Professores dão dicas sobre provas do Enem de História, Filosofia e Sociologia, Geografia e Atualidades

Às vésperas do início das provas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2019, o Colégio Farias Brito, tricampeão no Exame, traz dicas de estudos sobre todas as habilidades e áreas de conhecimento. As provas do Enem 2019 acontecem nos dias 3 de novembro - Linguagens, Códigos e suas Tecnologias / Redação / Ciências Humanas e suas Tecnologias - e 10 de novembro - Ciências da Natureza e suas Tecnologias / Matemática e suas Tecnologias.

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Fascículos Enem 2019 - Como Acessar

Aqui, você pode conferir explicações dos professores FB sobre as provas de Linguagens, Inglês, Espanhol e Redação.

Abaixo, veja dicas dos professores das áreas de História, Filosofia e Sociologia, Geografia e Atualidades:

O que estudar para a prova de História

A partir da área de Ciências Humanas, na perspectiva da disciplina de História, o professor FB Nilton Sousa destaca as competências e habilidades mais recorrentes do Enem, no período de 2009 a 2018, conforme as especificações descritas abaixo:

A Competência 1 reporta-se aos processos culturais em geral que influenciaram a sociedade ou foram objeto de manipulação política, no sentido de estabelecer determinado padrão de comportamento social. Nas habilidades 1 e 5, estão inclusos os monumentos históricos, pinturas, imagens, tais como a Bastilha Francesa e sua simbologia; quadros como o de Guernica, de Pablo Picasso, relativamente à Guerra Civil Espanhola; pinturas de Pedro Américo, representando a Independência do Brasil; estátuas como as de Antônio Conselheiro e Tiradentes; o Muro de Berlim, no reflexo da Guerra Fria; e, ainda, documentos como a Declaração de Independência dos Estados Unidos; o Manifesto da Confederação do Equador; a Declaração Universal dos Direitos do Homem e do Cidadão; a Carta da ONU.

A Competência 2 contempla aqueles eventos relacionados a conflitos e guerras de grandes proporções, que levaram ao redimensionamento geral da geografia entre as nações envolvidas, bem como a transformações das estruturas geográficas em função de deliberações estatais, na perspectiva dos fluxos populacionais.

As habilidades 7 e 8 são destinadas a produzir interpretações cartográficas, regionais, continentais ou mundiais. Nesse contexto, podemos enumerar o fim dos impérios russo, alemão, turco-otomano e áustro-húngaro; os espaços ocupados pelos movimentos de Canudos e do Contestado, em face de questões sociais de vulto; a fragmentação do império turco-otomano, após a Primeira Guerra Mundial; a fragmentação da ex-URSS, após o fim do socialismo no leste europeu; o fenômeno da Guerra de Kosovo na ex-Iugoslávia, com a consequente formação dos novos países Sérvia e Montenegro; a expansão geográfica de Israel sobre os territórios palestinos, durante a Guerra dos Seis Dias e a Guerra do Yon Kippur.

A Competência 3 é bastante ampla e engloba todos os temas associados aos movimentos e deliberações institucionais e/ou governamentais, responsáveis por determinada dinâmica histórica, capazes de modificar legislações e políticas públicas em escala nacional ou regional.

As habilidades 12 e 13 se definem pelo eixo dos movimentos sociais, resultantes ou não das ações dos Estados Nacionais, como instrumentação de controle e exercício de poder sobre as coletividades. Podemos relacionar a Greve Operária de 1917, no Brasil; a Revolução Bolchevique; as reformas constitucionais de 1937 e 1967 no Brasil; o forjado Plano Cohen do Governo Getúlio Vargas; os Atos Institucionais dos Governos Militares; movimentos como os da UNE, MR-8, Ação Libertadora Nacional; os movimentos estudantis de 1968 na França, bem como a Primavera de Praga; as mobilizações pelo Impeachment de Collor e Dilma; as Primaveras dos Povos, de Pequim e Árabe.

A Competência 4 destina-se a analisar de que modo os processos técnicos e tecnológicos alteram o mundo do trabalho e as relações sociais existentes, de modo a contribuir para as transformações políticas e econômicas, bem como para os processos de mobilização em geral. Desde o Mercantilismo e a Revolução Industrial, temos testemunhado modificações no mundo do trabalho, das manufaturas aos sistemas fabris mais complexos, do Taylorismo, Fordismo e Toyotismo, e as relações de trabalho se ajustaram a cada um desses modelos produtivos.

