O Hospital Sírio-Libanês adotou uma série de protocolos de segurança contra o novo coronavírus para garantir o bem-estar de pacientes e funcionários. Também criou serviços para manter o atendimento dos pacientes oncológicos e assegurar assistência médica de urgência.
"A gente precisa promover um ambiente seguro para que os pacientes possam fazer os tratamentos que não podem ser adiados", diz Artur Katz, diretor do Centro de Oncologia do Hospital Sírio-Libanês em São Paulo.
No Complexo Hospitalar da Bela Vista (SP) foram implantados dois grandes fluxos que garantem a separação de pacientes com síndromes gripais dos que têm outras enfermidades. A divisão começa no andar térreo. Todos os acessos ao hospital são controlados e cada porta de entrada conta com uma equipe de triagem que verifica a temperatura e entrega máscaras para a circulação no local. Pessoas com suspeita de Covid-19 não têm contato com as demais.
Áreas como Pronto Atendimento, Centro Cirúrgico, elevadores e até os equipamentos do centro de diagnóstico foram separados para segregar os suspeitos de estarem contaminados pelo novo coronavírus.
"Todas essas medidas são para tornar o ambiente o mais seguro possível para que os pacientes possam tranquilamente vir em consultas e realizar os seus tratamentos. Até porque as doenças não tiram férias. O câncer e as doenças cardio circulatórias são exemplos disso", diz Katz.
No Centro de Oncologia, a rotina também mudou. Um funcionário liga para o paciente um dia antes da consulta e pergunta se ele tem algum sintoma de gripe. Em caso positivo, é orientado sobre o atendimento apropriado dos sintomas antes de comparecer à consulta. Se não tem sintoma gripal, a presença é confirmada.
Uma porta específica dá acesso ao Centro de Oncologia. Antes de entrar, o paciente é novamente questionado sobre o surgimento de sintomas desde a ligação. A temperatura é aferida, o paciente recebe uma máscara e, então, pode entrar.
"Essa é a que chamamos de área limpa, onde pacientes com suspeita ou confirmação de Covid-19 não frequentam, justamente para preservá-la para os demais pacientes e para os profissionais de saúde", diz Katz.
Na Unidade Itaim, as medidas de segurança seguem o mesmo padrão. Nas especialidades de ortopedia, pediatria e clínica médica, foi implantado um serviço com hora marcada para casos mais simples. As ações do grupo de psicologia, um serviço dentro da oncologia, foram intensificadas. "Este período tem gerado um estresse a mais em todo mundo. Temos trabalhado para oferecer um suporte para os pacientes e para a equipe médica que está envolvida", diz Denis Jardim, coordenador de Oncologia da Unidade Itaim do Sírio-Libanês.
Assim como nas unidades paulistanas, em Brasília há um controle rígido também para os funcionários. Todos fazem teste de temperatura na entrada. "A gente exerce um controle severo. O uso de EPI (Equipamento de Proteção Individual) é obrigatório. Isso traz segurança a doentes e funcionários. Se o profissional se protege, se usa o equipamento apropriado, não transmite nenhuma enfermidade para o paciente", diz Gustavo Fernandes, diretor geral do Hospital em Brasília.
Henrique Assale | ||
Novos fluxos de atendimento - Complexo Hospitalar Sírio-Libanês Bela Vista