Descrição de chapéu sustentabilidade

JBS AVANÇA EM RANKING DE SUSTENTABILIDADE

Empresa conquistou sua melhor posição no critério Mudanças Climáticas da plataforma CDP ao atingir anota A-. Energia limpa e economia circular são outras iniciativas da companhia para reduzir as emissões

Vista da reserva florestal Adolfo Ducke, no Amazonas Suamy Beydoun/Agif/Folhapress

Com o tema mudanças climáticas no topo das prioridades, a JBS trabalha pela redução das emissões de gases do efeito estufa (GEE) em várias iniciativas. Esse compromisso, somado a outras ações, como o engajamento dos fornecedores nas práticas sustentáveis, contribuiu para que a empresa avançasse no levantamento anual da CDP, a maior e mais respeitada plataforma global de informações corporativas de sustentabilidade.

A JBS conquistou sua melhor posição do ranking em Mudanças Climáticas ao atingir a nota A-. As empresas são avaliadas pela CDP em três critérios: Mudanças Climáticas, Segurança Hídrica e Florestas, essa última dividida nas categorias Madeira, Gado e Soja.

“A JBS tem trabalhado fortemente na transição para uma economia de baixo carbono. O avanço em Mudanças Climáticas reflete nosso crescente compromisso com a redução das emissões, com ações consistentes de engajamento dos fornecedores e a entrega ao mercado de dados cada vez mais transparentes”, afirma Márcio Nappo, diretor de sustentabilidade da JBS.

Em 2020, a JBS subiu no ranking da plataforma: foi da nota B para A- na categoria Mudanças Climáticas, atingindo o nível de liderança no critério, e de B- para B em Florestas: Soja, mantendo a nota B nos demais itens analisados.

Entre as ações reportadas à plataforma CDP está a atuação da JBS Biodiesel, a maior produtora mundial verticalizada de biodiesel a partir do sebo bovino. A empresa tem duas plantas, localizadas em Lins, no interior de São Paulo, e na cidade de Campo Verde, em Mato Grosso. Além do sebo, as unidades utilizam como matéria-prima outros tipos de resíduos, como o óleo de cozinha usado.

A JBS Biodiesel foi a primeira empresa a ser qualificada para a venda de créditos de carbono obtidos por meio do RenovaBio, programa do governo brasileiro voltado para a redução de emissões com base nas obrigações assumidas no Acordo de Paris. “A certificação reconhece que o biodiesel produzido emite sete vezes menos gases de efeito estufa que o diesel de origem fóssil, representando uma redução de emissões de cerca de 86%”, afirma Claudia Jardim, gerente de sustentabilidade da JBS.

A geração de energia limpa e o investimento em economia circular são duas outras iniciativas que permitem à JBS diminuir sua pegada de carbono. A empresa tem priorizado o uso de energia proveniente de fontes renováveis, como a biomassa e os resíduos orgânicos gerados pelas fábricas. Em 2019, 21 mil toneladas desses resíduos orgânicos foram transformados em energia, um aumento de mais de 60% em relação ao ano anterior. “Atualmente, cerca de 90% da energia utilizada em nossas operações vêm de fontes renováveis”, afirma Claudia.

A Biolins, usina termoelétrica da JBS, tem capacidade para gerar energia de fontes renováveis suficiente para abastecer um município de 300 mil habitantes. A unidade utiliza bagaço de cana-de-açúcar como matéria-prima e supre 100% da energia que o complexo industrial de Lins necessita para operar. “O excedente da produção é distribuído para o grid do Sistema Interligado Nacional”, afirma Claudia.

Economia circular

Outra prioridade da JBS tem sido a economia circular, com a identificação de oportunidades para a reutilização de materiais. A empresa possui uma divisão de negócios voltada para soluções de economia circular, onde está a unidade JBS Ambiental, que faz a gestão dos resíduos sólidos gerados nas fábricas, para que tenham a destinação correta, além de criar soluções de reciclagem e projetos para o reaproveitamento de materiais.

No último ano, a empresa produziu 2.000 toneladas de produtos plásticos reciclados, como sacos de lixo e capas protetoras de paletes, utilizados nas fábricas. Foram ainda produzidas 2.400 toneladas de resinas plásticas recicladas, totalizando quase 5.000 toneladas de produtos plásticos reciclados, um aumento na produção de 11% em relação ao ano anterior. “A economia circular permite utilizar menos matéria-prima virgem e prolongar a vida dos produtos”, afirma Claudia.

O próximo passo é a construção de uma fábrica de fertilizantes que tornará a JBS a primeira empresa de alimentos do Brasil a utilizar resíduos orgânicos gerados em suas plantas para a produção de fertilizantes. A fábrica está sendo construída em Guaiçara, no interior de São Paulo, e a previsão é que comece a operar em 2021.

Para auxiliar a rede de fornecedores a avançar nos padrões de sustentabilidade, a JBS investe também no aperfeiçoamento da gestão dos produtores parceiros. Em 2019, a empresa firmou uma parceria com a Liga do Araguaia, em Mato Grosso.