Tal análise também se aplica aos diversificados modos de produção, com o escravismo antigo e o sistema feudal, até mesmo às proposições do marxismo. Ainda há que se contemplar as fases da Revolução Industrial, que hoje alcançam os níveis da nanotecnologia e inteligência artificial. Além disso, podemos anotar a instrumentação que as redes sociais ofereceram à Primavera de Jasmim ou Árabe.

A Competência 5 versa sobre os processos históricos associados à formação e consolidação dos regimes políticos e modelos econômicos, resultantes da dialética dos processos sociais e do protagonismo social dos indivíduos na relação com o Estado.

As habilidades 22 e 24 estão associadas a temáticas como o desenvolvimento da democracia grega e da república romana; legislações como as de Dracon e leis da plebe romana, resultantes de conquistas sociais em confronto com os patrícios, tais como a Lei das Doze Tábuas, Canuleia, Licínia-Sextia e do Tribunato da Plebe; a Magna Carta da Inglaterra como base da Petição de Direitos; o "Bill of Rights"; as diversas constituições brasileiras, com destaque para a de 1824 e de 1988 (A Constituição Cidadã).

Como se preparar para a prova de Filosofia e Sociologia

O professor FB João Saraiva explica que na Competência 1 da Matriz de Referência da área de Ciências Humanas do Enem, ao abordar sobre os vários aspectos da vida cultural de um grupo social - a religiosidade, as festas, os hábitos, enfim, os modos de vida - busca-se que o aluno consiga estabelecer os vínculos entre esses elementos e a formação de sua identidade individual e social.

Dessa forma, espera-se que o educando, ao construir situações ligadas ao seu cotidiano, perceba o significado delas e consiga utilizar os conceitos estudados para resolver problemas e refletir sobre seu presente e aspectos do passado. Presente nessa competência, a Habilidade 4, pode ser percebida pela diversidade do pensar e do agir e pode ser reconhecida pelo estudo comparativo dos pontos de vista expressos de diferentes formas sobre o mesmo assunto numa determinada época. O mesmo fato ou a mesma situação são expressos de formas e pontos de vista diferentes, a partir do jogo de interesses ou de visão de mundo que os produtores das fontes tenham.

Na Competência 2, buscamos compreender melhor o papel das lutas por território que emergiram de conflitos e de relações de poder em nosso país. Uma boa forma de desenvolver essa competência é ficar atento às mídias, impressas e digitais. Além disso, as leituras tradicionais no ambiente escolar são fontes ricas de dados para reflexão acerca desse tema. A mídia televisiva, por meio de filmes, séries ou mesmo novelas - sobretudo de época - pode nos ajudar a perceber melhor essa competência.

Na Habilidade 9, encontramos a comparação do significado histórico-geográfico das organizações políticas e socioeconômicas em escala local, regional ou mundial. A grande extensão territorial do Brasil contribui para que tenhamos muitas diversidades naturais, econômicas e culturais. Os variados estudos sobre o Brasil revelam realidades diversas: regiões industrializadas, regiões de intensa seca, regiões de fronteira, regiões ricas e pobres, entre tantas outras.

Na Habilidade 10, reconhecemos a dinâmica da organização dos movimentos sociais e a importância da participação da coletividade na transformação da realidade histórico-geográfica. Reconhecer diferentes modos de organização e de lutas sociais e políticas, de modo específico, as revoluções sociais e políticas na Europa moderna, berço do sistema capitalista, nos possibilita ampliar a compreensão sobre a história da nossa sociedade em suas diversas dimensões, nos contextos do mundo moderno e contemporâneo e dar novo significado para o contínuo redesenho dos mapas políticos que se observou desde a Idade Moderna.

