Temos de valorizar a alma", diz pastor Gedelti Gueiros

Veja trechos de entrevistas do cofundador e presidente da Igreja Cristã Maranata

Maranata

Público lota o Maanaim Domingos Martins, localizado em Marechal Floriano, no ES Masao Goto Filho/Estúdio Folha

Cofundador e presidente da Igreja Cristã Maranata, o pastor Gedelti Gueiros ressaltou a necessidade urgente de as pessoas, em meio a tantas crises e tragédias, valorizarem a alma. "Temos de valorizar a alma. Ela aspira pelo Deus vivo, e a razão, pela religião."

A afirmação veio em entrevistas que o pastor concedeu logo após a realização do culto "Trombetas & Festas". Leia os principais trechos.

*

PREPARAÇÃO - "O senhor Jesus está para voltar, pode se preparar. Mas tem de se dedicar. As igrejas também. Você vê, hoje, igrejas fechando nos Estados Unidos, pastores discutindo quem está certo, quem está errado. Deixa as pessoas pensarem do jeito que quiserem. O momento é para falar da vinda de Jesus, da salvação, porque a alma está faminta."

CRIANÇAS - "A gente não vai consertar o mundo. Mas temos de ter a preocupação de focar aquilo que é possível. Se você tem dez crianças, vamos cuidar dessas dez crianças. Se você tiver milhões, fica mais difícil, mas não dá para construir uma sociedade da noite para o dia. E estamos vendo que há uma regressão natural, o homem vai alcançando os seus objetivos, mas aí ele quer outros. Nós cuidamos das crianças logo cedo, sem aquele pieguismo de falar ‘Ah, você vai ser um santinho’. Não, ela vai escolher. Quando um homem perde a infância, ele envelhece. Ele parou de construir e envelheceu. A infância é tudo."

Maranata
Público lota o Maanaim Domingos Martins, localizado em Marechal Floriano, no ES - Masao Goto Filho/Estúdio Folha

FAMÍLIA - "As pessoas estão preocupadas com a vida, e isso é bom. Quando o homem tem como objetivo a eternidade, ele passa a ter outra forma de viver. Ele respeita mais as coisas, a própria criação, os seus amigos, vizinhos, familiares. E hoje estamos tendo grandes problemas com as famílias, não é mesmo? A família acabou. E quem vai resolver isso? Ninguém. Religião você pode impor, mas vida eterna, não. O homem tem de ser livre."

CONEXÃO - "Hoje em dia ficou tudo mais fácil [com a tecnologia]. A gente usa aquilo que é possível. Hoje estamos conectados com Indonésia, China, Índia, entre outros países. Precisamos criar um ambiente em que as pessoas se sintam bem. Nós nunca corremos atrás de multidão, é sempre pessoal. Esse é o segredo. Tem que ensinar desde criança, educar e mostrar o caminho que tem de seguir."

AÇÃO DO HOMEM - "As catástrofes [que assolam o mundo] não vão parar. Porque temos a entropia e a antropia. A entropia é isso tudo o que está acontecendo. O mundo está envelhecendo. Desmataram, vão esperar o quê? Veja o que aconteceu na Califórnia, que perdeu uma grande quantidade de mar. Os tsunamis. A Espanha, que teve problemas ambientais. Não tem jeito, é entrópico. Mas aquilo que o homem faz é antrópico. Ele tira uma montanha daqui e joga lá. Quem quer que isso seja feito?. As pessoas ficam muito preocupadas. Mas é profético. Isso tudo era para acontecer."

MUDANÇAS - "É nossa responsabilidade fazer mudanças. Dentro do possível. Se você estiver sozinho, é mais difícil. É algo pessoal. Você quer mudar o mundo? Mas a sua posição diante de Deus continuará igual."

