Prefeitura de SP amplia abordagens na Operação Baixas Temperaturas

Objetivo é levar pessoas que vivem em situação de rua para centros municipais de acolhimento e hotéis

Prefeitura de SP amplia abordagens na Operação Baixas Temperaturas

Prefeitura de SP amplia abordagens na Operação Baixas Temperaturas Divulgação

O inverno começa no Brasil em 21 de junho e vai até 21 de setembro. Mas as baixas temperaturas não obedecem a calendários, e o frio e suas consequências já são prioridade para a Prefeitura de São Paulo, principalmente no atendimento a pessoas em situação de rua e de vulnerabilidade social.

Desde 30 de abril, a prefeitura instituiu a OBT 2022 (Operação Baixas Temperaturas). Até 30 de setembro, funcionários da administração municipal intensificarão as abordagens a quem vive nas ruas para acolhimento quando as temperaturas atingirem 13 graus ou menos.

De acordo com o Censo da População em Situação de Rua, da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS), cerca de 32 mil pessoas vivem nas ruas da cidade. O inverno, com suas baixas temperaturas, agrava o risco à saúde dessas pessoas.

Os impactos do frio no corpo humano são diversos. Os principais são cansaço, lentidão, o coração acelera e surge dificuldade de respirar. Até o apetite é alterado.

A Operação Baixas Temperaturas objetiva zelar pela segurança da população em situação de rua, acolhendo crianças, adolescentes, adultos, idosos e famílias nos dias mais frios. De 30 de abril até o último dia 6 de junho, foram realizados 529.998 acolhimentos e distribuídos mais de 34 mil cobertores.

As ações, desenvolvidas em conjunto por sete secretarias municipais, incluem ampliação de vagas de acolhimento em equipamentos municipais, disponibilização de transporte (ida e volta) para pernoite nos Centros Esportivos da capital e distribuição de cobertores.

COMO FUNCIONA

As abordagens ao longo do dia estão sob responsabilidade das equipes de socioeducadores do Serviço Especializado de Abordagem Social (SEAS). Em pontos estratégicos da cidade, os profissionais oferecem acolhimento e outros serviços da rede socioassistencial. À noite, essas abordagens são feitas pela Coordenação de Pronto Atendimento Social (CPAS).

Essas equipes do SEAS também farão abordagens junto com o Consultório na Rua, programa da Secretaria Municipal da Saúde. A ação é sempre pelo convencimento, segundo a Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social, pois as pessoas podem não aceitar ir para um dos Centros de Acolhida da Prefeitura. Nesse caso, a equipe de orientadores oferece um cobertor.

A Prefeitura mantém 117 serviços de acolhimento com pernoite para as pessoas em situação de rua em toda a cidade, totalizando mais de 15 mil vagas. Além disso, a prefeitura oferta 3.202 vagas em hotéis. Desse total, 1.743 já estão disponíveis. O restante está sendo contratado.

São montadas 11 tendas de atendimento à população em situação de rua sempre que a temperatura fica abaixo dos 10ºC: quatro no centro da cidade, duas na zona leste, duas na zona sul, duas na zona norte e uma na zona oeste.

Nelas, já foram feitos 65.037 atendimentos, distribuídos 1.767 cobertores, 155.628 refeições e aplicadas 2.481 vacinas (Covid-19 e Influenza).

Os paulistanos também podem ajudar na Operação Baixas Temperaturas. Ao identificar pessoas em situação de rua, podem solicitar uma abordagem social ligando para o número 156 (ligação gratuita).

Esse serviço funciona 24 horas por dia. A solicitação pode ser anônima. Mas é importante informar o endereço da via em que a pessoa em situação de rua se encontra, com o número aproximado, dando pontos de referência, bem como as características físicas e detalhes de como a pessoa a ser abordada está vestida.

Também é possível dar sugestões sobre como melhorar o atendimento. Basta enviar um e-mail para coordpoprua@prefeitura.sp.gov.br. No assunto, escreva "Sugestões – Baixas Temperaturas".

* Esta página é uma produção do Estúdio Folha para a Prefeitura de São Paulo e não faz parte do conteúdo jornalístico da Folha de S.Paulo