Na Competência 3, compreendemos a produção e o papel histórico das instituições sociais, políticas e econômicas, associando-as aos diferentes grupos, conflitos e movimentos sociais. Compreender a cidadania como participação ativa, crítica e construtiva, na vida social e política, requer também conhecer e respeitar o papel histórico das diversas instituições e dos diferentes grupos, em diferentes tempos e espaços, identificando formas de organização político-institucionais, modos de organização social e política, formas e estratégias de atuação individual e coletiva. A compreensão e o reconhecimento são fundamentais para o respeito às diferenças, a valorização dos direitos de cidadania e a construção e o fortalecimento de uma sociedade democrática.

Na Habilidade 11, identificamos registros de práticas de grupos sociais no tempo e no espaço. Essa habilidade procura nos fazer entender que as instituições sociais são alteradas por alguns processos específicos, cabe agora mencionar e reconhecer como essas mudanças afetam as sociedades ao longo da história. As ações coletivas de diferentes grupos sociais em defesa dos direitos básicos de cidadania, as lutas, os conflitos, as manifestações deixam suas marcas na história.

É possível conhecer essas práticas sociais, os processos históricos, por meio de diferentes registros: orais; escritos; iconográficos; documentos variados como sítios arqueológicos; edificações; mapas; objetos do cotidiano, de uso pessoal, como roupas, enfeites, instrumentos de trabalho; textos variados; imagens; obras literárias; filmes; canções; obras de arte; meios de comunicação e outros. Identificar essas fontes, esses registros possibilita a compreensão das diferentes propostas, ideais, posições e estratégias de ação defendidas por grupos sociais em realidades e contextos históricos singulares.

Já na Habilidade 13, analisamos a atuação dos movimentos sociais que contribuíram para mudanças ou rupturas em processos de disputa pelo poder. Para desenvolver essa habilidade, é importante analisar lutas e movimentos que afetaram ou modificaram as relações de poder, procurando identificar os aspectos em que eles se opuseram ao poder dominante e os processos por meio dos quais conseguiram ou não a vitória.

Na Competência 5, utilizamos os conhecimentos históricos para compreender e valorizar os fundamentos da cidadania e da democracia, favorecendo uma atuação consciente do indivíduo na sociedade. Nessa competência, há necessidade de se recorrer à história para conseguir encontrar fatores que mostrem a atitude cidadã dos indivíduos. Isso significa que o aluno deve reconhecer e aprender como o papel do indivíduo teve um caráter transformador na política e no alcance de uma sociedade mais democrática para o bem coletivo.

Com a Habilidade 21, identificamos o papel dos meios de comunicação na construção da vida social. Refere-se à capacidade de perceber a importância do telégrafo, do telefone, do rádio, da televisão, do satélite, da Internet, entre outros, para a vida em sociedade.

Na Habilidade 22, analisamos as lutas sociais e conquistas obtidas no que se refere às mudanças nas legislações ou nas políticas públicas. Isso significa conhecer as lutas que foram travadas no Brasil e no mundo para conseguir a ampliação do conceito de cidadania, as transformações sociais decorrentes dessa luta e os direitos conquistados.

Já na Habilidade 23, analisamos a importância dos valores éticos na estruturação política das sociedades. Dominar essa competência significa identificar correntes filosóficas que colocam, sob a luz da razão, o problema do bem e do mal. Além disso, busca-se valorar ações humanas que contribuam para a construção de um país mais justo e democrático.

Na Habilidade 24, relacionamos cidadania e democracia na organização das sociedades. Essa competência exige do candidato uma análise sobre as alterações sociais que ocorreram historicamente de acordo com ideais democráticos, a fim de prezar a luta das minorias e dos grupos sociais para algumas conquistas. Aqui, cabe associar o quanto a democracia e a cidadania auxiliaram nas alterações e na nova formação da sociedade. Relaciona-se também à capacidade de identificar correntes filosóficas que, ao longo da história, pensaram o problema das relações de poder e o lugar do ser humano na cidade, no país e no mundo.

Na Habilidade 25, identificamos as estratégias que promovam formas de inclusão social. O estudante deverá ser capaz de perceber as várias formas de mobilização da sociedade no sentido de garantir a todos o pleno exercício das liberdades individuais e da cidadania.

