Programa de saúde em São Paulo oferece assistência domiciliar e personalizada

Melhor em Casa já atendeu mais de 85 mil pessoas; atualmente, quase 4,4 mil pessoas são assistidas em domicílio por equipes multiprofissionais

Há situações em que uma pessoa adoece, mas o quadro clínico e a complexidade do caso dificultam ou impossibilitam sua saída de casa para ir até uma UBS (Unidade Básica de Saúde), sobretudo quem necessita de acompanhamento continuado, em que atenção e cuidados precisam ser redobrados.

Nesses casos, a Prefeitura de São Paulo, por intermédio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), oferece atendimento no próprio domicílio do paciente. É o programa Melhor em Casa, que, desde 2016, já atendeu mais de 85 mil pessoas. Desse total, 65% foram idosos, em sua maioria do sexo feminino.

Em relação ao número de procedimentos realizados (um mesmo paciente pode ser atendido em vários procedimentos), houve um aumento de 112% entre 2016 (190.975) e 2022 (406.399).

.
Equipe multidisciplinar de saúde faz atendimento domiciliar a paciente do Programa Melhor em Casa; desde 2016, mais de 85 mil pessoas já foram atendidas - Mário Augusto/SMS

A intermediação para receber o atendimento domiciliar por meio do Melhor em Casa é feita pelo hospital em que o usuário está internado, pela UBS de referência ou ainda por uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA).

O programa é indicado para pessoas estáveis clinicamente que necessitam de atenção à saúde em situação de restrição ao leito ou ao lar, de maneira temporária ou definitiva ou em grau de vulnerabilidade, quando a atenção domiciliar é considerada a oferta mais oportuna para tratamento, paliação, reabilitação e prevenção de agravos, tendo em vista a ampliação de autonomia do usuário, família e cuidador.

O cuidado domiciliar pode ser complementar aos atendimentos realizados na Atenção Básica e em serviços de urgência, substitutivo ou complementar à internação hospitalar.

Até pacientes com ventilação mecânica, reabilitação após cirurgias e cuidados paliativos podem passar a ser atendidos em casa, o que melhora o conforto dessas pessoas ao lado da família, além de evitar complicações e agravamento dos quadros, promovendo uma abordagem individualizada e integrada, de acordo com as necessidades e o contexto de vida do paciente.

Atualmente, 4.387 munícipes são assistidos diretamente pelo serviço. É o caso da aposentada Marlene Alheiros de Freitas, 62, moradora de Higienópolis (região central), que recebe suporte de equipe multiprofissional de atenção domiciliar para sua irmã, Marli, 61.

Marli, acolhida por Marlene, recebe atendimento no domicílio. "Ela começou a adoecer em outubro de 2022, após ter problema na coluna, sofrer os reflexos da pandemia de Covid-19 e enfrentar perdas familiares. Repentinamente, teve um ‘apagão’, e eu a trouxe para morar e ficar perto de mim. O Melhor em Casa tem feito a diferença e nos ajudado muito", diz Marlene.

Pouco a pouco, Marli tem se recuperado e está voltando a andar. "Estou seguindo direitinho os exercícios de fisioterapia. Já me sinto bem melhor e não vejo a hora de ser liberada para caminhar e ter condições de voltar para a minha casa", afirma a paciente, que é acompanhada pela Emad do bairro Santa Cecília.

Vantagens do programa Melhor em Casa:

  • Cuidado individualizado com maior resolutividade diante das necessidades de saúde

  • Evita internações hospitalares em casos de média e baixa complexidade

  • Diminui o tempo de internação, possibilitando que o usuário termine o tratamento em casa

  • Diminui os índices de infecção hospitalar

  • Disponibiliza leitos hospitalares para outros usuários que realmente necessitam

ESTRUTURA

O Melhor em Casa é realizado por equipes multiprofissionais de atenção domiciliar (Emad) e de Apoio (Emap). A SMS conta com 61 Emads, composta

por médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem e fisioterapeutas, além de 19 equipes multiprofissionais de apoio, formadas por assistentes sociais, fonoaudiólogos, nutricionistas, cirurgiões-dentistas, psicólogos, farmacêuticos e terapeutas ocupacionais.

As equipes estão distribuídas nas seis Coordenadorias Regionais de Saúde (CRSs) da cidade: norte, sul, sudeste, leste, oeste e centro.

Existem três níveis de complexidade de atenção domiciliar (modalidades AD1, AD2 e AD3), sendo que os cuidados oferecidos aos pacientes de nível 1 são realizados pela UBS de referência, dentro da capacidade de atendimento das equipes que compõem a Atenção Básica e com menor necessidade de recursos.

Já os de níveis 2 e 3 envolvem casos de maior complexidade e são acompanhados por Emads e Emaps, com atendimento em domicílio, no mínimo, uma vez por semana.

*Conteúdo patrocinado produzido pelo Estúdio Folha