Hidrojatos reduzem tempo de escoamento de águas nas vias em mais de três horas

Hidrojateamento desobstrui bocas de lobo e bueiros para escoar mais rápido a água de chuva; gestão aumenta de 40 para 60 o número de caminhões para limpeza preventiva e situações emergenciais

A Prefeitura de São Paulo aumentou de 24 para 60 o número de caminhões que fazem hidrojateamento, para desobstruir bueiros e bocas de lobo. Com isso, aumentou o escoamento da água depois das fortes tempestades que atingiram a cidade, reduzindo o tempo de alagamento em mais de três horas.

O hidrojateamento é uma das tecnologias mais avançadas no combate a enchentes. Utiliza jatos de água com alta velocidade e pressão para remover a sujeira levada pela chuva. Parte da frota de caminhões fica em operação durante 24 horas.

.
Funcionários da Prefeitura desobstruem bueiro com caminhão que utiliza jatos de água com alta velocidade e pressão; 60 veículos atuam na cidade - Divulgação

Os caminhões com hidrojato trabalham preventivamente, com as equipes limpando e desobstruindo as vias, somando-se ao trabalho manual diariamente; e com os alagamentos ativos nos dias de chuva.

As equipes são direcionadas para os pontos de alagamento com base nas informações que a Prefeitura recebe do Sistema Urano, um módulo de gestão que usa a inteligência artificial para depuração dos dados capturados por sensores instalados nas ruas, estações meteorológicas exclusivas para zeladoria, além da inteligência artificial.

O Urano abre ordens de serviço de emergência, que direcionam o hidrojato para desobstruir bueiros e bocas de lobo. Isso permitiu uma mudança radical no tempo para o escoamento da água, que, em algumas situações, é superior a três horas de redução.

Um exemplo é a avenida Roque Petroni, no Jabaquara, zona sul, que, em seis anos, teve redução de três horas e 19 minutos no tempo de escoamento da água, apesar de o volume de chuva ter aumentado nesse período.

Em 10 de janeiro de 2018, o pluviômetro instalado no piscinão Jabaquara registrou um total acumulado de 17,4 milímetros de chuva. Isso provocou um alagamento de três horas e 45 minutos de duração.

A zeladoria, com apoio do hidrojato, mudou o cenário. Em 10 de janeiro de 2024, o mesmo pluviômetro registrou um total acumulado de 82,2 milímetros, quase cinco vezes mais. Mas o alagamento durou 26 minutos.

URANO

Desde janeiro de 2022, o Sistema Urano, que é agregado ao Sistema de Gerenciamento de Zeladoria (SGZ), reduz os danos das enchentes. O Urano abrange toda a rede hidrográfica de São Paulo, incluindo os piscinões e túneis, além de monitorar as estações de bombeamento.

O Urano permite a redução dos efeitos provocados pelas tempestades, diminuindo o tempo de resposta nos alagamentos. A integração entre o Urano e a zeladoria impactam positivamente o cotidiano da cidade, com a melhora na mobilidade urbana, menos acidentes e maior fluidez do tráfego em dias de chuva e vento fortes.

*Conteúdo patrocinado produzido pelo Estúdio Folha