Prefeitura de SP mantém a menor tarifa de ônibus da região metropolitana

Preço da passagem é de R$ 4,40 desde 2020; frota é moderna, com mais de 10 mil veículos equipados com ar-condicionado

Frota tem mais de 10 mil veículos equipados com ar-condicionado

Frota tem mais de 10 mil veículos equipados com ar-condicionado Divulgação

A cidade de São Paulo tem a menor tarifa de transporte público por ônibus entre as 39 cidades da região metropolitana. A passagem está congelada em R$ 4,40 desde 2020. Isso permite que 7,3 milhões de passageiros utilizem o sistema diariamente, façam até quatro embarques em até três horas, pagando apenas uma entrada com o Bilhete Único ou tenham desconto na integração com os trilhos.

A menor tarifa nos ônibus é possível porque a Prefeitura de São Paulo subsidia o sistema, em que "paga" a mais pelo serviço para não onerar a população. Sem ele, a passagem custaria ao cidadão R$ 7,26. Em 2022, o subsídio foi de R$ 5,103 bilhões.

Devido à compensação tarifária, a administração municipal assegura transporte gratuito ou meia tarifa a quem não teria acesso ao transporte coletivo. Por dia, são feitos 460 mil embarques de idosos, 300 mil viagens de pessoas com deficiência, além de cerca de 500 mil embarques de estudantes com gratuidade ou desconto na tarifa.

Mesmo com o valor abaixo do cobrado nas demais cidades, a Prefeitura de São Paulo, por meio da SPTrans, continua investindo na renovação da frota, que tem idade média inferior a 5 anos, e na modernização do sistema. Somente nos quatro primeiros meses deste ano, por exemplo, entraram 555 novos ônibus na frota, que conta com 11.934 veículos. Desde 2019, foram incluídos 6.216 ônibus zero km.

A renovação da frota também garante sua modernização, o que proporciona ao passageiro mais conforto nas viagens: 87% dos ônibus são equipados com ar-condicionado, 90% têm tomadas USB e 45% contam com wi-fi. Entre esses veículos, estão 219 ônibus elétricos, dos quais 18 são movidos à bateria.

Fiscalização e cobertura

Ao mesmo tempo em que renova e moderniza o sistema, a Prefeitura intensifica a fiscalização da operação para garantir a eficiência no atendimento aos passageiros. Tanto que o número de autuações vem aumentando. Em 2019, a SPTrans aplicou 89,9 mil multas; foram 20 mil em 2020; 68,5 mil autuações em 2021; e 296,4 mil multas em 2022. No primeiro trimestre deste ano, foram 76,1 mil autuações.

O sistema de transporte público por ônibus de São Paulo é um dos maiores do mundo, tanto no número de coletivos e de passageiros, quanto no de linhas, que são 1.347 e cobrem todas as regiões da cidade. Para atender até as áreas mais remotas, os ônibus percorrem 2,3 milhões de quilômetros/dia, em 4,7 mil quilômetros de vias atendidas por ônibus.

Uma dessas regiões é a Ilha do Bororé, no extremo da zona sul. Para atender aos moradores e turistas, os ônibus da linha 6L11/10 partem do Terminal Grajaú e atravessam a represa Billings embarcados em uma balsa.

Os ônibus do sistema paulistano também acabam virando a única alternativa de transporte coletivo quando há alguma falha no sistema de trilhos, por exemplo. Entre 2019 e o primeiro trimestre deste ano, o Paese (Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência) foi acionado 332 vezes para atender a população.

Transporte mais limpo

As dimensões da cidade de São Paulo e do próprio sistema de ônibus exigem que a Prefeitura esteja sempre à frente no que diz respeito à redução da emissão de poluentes. Por esse motivo, no ano passado, o prefeito Ricardo Nunes determinou que somente ônibus movidos a tecnologias sustentáveis podem ser incluídos para operar no sistema de transportes.

A medida inovadora permite que São Paulo avance na melhoria da qualidade do ar e se alinhe às políticas públicas mais modernas existentes no planeta em relação à mobilidade urbana. A utilização de tecnologias sustentáveis irá modernizar a frota da cidade, tornando as viagens mais silenciosas, confortáveis e impactando diretamente a saúde de toda a população da Região Metropolitana ao reduzir a emissão de gases poluentes.

Como não podem mais comprar ônibus movidos a diesel, somente com tecnologias que atendam o cronograma de redução de emissão de poluentes previsto na Lei 16.802/2018 e nos contratos vigentes, as empresas concessionárias já apresentaram pedidos para a produção de 2.292 ônibus elétricos, que deverão ser entregues entre 2023 e 2024, sendo 1.624 unidades com entrega prevista para este ano e 668 para o ano que vem.

Mais infraestrutura

Estão em andamento vários projetos de infraestrutura que vão melhorar a mobilidade na cidade para quem usa ônibus. De acordo com o Programa de Metas 2021/2024, a Prefeitura de São Paulo vai viabilizar a implementação de 40 km de novos corredores de ônibus, quatro terminais e dois BRTs na zona leste: o BRT Aricanduva e o BRT Radial Leste, que conectarão a região ao centro da cidade por corredores de ônibus de alta capacidade.

Além disso, serão entregues 50 km de faixas exclusivas de ônibus, com o objetivo de melhorar a regularidade das partidas dos ônibus. Até o momento, 34,6 km de faixas exclusivas já foram implantados, o que representa 69% do total previsto.

Outra iniciativa prevista é a implantação do Aquático SP, meio de transporte coletivo por embarcações na Represa Billings, ligando as regiões de Cocaia e Pedreira. O projeto inclui a construção de terminais com atracadouros, integrados ao sistema de transporte público municipal.

* Esta página é uma produção do Estúdio Folha para a Prefeitura de São Paulo e não faz parte do conteúdo jornalístico da Folha de S.Paulo