Professor fala sobre temas recorrentes da prova de Geografia

Entender as competências e as habilidades que formam o Enem é de suma importância, pois, o pleno domínio das minúcias leva à compreensão de todo o processo, fazendo com que o aluno obtenha um resultado exitoso na prova, explica o professor FB Adriano Bezerra. Dentro do campo das Ciências Humanas e suas Tecnologias, a Geografia encontra-se presente nas seguintes competências e respectivas habilidades.

Na Competência 2, busca-se compreender as transformações dos espaços geográficos como produto das relações socioeconômicas e culturais do poder. A Habilidade 6 versa sobre a interpretação de diferentes representações gráficas e cartográficas dos espaços geográficos, onde a Cartografia tem um papel imprescindível na coleta, produção e distribuição do conhecimento.

Na Competência 4, busca-se entender as transformações técnicas e tecnológicas e seu impacto nos processos de produção, no desenvolvimento do conhecimento e na vida social. A Habilidade 16 tem por fim identificar registros sobre o papel das técnicas e tecnologias na organização do trabalho e/ou da vida social.

A Habilidade 17 analisa os fatores que explicam o impacto das novas tecnologias no processo de territorialização da produção. A Habilidade 19 busca reconhecer as transformações técnicas e tecnológicas que determinam as várias formas de uso e apropriação dos espaços rural e urbano, sendo, portanto, vital para o bom entendimento da sociedade contemporânea.

A Habilidade 20 seleciona argumentos favoráveis ou contrários às modificações impostas pelas novas tecnologias à vida social e ao mundo do trabalho, mundo esse que está passando por profundas transformações com o advento das novas tecnologias.

Na Competência 6, busca-se compreender a sociedade e a natureza, reconhecendo suas interações no espaço em diferentes contextos históricos e geográficos. É dentro dessa competência que está presente o tema mais recorrente nos vestibulares do Enem, que são os impactos ambientais contemporâneos, como as ilhas de calor, a inversão térmica, a desertificação, as chuvas ácidas, a erosão de solos, o buraco na camada de ozônio e a teoria do aquecimento global.

A Habilidade 26 tem por base identificar em diversas fontes o processo de ocupação dos meios físicos e as relações com a paisagem, tema cada vez mais importante, uma vez que, segundo alguns estudos, estamos vivenciando a sexta extinção em massa da história do planeta, causada pela ação antrópica (do homem) sobre o meio natural.

A Habilidade 27 busca analisar de maneira crítica as interações da sociedade com o meio físico, levando em consideração aspectos históricos e/ou geográficos. Nesse contexto estão inseridas as diferentes convenções ambientais, bem como os principais acordos climáticos, como os protocolos de Kyoto e de Paris.

A Habilidade 28 relaciona o uso das tecnologias com os impactos socioambientais em diferentes contextos histórico-geográficos, onde as fontes de energia renováveis surgem como uma alternativa às fontes fósseis, altamente poluidoras.

A Habilidade 29 reconhece a função dos recursos naturais na produção do espaço geográfico, relacionando-os com as mudanças provocadas pelas ações humanas.

A Habilidade 30 tem por meta avaliar as relações entre preservação e degradação da vida nas diferentes escalas. Como sabemos, os impactos ambientais atuam em escala local regional e planetária.

Atualidades aparecem em várias provas do Enem, explica professor

A Matriz de Referência do Enem apresenta, em essência, a possibilidade de identificarmos um amplo acervo de temas relativos à atualidade, que não estão restritos apenas à prova de Ciências Humanas, como comumente se imagina, explica o professor FB Pedro Israel, mestre em Ética e Filosofia Política e com licenciatura plena em Filosofia pela UFC (Universidade Federal do Ceará) e bacharel em Geografia pela UECE (Universidade Estadual do Ceará).

Na edição de 2018, por exemplo, tivemos na prova de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias um texto em referência aos 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, promulgada em 1948. Nessa mesma edição, a prova de Ciências da Natureza homenageou os alemães Fritz Haber, vencedor do Nobel de Química de 1918, e Wilhelm König, que anunciou, em 1938, a descoberta das "pilhas de Bagdá".

Vimos ainda, na prova de Matemática e suas Tecnologias, o recente relatório da Agência Internacional de Energia (AIE) sobre a expansão do mercado mundial de veículos elétricos. Estes, entre outros, são alguns dos exemplos que notadamente demonstram a transversalidade e relevância dos temas de Atualidades no Enem, bem como suas respectivas abordagens, estando tais temas submetidos às mais diversas competências e habilidades previstas na Matriz de Referência do Exame.

