Conexão Rio-São Paulo

Rogério Assis / Estúdio Folha

Vista da NovaDutra na altura do trevo de Santa Isabel, km 186

Ao longo de 20 anos sob concessão da CCR NovaDutra, a via Dutra ficou mais segura, estruturada e moderna. A rodovia registrou em 2015 o menor índice de acidentes fatais. Investe em tecnologia. Pesquisa a inovação do asfalto e a preservação do ambiente. Recebe quase 900 mil viagens por dia. Emprega 1.400 pessoas para cuidar da rotina diária da pista e de seus usuários. Uma das empresas do Grupo CCR, com 3.265 km de rodovias sob a gestão de suas concessionárias, a CCR NovaDutra gera empregos e promove a inclusão social. A qualidade da sua infraestrutura abriu espaço para o surgimento e a consolidação de novos polos de desenvolvimento econômico na região. Mais da metade da riqueza nacional passa pela rodovia, que une as duas maiores metrópoles do país

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Rogério Assis / Estúdio Folha

Vista da NovaDutra na altura do trevo de Santa Isabel, km 186

CCR novaDutra é marco para o setor

de infraestrutura do país

Em 2015, a estrada registrou o menor índice de vítimas fatais desde 1996, início da administração

O Brasil tem uma das mais modernas rodovias do mundo, monitorada 24 horas por dia e com baixo índice de acidentes, interligando Rio de Janeiro e São Paulo, as duas maiores cidades do país.

A avaliação é de Ascendino Mendes, diretor-presidente da CCR NovaDutra,  concessionária do Grupo CCR que, há 20 anos, administra a Rodovia Presidente Dutra. Foi a primeira rodovia concedida no país à iniciativa privada, em um modelo que depois repetiu-se em diversas outras estradas brasileiras.

Quando a concessionária assumiu, em 1996, afirma Mendes, a Dutra era conhecida como “a rodovia da morte”. Seu estado era precário, repleta de buracos, com diversos pontos de travessia de pedestres, em que morriam, em média, 520 pessoas por ano.

Em 2015, o número de mortes caiu para 140, o menor já registrado, apesar de o fluxo de veículos ter crescido 70% ao longo dos 20 anos. Contando o aumento de tráfego, a redução das mortes atingiu 79%.

“Isso não tem preço. Justifica todos os investimentos. Atesta o sucesso do modelo de concessão. Cumprimos e superamos, na nossa área de atuação, o compromisso do país de reduzir as mortes nas estradas”, diz Mendes, referindo-se ao acordo assinado em 2011 pelo Brasil com a OMS (Organização Mundial da Saúde) de reduzir em 50% as mortes no trânsito até 2020.

Nestes 20 anos, a concessionária contabiliza investimentos de mais de R$ 13 bilhões na rodovia para a construção de 364 quilômetros de muros de concreto, 35 novas pontes e viadutos, além de 94,6 quilômetros de vias marginais, as pistas laterais para tráfego local nas regiões metropolitanas. Também recuperou 111 pontes, 73 viadutos, 25 passarelas e trocou 18,8 milhões de m2 de asfalto, além do que foi investido em equipamentos, impostos e operação da rodovia.

Segundo Mendes, 876 mil viagens diárias ocorrem nos 402 km da via Dutra. Do tráfego total, só 9% pagam pedágio. A maior parte do trânsito ocorre nas regiões metropolitanas de São Paulo e Rio de Janeiro, que não têm cobrança de  pedágio.

“A Dutra virou um indutor de crescimento do país. Diversas indústrias se instalaram aqui nestes 20 anos. Não existia o polo automobilístico no sul fluminense nem os centros de distribuição de varejo em Guarulhos. Estamos numa região por onde passa 50% do PIB brasileiro”, diz Mendes.

Para dar conta das demandas crescentes, a concessionária criou uma série de serviços. Desenvolveu know-how que chama a atenção de autoridades e motiva estudos acadêmicos em infraestrutura.

É o caso do Centro de Pesquisas Rodoviárias (leia mais na página ao lado), mantido pela concessionária, que estuda a mistura de componentes asfálticos próprios para a topografia, a geologia, o clima e as características do tráfego.

