"Senti mais falta da sobrancelha do que do meu cabelo"

Arquivo Pessoal
A publicitária aposentada Roseli Julias da Costa Silva, 66

Paciência e alto astral. São as palavras que movem a publicitária aposentada Roseli Julias da Costa Silva, de 66 anos, que no início de 2014 teve sua suspeita de câncer de mama confirmada pelos médicos. "Me considero uma pessoa tranquila e controlada, mas o diagnóstico me deixou desesperada. Foi como se uma cratera se abrisse na minha frente. Comecei a perder o controle e pensar quem eu precisava avisar, caso ficasse ausente", conta ela. A partir daí, começou a busca por um oncologista até chegar ao consultório da Dra. Andrea Shimada, oncologista clínica do Sírio-Libanês. "Ela me deu muita esperança."

O tratamento começou com quimioterapia, seguida de mastectomia da mama esquerda e radioterapia. Roseli relata que não sentiu nenhum efeito colateral durante as duas primeiras sessões e já avisou a família que não precisava de companhia porque estava bem. "Saía do hospital e ia para o supermercado, para o banco pagar uma conta, vida normal." Para ela, foi muito mais difícil perder os fios da sobrancelha do que do cabelo. "O dia que meu filho mais velho raspou o meu cabelo foi divertidíssimo, porque eu sou muito palmeirense e ele ficava dizendo que ia desenhar o símbolo do Corinthians na minha cabeça", diverte-se ela.

Mas nem tudo foi fácil. Neste processo, ela cuidou de sua mãe, que também teve câncer de mama e acabou falecendo. Além disso, no ano passado, seus exames apontaram metástase na coluna, com o aparecimento de quatro tumores. A terapia escolhida pelo Dr. Samir Abdallah Hanna, oncologista do Sírio-Libanês, foi a radioterapia, acompanhada de uma mudança de medicação. "Foi uma decisão acertada. Pelos PET-CT, exames diagnósticos por imagem realizados em agosto, as lesões desapareceram", comemora ela.

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