Para o Enem 2019, os estudantes não podem - sob nenhuma circunstância - ir à prova sem antes prestar o olhar atento e cuidadoso a temas de relevância nacional e internacional que, neste ano, são naturalmente rememorados.

Entre os principais temas, é de fundamental relevância observarmos que, neste ano, são celebrados os 230 anos da Revolução Francesa, um dos mais importantes acontecimentos da história. Uma revolução de caráter liberal e iluminista, que foi imprescindível para a consolidação de direitos fundamentais tão valiosos.

Além das conquistas francesas, cabe lembrar também que, há 340 anos, foi promulgada a Lei de Habeas Corpus, em 1679, fruto dos desdobramentos da Revolução Inglesa do século 17. Esses dois extraordinários eventos ocupam merecidamente relevante destaque por terem contribuído de forma decisiva na consolidação do alicerce sobre o qual foram fincados as liberdades individuais, os direitos sociais e os limites e deveres do Estado Democrático de Direito. Caso o aluno queira aprofundar o assunto, há um fascículo especial sobre o tema no projeto "Fascículos Enem Habilidades", na plataforma do FB Online.

Um outro tema de relevante destaque para a prova deste ano refere-se à Geopolítica e às Relações Internacionais, que trazem consigo temas como: os 100 anos do Tratado de Versalhes, os 90 anos da Crise de 1929 e os 80 anos do início da Segunda Guerra Mundial, temas que estão intimamente ligados e que esclarecem grande parte dos distúrbios ocorridos na primeira metade do Século 20.

Quanto ao Tratado de Versalhes, deve o estudante observar que, embora a Primeira Guerra Mundial tenha se encerrado em novembro de 1918, apenas setes meses mais tarde, em junho de 1919, teríamos a assinatura desse importante documento, responsável por colocar um fim definitivo à Grande Guerra. Com mais de 400 resoluções, o Tratado de Versalhes é considerado um verdadeiro compêndio de humilhações, imposto à Alemanha, tendo contribuído para o crescente sentimento de extremo-nacionalismo e desejo por revanche observados nos anos seguintes.

Tivemos ainda, há 90 anos, no período entreguerras, a Crise de 1929, considerada até hoje a maior crise econômica da história, notadamente marcada pela euforia e pelo excessivo descontrole do mercado financeiro dos EUA. Naquele fatídico dia de outubro, milhões de títulos da Bolsa foram emitidos, gerando um profundo descompasso entre oferta e demanda e, consequentemente, recessão, desespero, falência e quebra da Bolsa de Nova York. Em 2019, não apenas lembramos os 90 anos da maior crise de todos os tempos, bem como é possível traçar um paralelo com a atual Crise do Euro, que, há 10 anos, enfrenta o pior momento de sua história.

O terceiro tema dessa importante tríade refere-se aos 80 anos da invasão nazista ao território polonês, dando início à famigerada Segunda Guerra Mundial. A capital polonesa foi bombardeada pelos alemães em uma guerra-relâmpago que deu à Alemanha o controle sobre Varsóvia. No entanto, um outro episódio relacionado a esse tema merece ser recordado. Há 75 anos, em junho de 1944, os aliados puseram em prática a maior operação aeronaval da história. Mais de 150 mil soldados desembarcaram na Normandia, no chamado "Dia D", o dia que mudou o curso da Segunda Guerra Mundial. Esses três temas encontram-se no fascículo sobre Geopolítica, também disponível na plataforma do FB Online.

FASCÍCULOS ENEM HABILIDADES - ATUALIDADES - GEOPOLÍTICA MUNDIAL

A Geopolítica e as Relações Internacionais são constituídas por amplo repertório. Além desses três assuntos, é de fundamental relevo que outros temas também sejam observados, tais como: os 70 anos da divisão das Alemanhas (1949) e os 30 anos da queda do Muro de Berlim (1989); os 70 anos da Revolução Chinesa (1949); os 60 anos da Revolução Cubana (1959); os 50 anos da ida do homem à Lua (1969); os 40 anos da Política do Filho Único da China (1979), que, embora tenha sido recentemente flexibilizada, continua sendo um importante tema para a política demográfica do país; os 40 anos da Revolução Islâmica do Irã (1979); entre outros.

