Água, malte, lúpulo e a exclusiva levedura A, que juntos em um processo único de produção proporcionam um inconfundível sabor e aroma.
Esses são os segredos que fazem da Heineken uma cerveja única e que, até por isso, tornou-se líder no segmento premium. A afirmação vem de um experiente especialista: o mestre cervejeiro Willem van Waesberghe.
Willem participou de uma visita ao Inside The Star, um tour que ocorre dentro da cervejaria da Heineken em Jacareí (SP) e pode ser visitado por maiores de 18 anos mediante agendamento.
"Uma das grandes diferenças da Heineken é a levedura A", conta Willem. "Ela cria os aromas e o sabor da Heineken. Mas isso só é possível porque a levedura é fermentada em tanques que ficam na posição horizontal, fazendo com que a levedura faça o seu trabalho em baixa pressão."
Esse ponto é bastante importante, explica o mestre cervejeiro. Outras cervejarias normalmente realizam a fermentação em tanques na posição vertical, o que gera uma pressão maior em cima da levedura.
A levedura A é única no mundo. "Ela é sensível à pressão. No ambiente correto, ela consegue desenvolver todo o aroma e sabor que são característicos da Heineken", afirma Willem.
O mestre cervejeiro explica: "A levedura A é muito sensível. Ela não está acostumada a grandes tanques. Para que a cerveja tenha o mesmo sabor há 150 anos, é preciso recriar as condições que havia antigamente. A grande diferença entre tanques pequenos e grandes é a altura. Quanto maior a altura, maior será a pressão. Em um tanque horizontal, não há tanta altura, então a pressão é mais baixa, e é isso que a levedura precisa para criar o aroma agradável de Heineken".
Outro fator fundamental para chegar ao sabor e ao aroma de Heineken é a qualidade dos ingredientes. É uma fórmula simples: a cerveja da marca é feita apenas com água, malte e lúpulo.
"A cerveja é um produto tradicional, já existe há séculos. Ao longo desse tempo, vimos que a levedura se adaptou ao malte como alimento. A levedura prefere o malte entre todos os alimentos que pode receber para fermentar e criar álcool e dióxido de carbono. O lúpulo serve para fornecer o amargor característico. O malte, então, é a base da cerveja, e a levedura ajuda a desenvolver os sabores, o álcool e o dióxido de carbono que estão na bebida", diz Willem.
Mas, como garantir que o sabor e a qualidade da Heineken sejam sempre os mesmos, nos 192 países em que a marca está presente?
"Especificamos exatamente quais ingredientes devem ser usados. O lúpulo vem principalmente dos EUA, o malte da Europa, e a água é sempre tratada e adaptada para garantir as suas características puras", afirma.
"Usamos sempre o mesmo tipo de levedura, e a fermentação é feita em tanques horizontais. Monitoramos todo o processo e treinamos os nossos cervejeiros. E, todos os meses, amostras das cervejas produzidas em qualquer lugar do globo são enviadas para a Holanda para degustação e análise", explica.
"Digo que a levedura A precisa estar ‘feliz’, que significa ser mantida no ponto perfeito de temperatura e de ar. É o mais importante para o cervejeiro, porque, quando ela está ‘feliz’, cria os aromas agradáveis e, assim, temos a mesma cerveja. O cervejeiro precisa fazer apenas pequenos ajustes para diferenças de equipamento ou de ingredientes."
Heineken 0.0
Uma das grandes inovações da Heineken nos últimos anos foi a criação da versão sem álcool da marca. A Heineken 0.0 conserva o mesmo sabor e o mesmo aroma frutado da versão original. E, para chegar a esse resultado, os especialistas da marca encararam um grande desafio técnico.
"Por muito tempo, eu resisti a criar uma Heineken 0.0 porque nunca tinha provado uma cerveja sem álcool que fosse realmente boa. Depois de algum tempo, me convenceram a tentar", lembra Willem.
"Montamos quatro equipes em três países diferentes, produzindo e degustando cervejas todos os meses. Experimentamos diferentes tecnologias. Já analisamos o sabor e o aroma da Heineken há muitos anos, então sabíamos o que a gente precisava manter na versão 0.0. Conseguir remover o álcool e manter os sabores certos à 0.0 foi o maior desafio", relata.
O processo de retirada do álcool é feito por destilação a vácuo, em temperatura mais baixa do que o normal. "É um processo cuidadoso para não comprometer a experiência sensorial", explica Willem.
Paladar brasileiro
Quando questionado sobre as diferenças de paladar dos consumidores brasileiros em relação ao de pessoas de outros países, o mestre cervejeiro afirma que a Heineken é a mesma em todos os lugares, mas reconhece que a percepção do amargor pode variar.
"Os consumidores sul-americanos não estão tão acostumados ao amargor. Mas o amargor é algo que se aprende a apreciar, como comidas apimentadas. O que vemos agora no Brasil é que os consumidores estão se acostumando a cervejas mais amargas. Há 15 anos, quando chegamos aqui, o sabor da Heineken não era tão apreciado quanto agora, mesmo sendo a mesma cerveja", diz.
Sustentabilidade
Mas não é apenas o sabor que diferencia a Heineken de outras cervejas. A marca coloca a sustentabilidade como um de seus pilares fundamentais. "Qualquer indústria gera um impacto no meio ambiente. O nosso propósito é justamente minimizar e acabar com esse impacto", conta Eduardo Picarelli, diretor da unidade de negócios da marca Heineken no Brasil.
"Nós temos um foco na qualidade do produto, claro, mas vamos além disso. Vamos deixar um legado para o futuro: de sustentabilidade, para o bem do planeta."
Outro ponto ressaltado por Picarelli é o uso de ingredientes naturais: "Isso ajuda não apenas no sabor da cerveja, mas até na questão da sustentabilidade. Um exercício ótimo para fazermos é olhar o rótulo dos produtos. Se você encontrar um monte de coisas com nomes complicados e estranhos, é porque aquilo não é natural. Então na Heineken temos a combinação disso: produtos naturais que aumentam a qualidade e beneficiam o ambiente".
Willem van Waesberghe está na Heineken desde 1995 e tornou-se mestre cervejeiro da marca em 2012. Que dica ele daria para quem quer virar mestre cervejeiro? "Ah, é preciso ser apaixonado pelo produto. Pela cerveja e pelo processo de produção. Precisa saber um pouco de bioquímica, porque trabalhamos com ingredientes naturais. O malte, no fim das contas, é um organismo vivo. A cevada é viva, é uma semente. A levedura é um ser vivo. Elas não se comportam sempre como esperamos, e você precisa saber como esses organismos vivem e querem viver."
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*Conteúdo patrocinado produzido pelo Estúdio Folha