SENTIR DEUS - "O cristianismo perdeu algumas coisas. Perdeu o mistério. O Evangelho é um mistério. Você não sabe o que é Deus, você o sente no seu coração. O cristianismo é profético. Aquilo que está acontecendo está na Bíblia. A igreja é mestra quando ela está ligada ao projeto da eternidade. Existe um projeto e precisamos entendê-lo."

Maranata
Músicos durante o evento Trombetas e Festas, que anuncia a volta de Jesus - Masao Goto Filho/Estúdio Folha

ESPERANÇA - "Temos de ter esperança. Se você não tem esperança, você se perde. Cada um tem a sua religião. O que precisa é ter alguma intimidade com Deus."

SACRIFÍCIO - "Deus vem em benefício do homem. Não é preciso fazer sacrifício em nome de Deus, porque isso já foi feito por Jesus."

POR QUE TROMBETAS? - "As trombetas são os alertas que já nos foram dados. As festas significam o conhecimento do momento que estamos vivendo e saber que Deus está operando. Nós não estamos abandonados. O mundo está em dificuldades, mas cada um tem a bênção de Deus."

BUSCA POR DEUS - "A fome, a violência, tudo isso faz parte da realidade, porque foi profetizado por Jesus e pelos apóstolos, pelos profetas do Velho Testamento. E essa realidade aponta para um período final. A mensagem é que as pessoas busquem uma saída não se isolando do mundo, mas buscando a Deus."

ARREBATAMENTO - "As pessoas têm de se atentar [às trombetas]. São sinais. As pessoas estão vendo esses sinais. Há a proximidade de um grande acontecimento, e será o nosso maior acontecimento, o arrebatamento."

Igreja se consolida no exterior

Com a transmissão do evento "Trombetas & Festas" para todos os continentes, a Igreja Cristã Maranata consolida sua mensagem no exterior. Na Europa Ocidental, o responsável pela coordenação é o pastor Gerson Beluci. Ele conta que a realidade atual para as igrejas cristãs não é das melhores no velho continente. "A nossa igreja, felizmente, vive uma realidade diferente daquilo que chamamos de cristianismo. Temos acompanhado o fechamento de igrejas evangélicas. Isso nos entristece profundamente, porque mostra que o cristianismo, na Europa, está em decadência."

Não apenas na Europa, segundo ele. "Isso ocorre também nos EUA. Vemos mega igrejas e grandes movimentos, mas a essência do cristianismo foi muito alterada."

Para Beluci, a Maranata consegue se consolidar no exterior pela forma com que é estruturada. "Neste momento de crise, a Igreja Cristã Maranata se coloca dentro daquilo que o Livro de Atos dos Apóstolos nos apresenta. Nós temos como base a igreja primitiva. Por quê? Porque ela iniciou-se com o Pentecostes. Porque essas novas igrejas estão diminuindo? Porque se ausentaram do Pentecostes. E Pentecostes, sabemos, é o governo do Espírito Santo na vida da igreja."

Secretário-geral da Igreja Maranata, o pastor Luiz Eugênio do Rosário Santos lembra das ações da igreja durante tragédias recentes que atingiram o Brasil. "Temos de estar sempre atentos ao que acontece no mundo. Na tragédia do Rio Grande do Sul, atuamos junto à comunidade. Socorremos com móveis, compramos fogão, geladeira, guarda-roupa, cama de casal, armários de cozinha. Mandamos para os irmãos que perderam o que tinham. Hoje eles têm esperança e estão se recuperando", afirma. O mesmo ocorreu em outras tragédias, como as que assolaram Petrópolis, sul da Bahia, Vitória.

Segundo Rosário Santos, a Maranata está no caminho de transmissão de seu objetivo: "A missão da igreja é alertar o povo que o que está ocorrendo no mundo não é por acaso. Está na Bíblia. Deus está avisando o homem, desde o início da humanidade. As pessoas ficam desatentas, e os fatos continuam acontecendo."

*Conteúdo patrocinado produzido pelo Estúdio Folha