Vestibular de meio de ano é opção até para treineiros

Quem não conseguiu aprovação no vestibular tradicional e quem busca mudar de curso ou instituição tem uma nova chance agora

O vestibular de meio de ano está cada vez mais presente no calendário das instituições de ensino do país e representa uma boa alternativa para estudantes que buscam ingressar em uma graduação sem esperar o tradicional processo seletivo do final do ano.

Em um mercado acadêmico mais dinâmico e que procura atender às diversas necessidades dos jovens, muitas instituições renomadas passaram a oferecer processos seletivos para o segundo semestre.

Entre elas, destacam-se PUC-SP, ENS (Escola de Negócios e Seguros), Senai, Senac, FIA, FGV e Ibmec, que abrem novas oportunidades para quem deseja começar a graduação sem esperar o próximo ciclo anual.

A imagem mostra uma mão de um estudante segurando um lápis e uma folha de papel em uma mesa de escola. Ao fundo, é possível ver outros alunos, mas eles estão desfocados. A cena sugere um ambiente de sala de aula durante uma prova.
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O vestibular de meio de ano surge como alternativa estratégica para diferentes perfis de estudantes: para quem não conseguiu a aprovação no vestibular tradicional; para quem busca mudar de curso ou instituição; ou mesmo para treineiros, aqueles que desejam experimentar o clima das provas como parte da preparação.

"Vale muito a pena (fazer vestibular em meio de ano). Até para treinar. Conheço muitos alunos que fazem para ver se estão estudando certo, se estão no caminho correto. Pode treinar uma redação, pode ver se ainda tem muita dificuldade em matemática ou em alguma outra matéria", diz Vera Lúcia Antunes, coordenadora pedagógica do Objetivo.

Esse vestibular é uma excelente oportunidade para quem deseja ingressar em um curso com forte empregabilidade e que atende a um mercado específico, sólido e carente de talentos, como é o de seguros. Ao iniciar os estudos ainda em 2025, o estudante acelera sua inserção em um setor promissor, com grandes possibilidades de crescimento

José Varanda

coordenador da graduação em Gestão de Seguros da ENS (Escola de Negócios e Seguros)

A possibilidade de realizar o vestibular nos próximos meses pode ajudar os estudantes a lidar com o nervosismo e com o tempo de prova. "Ajuda a ganhar confiança", afirma Antunes. "Uma coisa importante é chegar até o final da prova. Não importa o número de questões, o importante é administrar o tempo para chegar às questões finais. Se o aluno ficar muito tempo em uma questão, talvez ele deixe de chegar nas últimas questões, que podem até ser mais fáceis do que aquela em que ele emperrou."

Para João Pitoscio, coordenador pedagógico do curso pré-vestibular Etapa, a decisão de prestar o vestibular de meio de ano deve considerar o preparo do estudante e o curso desejado.

"O aluno pode ter tido um tempo menor de preparação. Outra coisa é que nem todos os cursos são oferecidos. A USP não tem esse vestibular, por exemplo. Então depende do curso e da instituição que a pessoa deseja", explica.

Pitoscio ressalta que, em algumas instituições, o perfil de candidatos que fazem a prova pode mudar e, por isso, a concorrência tende a ser menor, já que muitos candidatos preferem aguardar o processo seletivo tradicional.

"Mas falar que é mais fácil (do que vestibular de final de ano) é um mito. Não tem por que ser mais fácil se ele está oferecendo vagas nas mesmas faculdades que oferece no final de ano", afirma Pitoscio.

Concorrência

No caso de cursos muito disputados, como medicina, o cenário é ainda mais específico.

Nem todas as faculdades de medicina abrem vestibular no meio do ano. Então o número de vagas oferecidas tende a ser menor. Para Pitoscio, o estudante precisa se perguntar: o sonho é fazer medicina ou é fazer medicina em uma faculdade específica?

"Se o sonho for fazer medicina e ele tiver dinheiro para pagar mensalidade, então é uma boa opção prestar vestibular de meio de ano. Mas, se ele quiser USP, Unicamp ou outras semelhantes, terá de esperar o final de ano", afirma Pitoscio.

Ele lembra que algumas universidades federais abrem vagas remanescentes por meio do Sisu (Sistema de Seleção Unificada do Ministério da Educação; ele permite que as universidades públicas ofereçam vagas para candidatos a partir da nota do Enem), o que pode ser uma boa alternativa para quem está de olho em uma vaga em instituições públicas.

Tendências

Alguns cursos tornaram-se, nos últimos anos, mais populares entre os candidatos a uma vaga no ensino superior.

As tendências de cursos variam conforme o contexto social. "Neste pós-pandemia, há um número grande de alunos tentando uma vaga em psicologia", diz Pitoscio.

"Se olharmos para a Fuvest, psicologia estava entre os mais concorridos. Não sei se podemos atribuir apenas à pandemia, mas ele está crescendo. A nota de corte na Fuvest para esse curso deu uma subida", relata.

O coordenador observa ainda o crescimento do interesse em áreas ligadas a mídias sociais e inteligência artificial, com jovens buscando especializações para atuar nesses setores em expansão.

Empregabilidade

Para o professor José Varanda, coordenador da graduação em Gestão de Seguros da ENS (Escola de Negócios e Seguros), o vestibular de inverno é uma chance para quem quer ingressar em áreas que têm boa empregabilidade no momento.

"Esse vestibular é uma excelente oportunidade para quem deseja ingressar em um curso com forte empregabilidade e que atende a um mercado específico, sólido e carente de talentos, como é o de seguros. Ao iniciar os estudos ainda em 2025, o estudante acelera sua inserção em um setor promissor, com grandes possibilidades de crescimento", afirma Varanda.

Segundo o coordenador, a procura pelo curso tem sido "bastante satisfatória", o que reflete o interesse crescente pelo mercado de seguros.

*Conteúdo patrocinado produzido pelo Estúdio Folha