Pelo projeto, a JBS financia a contratação de empresas de consultoria em gestão agropecuária para melhorar a produtividade de 60 pecuaristas. “O objetivo é promover a pecuária sustentável e mostrar que é possível produzir mais em menos espaço, reduzindo as emissões”, afirma Claudia.

COMBATE AO AQUECIMENTO É PRIORIDADE GLOBAL

Segunda maior indústria de alimentos do mundo, a JBS classifica o combate aos efeitos das mudanças climáticas como prioridade global. A empresa atua em várias frentes para desenvolver práticas e projetos que têm como objetivo reduzir as emissões na produção e na cadeia de fornecedores.

Investe na geração de energia de fontes renováveis, em iniciativas de economia circular e em projetos de produtividade que permitem a pecuaristas produzirem mais usando menos espaço. Outra iniciativa recente é a extensão de seu monitoramento de fornecedores aos elos anteriores do ciclo de produção na Amazônia, para evitar o desmatamento ilegal.

Há uma década, a JBS criou um robusto sistema que utiliza imagens de satélite e dados georreferenciados das fazendas para monitorar seus fornecedores diretos de bovinos na Amazônia, para garantir que todos estejam em conformidade com a política de compra responsável de matéria-prima.

O sistema analisa diariamente uma área superior ao território da Alemanha, que abrange mais de 400 municípios e 50 mil fazendas. Constatadas irregularidades, a fazenda é bloqueada pelo sistema, que é hoje um dos mais sofisticados e de maior escala no mundo.

Agora a JBS dá um passo além, com o lançamento de uma plataforma inédita no agronegócio, que vai estender seu monitoramento socioambiental.

A plataforma é baseada na tecnologia blockchain, espécie de livro contábil virtual que registra dados com segurança e confiabilidade. Ela vai permitir à JBS monitorar os fornecedores de seus fornecedores diretos. São aqueles pecuaristas que vendem bezerro, garrote ou boi magro para os fornecedores diretos da empresa. “Com a plataforma de blockchain vamos poder rastrear e monitorar os elos anteriores da cadeia produtiva, incluindo aquele produtor que está lá atrás e que antes não era visto”, afirma Márcio Nappo, diretor de sustentabilidade da JBS.

A empresa trabalha há dois anos no desenvolvimento da plataforma, mas a tarefa não é simples, pelo tamanho e segmentação desse setor. Segundo Nappo, as unidades da JBS na Amazônia Legal são hoje abastecidas por cerca de 50 mil fornecedores diretos, que compram de outros criadores.

Com a plataforma, os fornecedores diretos da JBS vão poder selecionar e comprar bovinos apenas de fazendas que estejam em conformidade ambiental. Mas a JBS se propõe a auxiliar os produtores com problemas a regularizar suas fazendas, com assessoria jurídica, ambiental e de produção. “Vamos ajudar esses fornecedores, que muitas vezes são pequenos proprietários, e toda a cadeia a implementar o Código Florestal Brasileiro”, diz Nappo. Até 2025, a adesão dos produtores à plataforma será voluntária. Após esse período, será obrigatória.

Em cada uma de suas plantas na Amazônia, a JBS quer ter um Escritório Verde, com equipe técnica para dar assessoria e explicar o funcionamento da plataforma de blockchain e, assim, engajar os pecuaristas.

A empresa anunciou que vai compartilhar sua tecnologia de monitoramento de fornecedores e a política de compra responsável de matéria-prima com sua cadeia de valor, que inclui toda a indústria de alimentos, pecuaristas, agricultores e instituições financeiras. “A JBS não está construindo uma plataforma individual, mas criando uma estratégia setorial, porque entende que todos precisam trabalhar com a mesma régua para corrigir o problema do desmatamento ilegal”, diz Nappo.

A redução do desmatamento ilegal é um passo importante no combate às mudanças climáticas, mas para isso é preciso que cada vez mais indústrias, produtores rurais, instituições e o agronegócio se mobilizem e tenham ferramentas para a criação de um grande ecossistema de produção e preservação. A JBS atua para ajudar nessa construção.

Fundo para preservação

Outra iniciativa do grupo foi a criação do Fundo JBS pela Amazônia, que vai financiar ações e projetos para ampliar a conservação da floresta e o desenvolvimento sustentável das comunidades da região. O Fundo estará aberto a contribuições de outras empresas, instituições e pessoas físicas. A JBS fará um aporte de R$ 250 milhões nos primeiros cinco anos. Para cada contribuição externa, a empresa se compromete a investir o mesmo valor, até o teto de R$ 500 milhões. A intenção é que os recursos alcancem o total de R$ 1 bilhão até 2030.

Entre as ações do Fundo JBS pela Amazônia estão o financiamento de iniciativas para o desenvolvimento sustentável do bioma amazônico, a ampliação do reflorestamento e o fomento à pesquisa científica e tecnológica na região, para gerar, por exemplo, projetos de bioeconomia.

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