O medo do coronavírus e a insegurança em relação ao futuro estão minando o equilíbrio emocional das pessoas na pandemia. "Nesse contexto, quem já tinha alguma questão emocional ou psíquica acabou tendo esses quadros intensificados e muita gente está sofrendo com medo exacerbado, estresse e crises de ansiedade", afirma Ivana Teles, psicóloga do Sistema Hapvida Saúde.
A psicóloga foi entrevistada pela jornalista Angélica Banhara na live Como Cuidar da Saúde Mental na Pandemia. A íntegra do vídeo, produzido pelo Estúdio Folha com patrocínio do Hapvida, está acima.
Segundo Teles, a rotina acelerada pré-isolamento não dava oportunidade de as pessoas olharem para si mesmas. "A pandemia levou as pessoas a se conhecerem melhor. Mas nem todo mundo se sentiu confortável com o que descobriu."
A necessidade de nos adaptar rapidamente a mudanças drásticas de comportamento (o isolamento social, o confinamento, o home office, o estudo online) em um ambiente de medo e estresse resultou em crianças e jovens ansiosos, idosos fragilizados e adultos exaustos e com os nervos à flor da pele.
"Percebemos na prática clínica o aumento dos conflitos familiares, as relações abaladas. Se a pessoa já não estava bem, é como se fosse um balão prestes a explodir", diz Teles. "Para restabelecer o equilíbrio emocional, é importante entender quais são as próprias limitações. Quando a gente se conhece mais aprende a lidar melhor consigo mesmo e com o outro. Também é fundamental compreender que tudo bem não estar bem o tempo todo. Reconhecer quando não está bem é parte do processo para tentar melhorar."
Segundo a especialista, algumas atitudes podem ajudar a manter a nossa saúde mental.
- Estabelecer uma rotina. Organizar a vida em casa, com horário para dormir, acordar, trabalhar, estudar, fazer as refeições e descansar. É fundamental ajudar os filhos a estabelecer esta rotina também.
- Reservar um tempo do dia para as coisas que gosta. Ouvir uma playlist especial, meditar, ler um livro ou assistir uma série.
- Controlar o excesso de informações. Ficar o dia todo com a TV ligada em canais de notícias aumenta a angústia e a sensação de impotência. Fazer isso uma vez por dia, para se atualizar, é suficiente.
- Reforçar as relações pessoais. Para quem mora com a família, é importante criar espaço para fazer coisas juntos: fazer as refeições à mesa, com a TV desligada, por exemplo, assistir a um filme ou série ou jogar um jogo de tabuleiro. Quem mora sozinho pode reservar uma hora para ligar para os amigos, fazer encontros virtuais. E não esquecer dos familiares, principalmente os idosos, procurando manter contato permanente.
- Ser flexível e ter um olhar mais positivo. Lembrar que essa fase não vai durar para sempre e pensar no que se pode aprender com essa situação delicada ajuda as pessoas a se fortalecerem para enfrentar os momentos de crise.
"Dois pontos fundamentais para a saúde mental são o autoconhecimento e a comunicação com o outro, o diálogo. Se não estou bem tenho que entender o que está acontecendo comigo para trabalhar esse aspecto. Se a relação com o outro não vai bem, preciso entender qual o ponto de conflito", diz Ivana Teles. "A pandemia nos ensinou muitas coisas e um dos aprendizados é a nossa capacidade de sermos mais flexíveis. Precisamos exercitar mais essa conquista", conclui.
DE NORTE A SUL DO PAÍS
O Hapvida é o maior sistema de saúde suplementar do Brasil, com mais de 40 anos de história e cerca de 6,4 milhões de clientes em todas as regiões do país. O sistema oferece uma rede integrada de saúde, com hospitais, laboratórios e serviços de diagnóstico próprios.
Os clientes contam com teleconsulta de urgência simples e para Covid-19. Basta acessar o site ou o aplicativo do Hapvida e realizar a teleconsulta com um médico, por vídeo ou telefone. O serviço é contínuo, 24 horas por dia, sete dias por semana.
Todo o sistema foi desenvolvido pelas equipes internas do Hapvida e pela Maida.health, holding de tecnologia do sistema Hapvida.