Semana Internacional do Café comemora safra especial e promove campeonato de baristas

Condições climáticas, características do solo, tecnologia, tradição. Por vários motivos, o Brasil produz cafés de excelente qualidade. No entanto, os melhores grãos costumam ter destinos internacionais, principalmente Europa e Estados Unidos, locais que concentram apaixonados pela bebida.

Se por aqui tomamos um simples cafezinho pela manhã, lá fora o café é valorizado, estudado e apreciado tanto quanto um bom vinho. Mas o cenário interno vem mudando, como mostrará a SIC - Semana Internacional do Café, que acontece entre 7 e 9 de novembro no Expominas, em Belo Horizonte. Confira programação completa e faça sua inscrição aqui.

Os brasileiros estão cada vez mais interessados nos cafés especiais, e o número de compradores nacionais está subindo.

"O brasileiro sempre consumiu muito café, mas sem se importar tanto com qualidade. Recentemente, notamos mais gente interessada em provar e disposta a pagar por cafés especiais", diz Mariana Proença, diretora da Café Editora, uma das realizadoras da SIC.

A percepção é confirmada por números da BSCA (Associação Brasileira de Cafés Especiais). A projeção é que, até o final de 2018, haverá crescimento de 19% no mercado de cafés de alta qualidade no Brasil. Em 2017, o salto foi de 21%. Atualmente, são 13 mil cafeterias que oferecem produtos especiais no Brasil -o crescimento desses estabelecimentos foi de 15% em 2017.

Assim como o vinho, o café é uma bebida complexa. O cultivo de um bom grão, tal qual o de uma boa uva, depende de vários fatores climáticos e de solo, além da dedicação do produtor.

Baristas avaliam amargor e acidez de um café da mesma forma que sommeliers encontram notas frutadas ou amadeiradas em um vinho. E as novas cafeterias oferecem muito mais do que a bebida: o consumidor é informado da procedência do grão e pode escolher a intensidade, presenciar a moagem e optar pelo método de preparo.

Em sua 13ª edição, a SIC traz todo o universo do café com feira, cursos, competições, seminários, palestras e degustações. Em 2017, foram 141 empresas expositoras e 17 mil visitantes. O volume de negócios gerados foi de R$ 35 milhões. Voltado a profissionais da área, o evento também prepara atrações para o público apaixonado por café.

SAFRA ESPECIAL

A expectativa neste ano é grande, pois a safra de café brasileiro de 2018 baterá recorde de quantidade e deve ter qualidade excepcional. As condições climáticas deste ano foram perfeitas, gerando a expectativa de colheita de 58 milhões de sacas de 60 kg -normalmente o Brasil produz uma média de 50 milhões de sacas.

A notícia é boa, já que o consumo mundial cresce entre 2% e 3% ao ano, com destaque para o despertar do interesse da Ásia pelo produto. "Em 2030, com o aumento do consumo, pode faltar café no mundo. O Brasil tem capacidade para suprir essa demanda, dedicando mais áreas ao cultivo cafeeiro e aumentando a produtividade com tecnologia", afirma Mariana.

Além da exibição da notável produção de 2018, outra novidade da SIC serão os campeonatos de baristas da World Coffee Events, que acontecem pela primeira vez no Brasil.

Baristas do mundo todo virão demonstrar suas habilidades no preparo de café. A atual campeã mundial, a polonesa Agnieszka Rojewska, é presença confirmada.

"Trazer esses profissionais de alto nível incentiva os baristas brasileiros a aprimorarem suas técnicas", acredita Mariana. O tradicional café de todos os dias está mudando para melhor.

SEMANA INTERNACIONAL DO CAFÉ
Quando: 7 a 9 de novembro, das 11h às 20h
Onde: Expominas, em Belo Horizonte (MG)
Entrada: gratuita para produtores e visitantes profissionais mediante inscrição no site. Custo de R$ 30 para não-profissionais
Inscrição: semanainternacionaldocafe.com.br

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