Com 16,5 milhões de foliões e 601 blocos desfilando, o Carnaval de rua de São Paulo bateu recordes e se consolidou como o maior do paÃs. A festa, que trouxe um impacto de R$ 3,4 bilhões à economia do municÃpio e gerou 50 mil empregos diretos e indiretos, caiu de vez no gosto do povo.
Pesquisa realizada pelo Datafolha com as pessoas que acompanhavam blocos constatou que 99% delas aprovaram a festa, que consideraram diversa, bem organizada e segura. Quando questionados sobre que notas dariam, de 0 a 10, para pontos especÃficos, os foliões atribuÃram 9 para a variedade dos blocos e a diversidade de ritmos musicais; 8,8 para localização dos blocos e 8,4 para organização deles, entre outros itens (veja quadro abaixo).
Essa alta aprovação justifica o fato de quase a totalidade (9,3 numa escala até 10) pretender voltar às ruas de São Paulo nos próximos anos e também recomendar a festa aos amigos e familiares (nota 9 numa escala até 10).
O Carnaval de rua de São Paulo tem três fases: a primeira, no fim de semana anterior aos dias oficiais da folia; a segunda, de sexta a terça-feira de Carnaval; e a terceira no fim de semana seguinte. Só no último domingo (9/3), no encerramento das apresentações deste ano, dois megablocos levaram às ruas mais de 1 milhão de pessoas cada um.
O limite para os desfiles é 18h, e o "bloco da limpeza" sai logo atrás dos blocos para deixar a cidade limpa, o que é um compromisso assumido pela Prefeitura. Neste ano, o tempo recorde para a limpeza total das vias após os blocos foi de 40 minutos. Ao todo, foram coletadas 645 toneladas de lixo, sendo 140 delas encaminhadas para reciclagem.
A limpeza foi um dos outros itens bem avaliados. Numa escala de 0 a 10, os foliões deram nota 7,9 para a limpeza nas ruas; 7,3 foi a nota dada à quantidade de banheiros públicos.
Neste ano, a Prefeitura intensificou também a oferta gratuita de água, para amenizar os efeitos do calor. Foram disponibilizados 2,2 milhões de copos d’água nos pontos de hidratação espalhados pela cidade, sem que fosse registrada falta do produto em nenhum deles. Caminhões-pipa também acompanharam os maiores blocos, para refrescar as pessoas.
Neste ano, a Prefeitura intensificou também a disponibilização gratuita de água, para amenizar os efeitos do calor. Foram entregues 2,2 milhão de copos d’água nos pontos de hidratação espalhados pela cidade, sem que fosse registrada falta do produto em nenhum deles. Caminhões-pipa também acompanharam os maiores blocos, para refrescar as pessoas.
RECORDE NO DOMINGÃO TARIFA ZERO
Outro destaque no Carnaval de rua de São Paulo é a facilidade de acesso aos blocos. A maioria dos foliões (65%, segundo o Datafolha) utilizou transporte público para se locomover.
Nos ônibus municipais foram 35 milhões de passageiros nos três fins de semana da folia (20,8 milhões só entre sexta e terça de Carnaval). O Domingão Tarifa Zero (programa da Prefeitura que oferece gratuidade no transporte por ônibus todos os domingos) atendeu 8,9 milhões de passageiros, quase 500 mil a mais que o registrado em 2024 e 3,6 milhões a mais que em 2023, quando ainda não existia o programa.
O Carnaval de rua de São Paulo também reforçou a luta contra os preconceitos e a favor do respeito à s mulheres. Foram realizadas 100 mil ações do protocolo Não Se Cale, de combate ao assédio e à violência contra a mulher e contra o racismo e a LGBTfobia. Foram distribuÃdas mais de 49 mil tatuagens adesivas com as mensagens: "Não é Não", "Folia sim, racismo não", "Pediu para parar, parou" e "Diversidade enriquece a festa".
TURISMO
A maioria dos foliões presentes no Carnaval de rua de São Paulo era formada por moradores da cidade: 72%, oriundos de todas as regiões do municÃpio. Outros 12% residem na região metropolitana de São Paulo. Do interior do estado, vieram 10%; 5%, de outros estados; e 1%, do exterior.
Ou seja, pouco menos de um terço (28%) das pessoas que acompanharam os blocos pelas ruas de São Paulo mora em outras cidades (veja quadro).
Segundo levantamento da SPTuris, o número de turistas neste ano cresceu 73,7% em relação ao Carnaval de 2024. São pessoas que ajudam a movimentar a economia do municÃpio.
De acordo com o levantamento do Datafolha, na média, os turistas ficaram seis dias na capital paulista, sendo que 12% deles ficaram oito dias ou mais. 81% frequentaram restaurantes ou bares, e 26% visitaram o comércio de rua, em locais como a 25 de Março ou a José Paulino (ambas na região central). 46% foram a praças ou parques públicos e 17% passaram por museus e atrações históricas da capital.
São Paulo tem festa mais segura; 91% são favoráveis ao uso de câmeras do Smart Sampa
A segurança foi um ponto forte do Carnaval de rua de São Paulo em 2025, que ocorreu sem grandes incidentes. A Prefeitura ampliou em 30% o número de agentes voltados ao patrulhamento preventivo, que chegou a 5.300 profissionais da GCM entre 22 de fevereiro e 9 de março. Foram usadas 470 viaturas e 140 motos. Além disso, foi utilizado pela primeira vez o Smart Sampa, uma rede com mais de 23 mil câmeras com tecnologia de reconhecimento facial espalhadas por vias da capital. Como reforço ao sistema, foram utilizados também drones, num total de 27 horas de voo.
Graças ao Smart Sampa, apenas no perÃodo do Carnaval houve 24 prisões, sendo 14 foragidos da Justiça, 8,2 mil apreensões e duas pessoas foram encontradas após reconhecimento facial. Desde que foi implementado, o sistema já contribuiu para a prisão de mais de 800 foragidos da Justiça, 2.000 prisões em flagrante e 48 desaparecidos encontrados.
Atualmente, estão integrados ao Smart Sampa os dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, de foragidos de outros estados e da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania. O sistema gera alertas para atos de vandalismo e furtos, identifica placas de veÃculos roubados e auxilia a localização de desaparecidos ou de foragidos da justiça.
Entre os entrevistados pelo Datafolha, 91% afirmaram que são favoráveis ao uso do Smart Sampa no Carnaval de rua. Além disso, cerca de metade (48%) considera que, com o uso do Smart Sampa no Carnaval, a sensação de segurança aumentou.
No geral, a segurança foi bem avaliada pelos foliões ouvidos pelo Datafolha (nota 7,5). Para 64% do total de entrevistados, a segurança neste ano foi melhor do que a de anos anteriores.
METODOLOGIA
O Datafolha ouviu 2.217 pessoas com 18 anos ou mais. A abordagem pessoal foi realizada próximo a blocos. A margem de erro para o total da amostra é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, considerando um nÃvel de confiança de 95%.
*Este material foi produzido pelo Estúdio Folha em parceria com a Prefeitura de São Paulo