São Paulo é a cidade em que tudo acontece com o dinamismo caracterÃstico de uma das maiores metrópoles do mundo. E o atendimento aos munÃcipes precisa seguir o mesmo ritmo. Por isso, a Prefeitura de São Paulo tem otimizado a prestação de serviços aos cidadãos por meio da tecnologia.
Nos últimos quatro anos, a Secretaria Municipal das Subprefeituras (SMSUB) implantou sistemas digitais integrados de gestão nas áreas de zeladoria, monitoramento do pavimento, redes de infraestrutura, piscinões e túneis, fiscalização e comércio ambulante.
Um deles é o SGZ (Sistema de Gerenciamento da Zeladoria), que agiliza a execução dos trabalhos e monitora em tempo real as atividades das 32 subprefeituras. Assim, é possÃvel controlar a quantidade de árvores podadas ou de buracos tapados em determinada região da cidade, desburocratizando, dando transparência e melhorando a aplicação dos recursos disponÃveis.
O SGZ adequou a quantidade de equipes da prefeitura às demandas reais, evitando o acúmulo de solicitações à espera de atendimento. Em abril de 2017, havia cerca de 250 mil pedidos. Hoje, são perto de 13 mil, uma queda de 95%. Há mais de 720 mil ordens de serviço atendidas.
Nos serviços de poda e remoção de árvores, por exemplo, o tempo de atendimento foi reduzido em 89%, em média, passando de 507 dias para 54. Entre 2017 e 2021, foram realizadas mais de 502 mil podas e 55 mil remoções.
Para assegurar que a saúde e a estabilidade das árvores sejam preservadas, todos os serviços relacionados a elas são atestados por engenheiros agrônomos públicos e contratados. Para árvores em contato com a rede elétrica, a SMSUB possui um convênio com a Enel Distribuição São Paulo visando à segurança delas.
Outra tecnologia adotada pela prefeitura é o Geovista, que mapeia as condições do pavimento da cidade. As vias são inspecionadas por dispositivos acoplados a veÃculos, que verificam o estado do asfalto, localizam irregularidades e identificam o tipo de serviço a ser realizado segundo o nÃvel de desgaste da via.
Cada recapeamento é feito de acordo com as necessidades especÃficas do local, proporcionando um investimento mais eficaz de recursos. O Geovista já monitorou 81% das vias da cidade, o equivalente a cerca de 14 mil quilômetros, e agilizou o serviço de tapa-buracos.
Em março de 2019, havia cerca de 38 mil solicitações desse tipo. Hoje, são em torno de 1.100 – uma queda de 97%. O tempo de resposta ao cidadão que solicita o serviço caiu 80%, de 121 dias para 25, em média.
Além da quantidade, a SMSUB se preocupa com a qualidade da execução do serviço. Em 2019, foi contratada a FDTE (Fundação de Desenvolvimento Tecnológico da Engenharia), da Escola Politécnica da USP (Universidade de São Paulo), para elaborar o Manual de Especificação Técnica para a Operação Tapa-Buracos na cidade.
Desse documento, constam especificações técnicas como a execução do requadramento maior que o buraco, corrigindo não só a erosão, mas toda a parte comprometida do entorno, como quando ele fica trincado. Esses cuidados asseguram uma durabilidade prolongada ao serviço.
A operação tapa-buracos passou a contar ainda com equipamentos mais modernos, como um caminhão térmico que mantém a temperatura adequada da massa asfáltica.
Outra inovação está na logÃstica dos trabalhos, com o treinamento das equipes das empresas que realizam o serviço. A qualidade da execução é avaliada por meio de controle tecnológico.
TELEMETRIA
Piscinões e túneis também ganharam novos instrumentos de controle. Desde 2020, um sistema inédito de telemetria e telemonitoramento acompanha chuvas, drenagem e operação de 23 piscinões por meio de sensores que detectam o nÃvel e a vazão da água, bem como o funcionamento das motobombas que operam o escoamento. Assim, descobre-se rapidamente a necessidade de limpeza e reparos de equipamentos de drenagem.
O sistema emite ainda alertas em casos de queda de energia, obstrução e falha mecânica. Nos túneis, por sua vez, há o monitoramento do nÃvel de CO2 acumulado e o controle da velocidade dos ventiladores para a circulação do ar.
DIGITALIZAÇÃO
A digitalização beneficiou a gestão de obras e a fiscalização. Autorizações para as concessionárias que prestam serviços de infraestrutura na cidade foram automatizadas com o GeoInfra, que dá a localização exata da intervenção e o responsável por ela. Isso reduziu o prazo de liberação de processos de até 180 dias para 20 dias. Mais de 25 mil autorizações já foram emitidas desde a sua implantação.
Para otimizar os processos de fiscalização na capital, foi criado o SGF (Sistema de Gerenciamento da Fiscalização). Agentes fiscais o utilizam para pesquisar a legislação aplicável e o valor da multa, além de armazenar dados e emitir autos de multa durante as vistorias.
Outra vantagem do SGF é evitar autos em duplicidade, uma vez que, por meio de georreferenciamento, sinaliza locais que já possuem ação fiscal. Como o sistema é acessado por tablet, gera ainda a economia de papel – cerca de 8,5 toneladas do insumo são poupadas anualmente.
AMBULANTES
A regularização de vendedores ambulantes também foi aprimorada. O sistema online Tô Legal! fornece autorizações temporárias para os comerciantes atuarem em diversos pontos da cidade por até 90 dias.
Por meio do Tô Legal!, a prefeitura consegue informações como localização, tipo do comércio e vigência da autorização dos profissionais cadastrados. Já foram emitidas cerca de 18 mil autorizações pelo sistema. As páginas do seu site somam mais de 22 milhões de visitas.
O sistema também é usado pelos vendedores para obter TPU (Termo de Permissão de Uso) para valet, mesas, cadeiras, toldos, bicicletas e patinetes compartilhados.
* Esta página é uma produção do Estúdio Folha para a Prefeitura de São Paulo e não faz parte do conteúdo jornalÃstico da Folha de S.Paulo