A Prefeitura de São Paulo iniciou a obra de recuperação e restauro de um dos principais cartões-postais da capital, o viaduto Santa Ifigênia, no centro da cidade.
Trata-se da maior intervenção já realizada no viaduto, após a constatação de problemas de segurança, como fissuras, infiltrações e corrosão em estruturas metálicas.
A obra teve inÃcio no dia 7 de fevereiro e deve estar concluÃda em agosto. Os trabalhos foram autorizados pelos órgãos municipais de proteção ao patrimônio (Conpresp e DPH).
O objetivo do restauro e recuperação é preservar as caracterÃsticas originais do viaduto, como as tradicionais pastilhas que compõem o piso, além da recuperação de elementos arquitetônicos descaracterizados.
Uma das ações da obra, que tem investimento de R$ 6,5 milhões e faz parte do Programa de Manutenção das Pontes e Viadutos da Prefeitura, é a recuperação do revestimento do viaduto, com a reconstrução da laje e a recolocação das pastilhas.
Hoje, há várias pastilhas faltando e muitas estão degradadas e com fissuras visÃveis, o que compromete não apenas a estética mas também a integridade do viaduto. Elas serão substituÃdas por outras idênticas.
Também será realizada impermeabilização da laje, que apresenta infiltrações que causam danos estruturais e comprometem a segurança da via.
Já a base será regularizada para garantir uma fundação sólida e duradoura. Essas medidas são essenciais para a segurança e a funcionalidade do viaduto a longo prazo.
O laudo sobre as condições do Santa Ifigênia aponta ainda defeitos no sistema de drenagem, na vedação das juntas de movimentação, no pavimento rÃgido e passeios e corrosão nos guarda-corpos metálicos e escada.
HISTÓRIA
O viaduto Santa Ifigênia tem 225 metros de extensão. Foi inaugurado em 26 de julho de 1913 e é um dos mais famosos cartões-postais da cidade, ligando dois pontos históricos: largo São Bento e a Igreja de Santa Ifigênia, além de permitir a travessia sobre o vale do Anhangabaú e a avenida Prestes Maia.
De estilo art nouveau, ele teve sua estrutura trazida da Bélgica e foi montado entre 1910 e 1913. Na época, sua função era melhorar o trânsito e a circulação de carros, carruagens e bondes, mas acabou sendo transformado em passagem exclusiva para pedestres nos anos 1970, após passar por uma reforma.
*Conteúdo patrocinado produzido pelo Estúdio Folha