Estamos vivendo um ano desafiador, diferente de tudo o que já passamos. Os desafios para a saúde impactam diretamente a longevidade, e os mais velhos são o grupo que mais requer atenção, cuidado e isolamento.
Mas a longevidade é uma conquista de todas as idades. Então, o que se pode fazer para preservar a saúde, garantir bem-estar e fortalecer o sistema imunológico?
O infectologista Edimilson Migowski, pesquisador e professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), abriu sua palestra no XV Fórum da Longevidade Bradesco Seguros recomendando a adoção dos seis pilares da Medicina do Estilo de Vida como o caminho para a saúde física e mental.
A Medicina do Estilo de Vida é uma abordagem multidisciplinar que prioriza o uso terapêutico do estilo de vida e envolve apoio na mudança de hábitos para prevenir, tratar e até reverter as doenças crônicas, entre elas o colesterol alto, a hipertensão, os problemas cardíacos, o diabetes, a obesidade e diversos tipos de câncer.
Os pilares da medicina do estilo de vida são:
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alimentação balanceada
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atividade física regular
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sono reparador
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controle do estresse
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controle do consumo de substâncias tóxicas (como cigarro e álcool)
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relacionamentos saudáveis
“Nossa saúde e imunidade são resultado do nosso estilo de vida. Ter hábitos saudáveis, manter a conexão com pessoas queridas e estar em contato com a natureza são coisas simples que fazem a diferença”, afirmou Migowski.
“Às vezes, as pessoas esperam uma solução fantástica e complexa, mas é possível ter uma saída mais simples para um problema complexo"
Edimilson Migowski, infectologista
O desafio, nesse momento de pandemia, é manter os bons hábitos em casa, apesar da rotina alterada. Mas, como afirmam o gerontólogo Alexandre Kalache e o psiquiatra Rodrigo Bressan, essa é a grande oportunidade de as pessoas exercitarem a resiliência.
Migowski reforçou a importância de as pessoas continuarem mantendo as medidas de segurança para evitar a propagação da Covid-19: usar a máscara corretamente sempre que sair de casa, manter o distanciamento das outras pessoas e lavar bem as mãos com água e sabão ou usar álcool em gel várias vezes por dia.
O infectologista considera a situação da pandemia complexa, mas se diz otimista com o resultado positivo de um projeto desenvolvido em parceria com a prefeitura de Volta Redonda (RJ), que envolve a medicação de pessoas que contraíram o coronavírus logo ao receber o diagnóstico da doença. “Não registramos internações nem morte no grupo atendido”, afirma. “Às vezes, as pessoas esperam uma solução fantástica e complexa, mas é possível ter uma saída mais simples para um problema complexo. Hoje estou mais otimista do que há cinco meses”, completou.