O setor de capitalização apressou o passo em razão da Covid-19. O processo de digitalização na venda de títulos foi acelerado, pois o distanciamento social, iniciado em março de 2020, fechou os principais pontos de venda presenciais (bancos, quiosques e lotéricas).
Com isso, as empresas do setor disponibilizaram produtos por diversos canais digitais. Carlos Alberto dos Santos Corrêa, diretor-executivo da FenaCap, lembrou que há 92 anos os brasileiros convivem com a capitalização. "Nesse tempo, o setor ajudou a construir reservas financeiras, realização de planos futuros, sonhos, socorro financeiro em casos de emergência e filantropia."
Segundo Corrêa, as 16 associadas da FenaCap buscaram soluções para o momento crítico da pandemia e encontram, com o formato digital, novas oportunidades de negócio. Para ele, a capitalização se prepara para estar conectada a um mundo cada vez mais open.
Natanael Castro, superintendente da Icatu Capitalização, disse que a pandemia foi "um grande catalizador" na digitalização da venda de títulos. Ao mesmo tempo, deu mais "empoderamento" ao público-alvo. "O consumidor escolhe o quê, onde, quando e como quer consumir, pois hoje open banking e open insurance, por exemplo, dão mais liberdade de escolha."
Simone Moregola, gerente da Liderança Capitalização, citou a rapidez com que as empresas "viraram a chave do físico para o digital". Ela apontou os desafios daqui para a frente, como checar se os produtos oferecidos estão adequados e se atendem aos requisitos técnicos. "Nosso produto é de confiança. E o consumidor entende a comunicação transparente."