Desenvolver medicamentos inovadores está no DNA da AbbVie

No Brasil, empresa prevê 30 lançamentos nos próximos cinco anos para doenças complexas das áreas de imunologia, oncologia, oftalmologia e neurociência

Desenvolver medicamentos   inovadores está no DNA da AbbVie

Desenvolver medicamentos inovadores está no DNA da AbbVie Henrique Assale / Estúdio Folha

Artrite reumatoide, espondilite anquilosante, hidradenite supurativa, retocolite ulcerativa, leucemia mieloide aguda. Talvez você nunca tenha ouvido esses nomes, mas quem tem o diagnóstico dessas doenças complexas, que provocam dor, minam a qualidade de vida e podem chegar a ser incapacitantes e levar à morte entende a importância dos avanços da medicina nos últimos anos.​

A evolução nas áreas de genética, genômica do câncer, biologia de células-tronco e bioinformática resultou na descoberta de terapias que vêm transformando o tratamento de doenças graves e complexas. Essa aposta nas pesquisas para o desenvolvimento de medicamentos inovadores está no DNA da AbbVie, a quarta maior empresa farmacêutica do mundo.

"O Brasil é estratégico para a AbbVie, não apenas pelas dimensões e complexidade, mas também pelas possibilidades de realização de pesquisas clínicas e investimento", afirma Flavio Devoto, presidente da AbbVie Brasil. "Temos uma história longa no país: são 80 anos com Abbott e desde 2014 com AbbVie (em 2013, a AbbVie se tornou uma biofarmacêutica e empresa independente da Abbott)."

A AbbVie tem uma presença muito forte no Brasil. São mais de 1.000 funcionários e uma fábrica em Guarulhos que produz 18 milhões de unidades de medicamentos por ano: 80% da produção é destinada ao mercado interno e 20% para exportação para a América Latina.

"Investimos muito em pesquisa clínica: temos dezenas de estudos clínicos em andamento, considerando novos tratamentos e novas indicações. Essa parte é fundamental, porque precisamos estudar os novos medicamentos em cada população. Além de o Brasil ser um país extenso, ele tem uma diversidade étnica muito grande. E uma base de dados consistentes é importante para tomar decisões", diz Devoto.

A missão global da empresa é desenvolver medicamentos inovadores para doenças complexas e ampliar pesquisas nas áreas com necessidades médicas não atendidas. Mais do que desenvolver medicamentos, a AbbVie trabalha para descobrir novas abordagens para as doenças e elevar o padrão dos tratamentos, ampliando a efetividade e agregando benefícios aos pacientes. Segundo Devoto, o investimento global da empresa em pesquisa e desenvolvimento em 2020 foi de US$ 5,8 bilhões.

No Brasil, as principais áreas de atuação da AbbVie são imunologia, oncologia (em especial hematologia oncológica), oftalmologia, neurociência e estética médica. "Estamos em um momento muito importante: temos 30 lançamentos — entre novos medicamentos ou novas indicações para medicamentos já lançados — previstos para os próximos cinco anos", declara.

Flavio Devoto, presidente da AbbVie Brasil
Flavio Devoto, presidente da AbbVie Brasil - Germano Lüders / Divulgação

Em 2020, a AbbVie concluiu a compra da empresa Allergan, que disponibiliza tratamentos inovadores nas áreas de sistema nervoso central, saúde ocular e medicina estética. A medicina estética é uma empresa independente, Allergan Aesthetics, com gestão separada do negócio farmacêutico que, no Brasil, é presidida por Cecilia Gurgel.

A fusão ampliou a atuação da AbbVie no Brasil: o número de funcionários mais que dobrou e a companhia passou a ter uma unidade de produção em Guarulhos (SP), para a fabricação de produtos oftalmológicos. "A Allergan diversificou e fortaleceu o nosso portfólio. Com a aquisição, a AbbVie passou a ser a quarta maior empresa farmacêutica do mundo", diz Devoto.

A Allergan é líder mundial no tratamento neuromodulador e de neurociências. Há mais de duas décadas, a empresa investe no desenvolvimento de soluções para melhorar o bem-estar físico de pessoas que sofrem com doenças e disfunções relacionadas ao sistema neurológico.

"Temos todo o portfólio de oftalmologia da Allergan, que é muito importante, para o tratamento de doenças como retinopatia diabética, glaucoma e olhos secos", afirma.

"Vemos no país uma oportunidade enorme, não apenas pelo tamanho, mas por conta de todos os processos de inovação que estão sendo feitos no sistema de saúde do Brasil, tanto público como privado"

Flavio Devoto, presidente da AbbVie Brasil

Ao longo dos últimos anos, a ciência revolucionou o tratamento de algumas doenças autoimunes, como artrite reumatoide, artrite idiopática juvenil, artrite psoriásica, espondilite anquilosante, psoríase, hidradenite supurativa, doença de Crohn e retocolite ulcerativa, entre outras. E a AbbVie ajuda a construir essa história: a empresa é líder mundial na área de imunologia.

"Podemos perceber o impacto da inovação em diversas áreas: a dermatologia é um bom exemplo, onde disponibilizamos tratamentos inovadores", diz Devoto.

No Brasil, entre os próximos lançamentos está a indicação de um medicamento para o tratamento da dermatite atópica, uma doença que afeta a qualidade de vida de milhares de brasileiros, incluindo crianças e adolescentes.

A AbbVie também tem um forte compromisso com a onco-hematologia e oferece medicamentos para tratamento da leucemia mieloide aguda (LMA) e da leucemia linfocítica crônica (LLC). As pesquisas em desenvolvimento na empresa indicam potencial para tratar 80% dos tumores hematológicos.

"Hoje temos um medicamento que mudou a maneira de tratar a leucemia mieloide aguda e a leucemia linfocítica crônica e trouxe mais qualidade de vida e esperança para pacientes e médicos. Nosso pipeline em oncologia é muito robusto e acreditamos que, com os avanços, contribuiremos para mudar a maneira como enfrentamos o câncer", diz.

FUTURO DA SAÚDE

Devoto afirma que a pandemia foi e está sendo um acelerador de desenvolvimento científico e de muitas mudanças e inovações na medicina: a telemedicina é um exemplo. E a ciência deve continuar avançando a passos largos.

"No futuro, a evolução será não apenas em química médica, mas em áreas como engenharia proteica, anticorpos conjugados, bioespecíficos e imunoterapias com novos alvos a serem alcançados. Essas são algumas das novas tecnologias e plataformas que estamos usando para descobrir e desenvolver medicamentos inovadores", conta.

Para a AbbVie, o papel do Brasil é de extrema importância. "Vemos no país uma oportunidade enorme, não apenas pelo tamanho, mas por conta de todos os processos de inovação que estão sendo feitos no sistema de saúde do Brasil, tanto público como privado", afirma. A empresa, diz, tem longo histórico de parceria com o Ministério da Saúde, o Sistema Único de Saúde (SUS) e com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

"Nos estudos clínicos locais, contamos com mais de 200 equipes de pesquisadores brasileiros, trabalhando em parceria com hospitais e universidades em todos os Estados. Desenvolvemos tanto pesquisas clínicas com medicamentos como pesquisas não intervencionais, para entender melhor a população brasileira e dar apoio aos pesquisadores do país."

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