentos que poderiam causar até mesmo eventos adversos ou no mínimo não fazer efeito nenhum", explicou Shaman.

O estudo, que já dura dois anos, tem apresentado efeito na qualidade de vida das pessoas e na redução de custos. Mudanças de medicação foram recomendadas a 64% dos aposentados, e ocorreu uma redução de 17% nos gastos com saúde e redução de 29% nas hospitalizações.

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