Ainda no âmbito das relações internacionais, é salutar destacar as manifestações nacionalistas que são realizadas em diferentes partes do mundo. Em 2013, por exemplo, tivemos os distúrbios na Ucrânia que culminaram com a destituição do presidente Viktor Yanukovich e que reacenderam a chama dos manifestos nacionalistas no país. Mais recentemente, vimos a declaração fracassada de independência da Catalunha, em 2017, que, mesmo após o fracasso, mantém aceso o desejo separatista por uma Catalunha livre e soberana.

No Reino Unido, após o colapso migratório que atinge especialmente a Europa, tivemos mobilizações nacionalistas marcadas por uma onda de xenofobia, que evidenciou o sentimento contrário à permanência de integração do país à União Europeia. Com bandeiras anti-globalização, anti-imigração e anti-islâmica, as manifestações britânicas exigiram do governo a saída do Reino Unido do Bloco, no chamado Brexit, que já se arrasta por mais de três anos, mas que, até o momento, não conseguiram efetivar sua saída. As manifestações nacionalistas, tema de grande importância para a atualidade, também estão presentes em nosso projeto "Fascículos Enem Habilidades".

FASCÍCULOS ENEM HABILIDADES - ATUALIDADES - MANIFESTAÇÕES NACIONALISTAS

Do ponto de vista ambiental, tema sempre presente nas provas do Enem, é muito importante que o estudante esteja atento aos principais relatórios, periodicamente publicados, sobre o meio ambiente no Brasil e no mundo. Um dos relatórios de grande destaque na atualidade refere-se ao "Dia da Sobrecarga da Terra", publicado pela Global Footprint Network (GFN), que mede o consumo de recursos naturais disponíveis de forma sustentável à humanidade. Os recursos naturais estão sendo levados à exaustão já há algumas décadas e a cada ano esse saldo torna-se cada vez mais negativo.

Em 1975, há 44 anos, o "Dia da Sobrecarga da Terra" foi alcançado no dia 28 de novembro. Em 1998, há 21 anos, essa sobrecarga foi atingida no dia 10 de outubro. Em 2015, 2016 e 2017, a sobrecarga foi alcançada, respectivamente, nos dias 13, 8 e 2 de agosto. Em 2019, os recursos naturais previstos para esse ano se esgotaram no dia 29 de julho. O que precisamos ter em mente é que a capacidade de regeneração da Terra vem sendo reduzida a cada ano, pois a velocidade com que a humanidade consome os recursos naturais é absolutamente incompatível com a reposição feita pelo planeta. No projeto "Fascículos Enem Habilidades", disponibilizamos um fascículo exclusivo sobre essa importante temática.

FASCÍCULOS ENEM HABILIDADES - ATUALIDADES - DIA DA SOBRE CARGA DA TERRA

Por fim, porém não menos importante, destacamos o papel dos meios de comunicação na construção da vida social. As lutas por direitos sociais, econômicos, políticos e culturais significaram um importante avanço na defesa da liberdade e da igualdade. No entanto, esse sucesso só foi alcançado graças aos avanços proporcionados pela luta em favor do Direito à Comunicação.

A liberdade de expressão tem origem filosófica na liberdade de pensamento e na efetivação do Estado Moderno e garantidor de direitos. Para além da liberdade de informação e de imprensa, o Direito à Comunicação aparece de forma incontornável no Relatório Macbride (1983), em que se estabelece a necessidade do reconhecimento do direito humano à comunicação como princípio jurídico. Atualmente, diversos países discutem a regulação dos mais diversos veículos de comunicação, com o intuito de promover a democratização do acesso à informação. Reservamos em nossos fascículos uma análise dedicada exclusivamente a essa temática.

FASCÍCULO 02 - ATUALIDADES - DIRETO À COMUNICAÇÃO

Os temas mencionados possuem notadamente um amplo espectro de abordagem, demonstrando a necessidade de uma leitura acurada e um conhecimento melhor lapidado pelos estudantes.

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