Isolamento aumenta preocupação com sustentabilidade

Live discute a sustentabilidade em tempos de distanciamento social

Íntegra da live sobre sustentabilidade durante o isolamento social

A pandemia de Covid-19 teve impacto nos hábitos de consumo da população. Sustentabilidade, meio ambiente e responsabilidade social ganharam ainda mais importância neste período de distanciamento. As pessoas passaram a gerar mais lixo em casa e a prestar mais atenção nele porque a convivência nunca foi tão próxima. Duas perguntas se tornaram mais frequentes: como ser um consumidor consciente em tempos de pandemia e qual o papel das empresas nesse cenário?

"A gente começou a olhar muito mais para esse lixo que estava sendo gerado dentro da nossa casa. Nosso olhar sempre foi de que você coloca o lixo para fora e ele desaparece. Mas não é assim. É um ciclo, e nossa responsabilidade é enorme em pensar nele até o fim", diz Claudia Leite, gerente de Valor Compartilhado e Comunicação Corporativa da Nespresso Brasil, que participou de uma live que debateu o assunto.

Essa convivência mais próxima com o lixo produzido em casa pode fazer com que as pessoas se tornem mais conscientes de que precisam dar um destino adequado a ele. "Imagine se a gente não tivesse coleta seletiva ou nenhuma coleta e precisasse conviver com tudo aquilo que a gente consome. Muitos começaram a perceber que poderiam fazer uma coisa diferente e iniciaram a coleta seletiva. O reciclar é uma das operações que a gente tem de fazer. Muita gente agora está se questionando sobre como mudar, o que parar de comprar, como fazer isso, quais marcas escolher na hora da compra. Tem um processo muito importante de mudança do consumidor", diz Flávia Lemes, fundadora da Casa Causa e embaixadora do Instituto Lixo Zero Brasil.

Por outro lado, o isolamento imposto pela pandemia de Covid-19 pode atrapalhar a destinação adequada do lixo, já que o consumidor deixa de ir até os pontos de coleta seletiva. "As pessoas hoje não podem sair de casa, e nós, da Nespresso, sugerimos aos nossos consumidores que guardem as suas cápsulas e, se possível, separem o pó de café do alumínio, para reduzir esse volume. A gente orientou toda nossa base de consumidores para guardar esse material. Ele não é lixo. O pó de café pode ser utilizado como adubo orgânico", diz Claudia.

PAPEL DAS EMPRESAS

As empresas também têm um papel importante nesse processo. A Nespresso, por exemplo, tem todo um trabalho voltado para a cadeia produtiva, que vai desde a preocupação com o trabalhador do campo até a fabricação de suas cápsulas e a coleta de resíduos.

Como parte desse trabalho, a empresa desenvolveu uma cartilha voltada aos produtores de café com orientações básicas de como se preparar para este momento de pandemia. Esse material também foi usado em divulgação no rádio. "Mapeamos quais eram as principais cidades onde se cultiva café no Brasil. Porque não era só para falar com quem trabalhava com a Nespresso, mas também com as famílias, com as pessoas que estão naquelas cidades", diz Claudia.

Em seu modelo de negócios, a Nespresso fala diretamente com o consumidor. Toda a base de consumidores foi orientada a guardar as cápsulas utilizadas. "Esse material não é lixo. O alumínio da cápsula é 100% reciclável. E, em maio, anunciamos que as nossas cápsulas passam a ser feitas com 80% de alumínio reciclado. Até o final de 2021 será alumínio reciclado em 100% da linha doméstica", afirma a executiva.

EM BUSCA DO LIXO ZERO

Só 10% do que a gente consome deveria ir para o lixo, segundo a fundadora da Casa Causa. "Todo o resto deveria voltar para a cadeia produtiva. Tudo vem dentro de embalagem de papelão, vidro, plástico. Tudo isso tem valor econômico. Muita gente no Brasil vive disso", explica Flávia.

Mas muitas pessoas veem como utopia uma sociedade que não gere lixo. "A gente é pioneiro do possível. Muhammad Yunus (economista e vencedor do Prémio Nobel da Paz) fala que a partir deste momento temos de ser pioneiros de possibilidades, de um mundo desejado e que a gente quer construir. O lixo zero nasce disso, é uma meta ética e visionária", diz Flávia.

Essa meta de lixo zero começa com assumir um consumo mais consciente. Para Flávia, quando o consumidor decide colocar em prática o consumo consciente, ele deve buscar saber se a empresa da qual está comprando é comprometida com o meio ambiente, com as práticas sustentáveis.

"As empresas que estão realmente comprometidas divulgam isso. Elas trazem essa informação no produto, no site, nas redes sociais. Existe uma preocupação dessa marca com o consumidor. Não tem nenhuma marca 100%, porque é um processo que precisa mudar a mentalidade, a partir de dentro", diz Flávia.

Veja aqui a íntegra da live produzida pelo Estúdio Folha e patrocinada pela Nespresso.

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