Conheça o serviço de voluntariado do Sírio-Libanês

Voluntários que atuam no Complexo Hospitalar da Bela Vista

Quando Isa Maria Marchetti foi contratada para ser assistente social da Sociedade Beneficente de Senhoras Hospital Sírio-Libanês, em 1978, não imaginava que, 42 anos depois, teria tantas histórias para contar. Se, no início, trabalhava para colocar de pé um departamento de Serviço Social para ajudar as pessoas mais vulneráveis, coordenou, durante anos, a assistência social e as voluntárias. Hoje, cuida apenas do Serviço de Voluntários, que reúne 320 pessoas, somando São Paulo e Brasília.

"Comecei a fazer o projeto para o voluntariado em 1980", lembra Isa Maria. "O nosso objetivo era, e continua sendo, fazer com que o paciente e seus acompanhantes se sintam acolhidos, que recebam apoio, carinho e atenção", explica. Tudo bem de acordo com a missão do Sírio-Libanês, que é conviver e compartilhar.

Hoje, além do Complexo Hospitalar da Bela Vista, os voluntários atuam em duas unidades de oncologia e no Hospital de Brasília e no Hospital Municipal Infantil Menino Jesus, que é gerido pelo Instituto de Responsabilidade Social Sírio-Libanês. Eles estão presentes em diversas áreas da instituição, como o Centro de Diagnósticos, Pronto Atendimento, Centro de Oncologia, UTI, Banco de Sangue, Pediatria e nos projetos de responsabilidade social dos Ambulatórios de Filantropia e do Abrace seu Bairro.

Com 95% de mulheres em seu quadro, elas podem ser vistas de avental rosa andando pelos corredores e, principalmente, na livraria e na loja de conveniência do hospital na Bela Vista. "Toda a renda da loja é revertida para a área de responsabilidade social", explica Isa Maria. No ano passado, por exemplo, o Serviço de Voluntários doou mais de 1.020 cestas básicas, 30 enxovais por mês para as gestantes mais necessitadas que fazem ultrassonografia no Ambulatório de Filantropia e 50 enxovais mensais para o Hospital Geral do Grajaú, além de roupas e artigos de higiene para os pacientes e acompanhantes nos hospitais públicos administrados pelo Instituto de Responsabilidade Social Sírio-Libanês, como o Hospital Municipal Infantil Menino Jesus e o Hospital Geral do Grajaú.

Isa Maria, que tem 74 anos, continua trabalhando, agora apenas com o Serviço de Voluntários, pois, desde 2006, deixou o Serviço Social. A recompensa por tanto empenho às vezes surge de situações inesperadas. "Há pouco tempo me chamaram para participar de uma festa no Banco de Sangue em homenagem aos grandes doadores. De repente, vem um senhor e me diz: 'a senhora é a dona Isa? A senhora ajudou minha mãe há muitos anos e toda a minha família é muito grata por isso. Nunca consegui vir aqui para agradecer, mas, agora, quero lhe dar um abraço'", conta. "São coisas assim que nos fazem ver que o nosso esforço vale a pena."

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