É possível conciliar negócios com solidariedade. Prova disso é que há uma rede na cidade de São Paulo que, ao mesmo tempo que garante o alimento para as pessoas mais vulneráveis, também ajuda a manter em atividade pequenos negócios que foram afetados pela pandemia de Covid-19.

É o programa Cozinha Cidadã, que conta com 72 restaurantes e distribui diariamente 14.400 marmitex à população em situação de rua em 20 comunidades e 6 pontos de fornecimento.

Trata-se de uma ação da Prefeitura de São Paulo, realizada por meio da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC), que se tornou política pública permanente pela Lei 17.819/2022.

O Cozinha Cidadã salvou muitas empresas. Uma pesquisa realizada pela SMDHC para mensurar o impacto da iniciativa apontou que 70,5% dos restaurantes participantes afirmaram que o programa evitou a falência do negócio

É o que aconteceu com o restaurante do pequeno empresário Marcos Abrão. "Foi uma época de desafio para todos os empreendedores. Eu me vi nesse cenário difícil perdendo todo meu investimento no comércio. Muitos também estavam na mesma situação", diz Abrão.

O dono de restaurante lembra que tinha um pequeno negócio de marmitas fit por encomenda e mantinha parceria em um pequeno restaurante self-service da região de Interlagos, na zona sul.

Porém, como muitos, Abrão teve que fechar o restaurante, que tinha mais de 30 anos, em razão da pandemia. "Foi quando surgiu esse grande projeto, que nos trouxe esperança novamente."

"Tive oportunidade de ajudar as pessoas em um momento difícil e de ser ajudado também", conclui Abrão, que hoje distribui 400 refeições diárias em uma comunidade no Grajaú e outra no Jardim Colonial, ambas na zona sul de São Paulo.

Quem também retomou suas atividades devido à Cozinha Cidadã foi Roberta Vernucio, 44, que trabalhava com kit lanches e buffets até o início da pandemia. Fechou e deu férias coletivas aos quatro funcionários na expectativa de que tudo passaria logo.

Roberta conta que soube do programa da Prefeitura cerca de 35 dias depois de os negócios estarem completamente parados. Com as contas chegando e sem faturamento algum, foi a salvação do negócio e da família, dela e dos funcionários, ressalta a empresária.

"No período da pandemia, esse foi o nosso único ganha-pão. Meu motorista e a cozinheira estão comigo até hoje. Foi o que salvou a gente naquela época, porque era nosso único serviço", conta Roberta, que hoje entrega 400 marmitas por dia e dá emprego para seis funcionários.

"Sou extremamente grata, porque o programa da Prefeitura me ajudou, ajudou minha família, a família do meu motorista, a da cozinheira, a de todos os colaboradores, a do meu contador. É um ciclo, foi uma coisa que ajudou todo mundo."

Clique aqui para saber mais sobre o Cozinha Cidadã e outros programas da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC), da Prefeitura de São Paulo.

Distribuição na rede socioassistencial

Na rede socioassistencial, a Prefeitura fornece em média mais de 235.288 refeições diárias à população mais vulnerável atendida em equipamentos da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS).

• 136.380 refeições por dia nos CCA’s (Centro para Crianças e Adolescentes)
• 8.160 refeições por dia nos CJ’s (Centro para a Juventude)
• 9.900 refeições por dia nos SAICA’s (Serviços de Acolhimento Institucional para Crianças e Adolescentes)
• 500 refeições por dia nas Casas Lar
• 69.392 refeições por dia nos Centros de Acolhimento
• 10.956 refeições por dia nos Núcleos de Convivência

* Esta página é uma produção do Estúdio Folha para a Prefeitura de São Paulo e não faz parte do conteúdo jornalístico da Folha de S.Paulo