Além das caixinhas instituídas, ações criativas de lanchonetes estão garantindo uma refeição aos entregadores. Em São Paulo, o chef Paulo Yoller, da hamburgueria MEATS, incluiu uma nova ação na sua plataforma de delivery para beneficiar seus motoboys. O cliente pode se juntar ao estabelecimento e "pagar um sanduíche" para o entregador.
Na compra de qualquer item da hamburgueria, o cliente tem a opção de "rachar" o valor de um cheeseburguer com maionese. Ao fazer o pedido, o cliente adiciona R$6 do "motoburguer", como foi batiza do o sanduíche. Na retirada, são entregues duas sacolas, uma do pedido do cliente e outra com a refeição do motoboy junto do recado "obrigado por salvar o rolê".
Na última quinta-feira (16), a rede de hamburguerias Johnny Rockets tinha programada a entrega de mil hambúrgueres aos entregadores cadastrados nas plataformas Uber Eats e iFood em São Paulo.
Apesar dessas pequenas iniciativas, a categoria dos motoboys demonstra sua preferência pela caixinha presencial, aquela em que o cliente vai ao encontro do profissional no portão de casa ou na portaria de prédio e a entrega em mãos.
Mesmo com a rapidez que os grandes aplicativos de entrega proporcionaram na relação com o cliente, os motoboys têm na "gorjeta em espécie" um efeito imediato para a compra de combustível, para uma pequena refeição etc. É a modalidade mais utilizada por pequenos comércios de bairro, os não cadastrados em aplicativos. Segundo o Sindimotos-SP, esse efeito imediato não acontece com o repasse das gorjetas online das empresas de aplicativos de entrega.