O perigo não passou: estamos flexibilizando o isolamento social porque é impossível parar o planeta por um ano inteiro. O mundo mudou com a pandemia e, para sobreviver, teremos que mudar também, nos adaptar a essa nova realidade.
Essa é a principal mensagem da médica Silvia Fonseca, diretora de Infectologia da Regional Sudeste do Hapvida, que participou de live produzida pelo Estúdio Folha com patrocínio do Hapvida. A íntegra do vídeo está acima.
"Só estaremos realmente protegidos quando houver vacina. E ela vai chegar. Mas, até lá, o mais importante é usar a máscara corretamente fora de casa, manter o distanciamento de pelo menos um metro das outras pessoas e lavar bem as mãos com água e sabão ou usar álcool em gel várias vezes por dia. Se todo mundo fizer isso ao mesmo tempo vamos diminuir muito a circulação do vírus", afirma a infectologista, que tem mestrado em Epidemiologia e Saúde Pública pela Universidade de Yale (EUA).
Segundo a especialista, é importante que as pessoas entendam como a infecção do coronavírus é transmitida para que usem barreiras eficazes. O vírus se reproduz no nariz e na garganta, e a pessoa que está carregando o coronavírus pode estar assintomática. Toda vez que ela fala, espirra ou tosse, gotículas com a presença do vírus se espalham. Se elas caírem nos olhos, nariz ou na boca de outra pessoa, ela se contamina também.
"Mas precisa estar perto: as pessoas têm que entender que esse vírus não fica voando no ar. Até tomarmos a vacina, não devemos conversar a menos de um metro das pessoas (mesmo de parentes queridos) nem beijar ou abraçar."
Se as gotículas contaminadas moram no nariz e na boca, a máscara tem que cobri-los o tempo todo. E não se deve manusear a máscara, puxando para cima e para baixo.
No caso de espirro ou tosse, as gotículas contaminadas, que são pesadas, tendem a cair a menos de 1 metro da pessoa infectada. Se alguém tocar a superfície contaminada e coçar o olho ou o nariz ou comer um biscoitinho, por exemplo, vai se contaminar. "Então, outra medida importante quando estiver no trabalho ou em qualquer lugar fora de casa é não tocar o rosto, olhos, boca e nariz, e higienizar as mãos várias vezes ao dia, com água e sabão ou álcool em gel."
A infectologista reforça que a maneira mais comum de transmissão do coronavírus não é por comida, embalagens de alimentos, roupa, sapato, nem pelo ar ou elevador. "O maior fornecedor de vírus é a outra pessoa, que pode estar sem sintomas."
Silvia Fonseca destacou outras atitudes preventivas importantes na retomada da rotina.
● Para quem voltou ao trabalho presencial: colocar a máscara antes de sair de casa e não tirar mais, exceto para comer ou beber.
● Fora de casa, ficar o maior tempo possível com a máscara cobrindo o nariz e a boca (na rua, no transporte público, no táxi).
● Ao chegar ao local de trabalho ou entrar em casa, lavar bem as mãos com água e sabão ou passar álcool em gel.
● Para proteger, a máscara deve estar seca e ter camada dupla.
● Não precisa deixar de usar elevador, mas evite entrar se ele estiver cheio. Tenha bom senso.
● Procure diminuir a circulação e restringir o contato com as outras pessoas, na medida do possível.
● Evite almoçar com colegas.
● A contaminação também está ligada à densidade da exposição: evite ir a festas e bares. Lugares com janelas fechadas e pessoas muito próximas aumentam muito o risco de contaminação. "Pode haver pessoas que estão com o vírus e ainda não manifestaram os sintomas", realça a médica.
"Não é o momento de pegar avião, alugar casa na praia ou ir para hotel. Nem de fazer cruzeiro, ir para bar ou restaurante. Temos que aguentar um pouco mais sem fazer almoço de família, festa, churrasco, batizado. Vamos esperar para quando a gente puder se reunir sem perigo", afirmou.
E completou: "Vejo pessoas que ficam neuróticas esterilizando compras de supermercado, mas estão fazendo churrasco. Mesmo que seja só com a família, alguém pode ter entrado em contato com o vírus e estar transmitindo".
IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO PRECOCE
Fonseca reforçou a importância de consultar um médico no caso de sintomas gripais (febre, tosse, espirros, dor de garganta, dor no corpo, dor de cabeça) ou diante da diminuição do olfato e paladar.
"Se no início da pandemia a orientação era para ficar em casa e não ir ao hospital, isso mudou. Descobrimos que, quando a pessoa espera ter falta de ar para procurar um médico, muitas vezes a doença já está avançada", explicou.
"É importante procurar atendimento principalmente se tiver acesso à telemedicina e puder falar com um médico a distância, por telefone ou vídeo. Ou ir a um hospital, de máscara, avisando que está com sintomas de Covid."
DE NORTE A SUL DO PAÍS
O Hapvida é o maior sistema de saúde suplementar do Brasil, com mais de 40 anos de história e cerca de 6,4 milhões de clientes em todas as regiões do país. O sistema conta com uma rede verticalizada e integrada de saúde, com hospitais, laboratórios e serviços de diagnóstico próprios.
Os clientes contam com teleconsulta de urgência simples e para Covid-19. Basta acessar o site ou o aplicativo do Hapvida e realizar a teleconsulta com um médico, por vídeo ou telefone. O serviço é contínuo, 24 horas por dia, sete dias por semana.
Todo o sistema foi desenvolvido pelas equipes internas do Hapvida e pela Maida.health, holding de tecnologia do sistema Hapvida.