Descrição de chapéu sustentabilidade

Sociedade civil também tem papel fundamental

Mudanças de hábitos podem ajudar a reduzir as emissões de gases que causam o aquecimento global

Governos e setor produtivo têm seu papel na preservação do meio ambiente e na redução das emissões dos gases causadores das mudanças climáticas, mas é consenso que a sociedade civil também tem papel fundamental para reduzir o aquecimento global.

Isso passa por comportamentos e hábitos de consumo, com a redução de desperdícios e a opção por produtos que tenham uma menor pegada de carbono, por exemplo.

Hábitos que fazem a diferença podem ser incorporados com facilidade ao dia a dia do cidadão que queira ajudar nessa batalha. Entre eles estão: opção por transporte público em vez do individual e caminhadas para percursos curtos; economia de água e energia elétrica; diminuição do volume de lixo e descarte correto dos resíduos

Trabalho de reciclagem de lixo em cooperativa de São Paulo - Adriano Vizoni/Folhapress

Para Gabriela Di Giulio, professora doutora do Departamento de Saúde Ambiental da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), embora pesquisas mostrem, em geral, que os brasileiros acreditam que as mudanças climáticas são uma ameaça ao país e que a maioria está preocupada com o fenômeno, a falta de ação no âmbito individual, não no sentido de ausência, mas de pouca expressividade, é algo que precisa ser mais bem entendido.

“Os riscos, apesar de relevantes, são apenas um dos elementos que facilitam ou dificultam o enfrentamento do problema”, diz.

Segundo ela, existem muitas outras coisas em jogo. “Nesse processo pesam também informação e conhecimento (enquadramentos midiáticos, fake news); posicionamentos/discursos de governos quanto à questão climática; experiências pessoais relacionadas a eventos climáticos; a ideia de agência (human agency), ou seja, a capacidade de os indivíduos agirem de forma independente para fazer suas próprias escolhas e desempenhar papel causal na história; visões de mundo mais ou menos favoráveis à questão ambiental e sentimentos associados ao comportamento cooperativo”, afirma a pesquisadora.

Ela defende o estímulo de ações na lógica bottom-up (de baixo para cima), com mobilização de recursos e estratégias de organização e ação de cidadãos, que buscam transformações sociais e de territórios.

Para ela, projetos como, por exemplo, a revitalização de espaços públicos, de mobilidade urbana, ou ainda, de ampliação de infraestrutura verde, para citar exemplos relacionados à adaptação às mudanças climáticas, tendem a funcionar se a sociedade for estimulada a participar.

“São experiências que confirmam que as alternativas possíveis para alinhar adaptação e sustentabilidade no nível local passam pelo cruzamento e pelas sinergias entre as ações propostas pelo governo local e aquelas impulsionadas na lógica bottom-up”, afirma.

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