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A pandemia e o longo período de confinamento mexeram demais com a rotina das pessoas, e elas estão sofrendo as consequências. Estudos recentes mostram o aumento dos casos de estresse, ansiedade e aumento da dificuldade para dormir. Como lidar com a nova realidade e manter o equilíbrio físico e mental?
Para discutir o tema Saúde e Mudanças de Hábito na Pandemia, a jornalista Angélica Banhara entrevistou o médico Bruno Pinto, Superintendente Médico Regional do Hapvida, em live produzida pelo Estúdio Folha com patrocínio do Hapvida. A íntegra do vídeo está acima.
"O primeiro ponto de atenção é que passamos por mudanças profundas e abruptas. De uma hora para outra, tivemos que aprender a ficar em casa e a ficar longe dos outros, inclusive dos mais velhos, e isso provoca um impacto na saúde mental. E tivemos que aprender a trabalhar em casa, a acompanhar os filhos nas aulas on-line, a transferir o lazer para dentro de casa", disse Pinto.
Ele afirmou que diversas pesquisas mostram o impacto da pandemia na qualidade do sono da população de vários países. "Uma delas diz que, na França, 74% dos entrevistados afirmaram estar sofrendo de insônia ou com piora da qualidade do sono. Esse número, que normalmente oscila em torno de 40%, quase dobrou."
Uma boa qualidade do sono está relacionada ao aumento da capacidade cerebral, da concentração e da memória, ao fortalecimento do sistema de defesa do organismo, à regeneração muscular e à produção de hormônios essenciais.
"O sono é o nosso momento de descanso físico e mental. A ansiedade gerada pela pandemia, o medo de adoecer e de morrer fazem as pessoas dormirem mal. A questão é que durante o sono administramos e digerimos os acontecimentos e aprendizados do dia a dia. Ele é essencial para organizar a nossa vida e aumentar a nossa qualidade de vida."
Nas fases em que se dorme mal, as consequências são irritabilidade e alterações de humor, dificuldade de concentração, queda da imunidade e até ganho de peso. "E não é só: estudos comprovam que a insônia e a má qualidade do sono crônicas estão relacionadas ao aumento de doenças cardiovasculares, da hipertensão e do diabetes."
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Bruno Pinto chama a atenção para a importância de as pessoas tentarem manter, mesmo em casa, uma rotina de horários semelhante à que tinham antes da pandemia. Isso significa ter hora para dormir e acordar, para fazer as refeições, para trabalhar e para descansar e ficar com a família.
"Parece uma sugestão óbvia, mas as pessoas estão perdidas em relação aos horários, trocando o dia pela noite, pulando refeições, exagerando no consumo de alimentos pouco saudáveis e ingerindo álcool demais. Tudo isso interfere na saúde, na disposição, na imunidade e na qualidade do sono."
O especialista reforça a importância de respeitarmos nosso relógio biológico. Essa bússola interna comanda tanto comportamentos, como comer e dormir, como a nossa fisiologia: digestão, temperatura corporal, pressão arterial, produção hormonal e atividade do sistema de defesa. Daí a importância de ajustar a rotina a esse ciclo interno.
"Outra reflexão importante é que as pessoas pensem nesta fase como uma oportunidade de cuidar de si mesmos e de reforçar as conexões com a família. Os pais nunca tiveram tanto tempo juntos com os filhos. Marido e mulher nunca ficaram tanto juntos. Como aproveitar melhor esse tempo?", questionou.
FICA EM CASA
Embora esteja havendo uma flexibilização do isolamento social, com abertura do comércio e dos serviços, o médico reforçou que o perigo não passou. "Quem tem de sair para trabalhar precisa tomar todos os cuidados: usar a máscara corretamente e o tempo todo, manter o distanciamento de pelo menos um metro dos colegas, lavar as mãos ou usar álcool em gel várias vezes por dia e evitar tocar o rosto. Quem pode trabalhar home office deve ficar em casa e só sair quando for mesmo necessário."
O médico afirmou que não é o momento de passear no shopping ou de ir a bares e restaurantes.. Para evitar o contágio e a disseminação do coronavírus, é importante evitar a circulação e o contato com as outras pessoas.
"No entanto, distanciamento não significa isolamento. É muito importante manter a conexão com os amigos e os familiares, e os encontros virtuais são uma ótima opção para este momento. Se por enquanto o distanciamento é necessário, daqui a pouco os pais poderão abraçar os filhos, os avós poderão abraçar os netos."
NORTE A SUL DO PAÍS
O Hapvida é o maior sistema de saúde suplementar do Brasil, com mais de 40 anos de história e cerca de 6,4 milhões de clientes em todas as regiões do país. O sistema oferece uma rede integrada de saúde, com hospitais, laboratórios e serviços de diagnóstico próprios.
Os clientes contam com teleconsulta de urgência simples e para Covid-19. Basta acessar o site ou o aplicativo do Hapvida e realizar a teleconsulta com um médico, por vídeo ou telefone. O serviço é contínuo, 24 horas por dia, sete dias por semana.
Todo o sistema foi desenvolvido pelas equipes internas do Hapvida e pela Maida.health, holding de tecnologia do sistema Hapvida.