Vacinação contra pólio e sarampo tem início na cidade de São Paulo

Tomar a vacina é a forma de se proteger contra essas doenças graves que estavam praticamente erradicadas

Campanha de vacinação infantil

Campanha de vacinação infantil Marcello Casal Jr/Agência Brasil

A cidade de São Paulo, reconhecida pela mídia internacional como capital mundial da vacina, em razão do trabalho de imunização contra a Covid-19, iniciou a campanha de vacinação contra sarampo e poliomielite. Essas doenças estavam praticamente erradicadas no país e voltaram a preocupar durante a pandemia de Covid-19.

No caso do sarampo, a meta da prefeitura é imunizar, até 3 de junho, 95% das 709.273 crianças de seis meses a 5 anos, independentemente da situação vacinal anterior.

A campanha abrange também os 585.913 profissionais de saúde que atuam na cidade. Além disso, os nascidos após 1960 também podem procurar as unidades de saúde da prefeitura onde são aplicadas vacinas caso nunca tenham se vacinado contra o sarampo. Esses dois públicos devem se vacinar se estiverem com a vacinação incompleta. Os postos atendem também quem está atrasado com o calendário vacinal de rotina para outras doenças.

O sarampo é causado por um vírus muito contagioso. Passa de pessoa para pessoa por meio da fala, de tosse ou espirro. Atinge qualquer idade. Os doentes apresentam febre e inflamação do sistema respiratório. Se não tratada, a doença pode matar.

A forma mais eficaz de prevenção é por meio da vacina, como a disponibilizada pela Prefeitura de São Paulo.

PÓLIO

Já contra a poliomielite, estão aptas a serem imunizadas todas as crianças menores de 5 anos, com vacinação em atraso ou sem histórico de vacinação. Viajantes, imigrantes e refugiados de países endêmicos também têm direito de receber o imunizante contra a pólio.

A poliomielite também é provocada por um vírus e pode afetar crianças e adultos não imunizados. O contágio se dá por contato direto com fezes ou secreções expelidas pela boca de pessoas contaminadas.

Em casos graves, provoca paralisia muscular permanente, principalmente nos membros inferiores.

A forma de se proteger é por meio da vacinação, disponível gratuitamente na rede pública municipal.

Na cidade de São Paulo, as vacinas contra o sarampo e a pólio estão disponíveis nas 470 Unidades Básicas de Saúde (UBSs), de segunda-feira a sexta-feira, das 7h às 19h, e nas Assistências Médicas Ambulatoriais (AMAs)/UBSs Integradas do município, também das 7h às 19h, inclusive aos sábados e feriados.

Para saber a unidade mais próxima para se vacinar, a população da cidade de São Paulo pode consultar a página Busca Saúde.

Pais e responsáveis devem prestar atenção, pois, para crianças entre 5 e 11 anos, a vacinação de sarampo e Covid-19 não deve ser feita simultaneamente. O intervalo recomendado é de 15 dias entre as doses.

Para a população em geral, acima de 12 anos, pode ser feita a imunização simultânea entre as vacinas de sarampo, gripe e Covid-19.

CASOS E COBERTURAS

O Brasil havia registrado os últimos casos de sarampo em 2015. No ano seguinte, o país recebeu a certificação de eliminação do vírus endêmico. Porém, em 2018, houve a reintrodução do vírus no país.

Em 2019, São Paulo registrou 9.347 casos confirmados, com cinco óbitos. Já em 2020, 451 casos e uma morte. No ano passado, foram sete casos e nenhum óbito.

Em 2019, a capital atingiu a meta na vacinação de sarampo e cobriu 98,65% do público-alvo. Já em 2020 e 2021, em razão da pandemia de Covid-19, a cobertura ficou abaixo do esperado, 85,42% e 83,24%, respectivamente.

Quanto à imunização contra a poliomielite, registrou cobertura de 95%. Em 2019, a cobertura ficou em 86,39%; em 2020, 81,95%; e, em 2021, 77,99%. Durante as visitas de rotina, os agentes comunitários de saúde deverão priorizar a busca ativa para essa imunização.

O registro do último caso confirmado de poliomielite no estado de São Paulo foi em 1988, no município de Teodoro Sampaio.

* Esta página é uma produção do Estúdio Folha para a Prefeitura de São Paulo e não faz parte do conteúdo jornalístico da Folha de S.Paulo