A concessionária lançou, há dois anos, a CCR FM, que permite ao motorista ouvir, na frequência 107,5, uma programação exclusiva, 24 horas, com informações sobre as condições de tráfego na rodovia durante o percurso entre Rio e São Paulo.

A Dutra foi pioneira ao adquirir os quatro guinchos superpesados únicos no país, com capacidade para rebocar caminhões de até 74 toneladas, atendendo as necessidades da evolução tecnológica e do novo dimensionamento desses veículos.

“São coisas que não estavam no contrato de concessão, mas que precisaram ser feitas. Temos muito ainda a realizar, construir a nova pista de subida da serra das Araras, construir mais marginais e passarelas”, diz.

As melhorias na rodovia Presidente Dutra fazem parte do PIL (Programa de Investimento em Logística) do governo federal, com investimentos previstos de R$ 2,3 bilhões.

obras

pistas
marginais

94,6 km

muros de concreto

364 km

pontes e viadutos

35

passarelas

recuperadas

25

pontes

recuperadas

11

viagens são realizadas por dia na Dutra

867 mil

36

municípios são cortados pelos 402 km de estrada

23 mi

de habitantes vivem

nessas cidades

18,8 mi

de m2 de alfalto de pistas, trevos e acessos

Cumprimos e superamos o compromisso de reduzir as mortes na estrada

A Dutra virou um indutor de crescimento no país. Indústrias se instalaram aqui em 20 anos

Ascendino Mendes
diretor-presidente da CCR NovaDutra

principais obras na rodovia

ANTES

DEPOIS

pesquisas buscam soluções para o setor de pavimentação

Centro de pesquisas tem equipamentos que simulam o desgaste do asfalto pela ação do tempo e do tráfego

A CCR NovaDutra mantém um Centro de Pesquisas Rodoviárias em Santa Isabel (Grande São Paulo) que estuda, entre outros assuntos, as misturas asfálticas específicas para atender a diferentes características das rodovias.

No caso da Dutra, são ao todo 402 km, que passam por 36 cidades, alternando regiões metropolitanas, áreas rurais, encostas e serras –todas sujeitas a calor intenso e a chuvas prolongadas, que aceleram o desgaste natural da pavimentação.

O centro possui um laboratório de pavimentação de última geração capaz de atuar em pesquisas nas áreas de solo, concreto e principalmente misturas asfálticas.

O centro conduz entre cinco e seis pesquisas científicas anuais do porte de uma tese de mestrado, e que se tornam públicas no site da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), e é mantido com a verba de 0,25% da arrecadação do pedágio.

“As pesquisas desenvolvidas aqui promovem um avanço tecnológico em todo o país, viabilizando soluções mais sustentáveis e duráveis”, diz a engenheira Valéria Faria, responsável pelo centro.

O laboratório tem equipamentos importados da Austrália, Estados Unidos e Alemanha, que simulam o desgaste do pavimento que sofre pela ação do clima e das cargas dos veículos, avaliando as principais patologias (defeitos) que são as trincas (que podem se transformar em buracos) e os escorregamentos de massa asfáltica, que podem provocar aquaplanagem na via.

“Nosso objetivo é buscar misturas resistentes a esses defeitos, aumentando o conforto e a segurança para o usuário”, explica.

Além de estudos voltados para reciclagem dos materiais disponíveis na rodovia, uma importante pesquisa foi realizada para reduzir as temperaturas de fabricação (de 170 oC para 130 oC) e aplicação das misturas asfálticas. Entre os benefícios estão redução de poluentes e de consumo de energia e melhores condições de trabalho para os operadores.

Valéria Faria
Engenheira da CCR NovaDutra/Engelog

Antes, utilizávamos recomendações técnicas da década de 1950 e de países com topografia diferente do nosso

44 câmeras funcionam como "olhos eletrônicos" na via

Para atender qualquer caso de emergência, a concessionária possui 11 bases do SOS na rodovia

Quinze minutos é a média do tempo em que uma unidade de resgate da CCR NovaDutra atende a um chamado de emergência. Ele pode significar um acidente, um parto ou até o pouso de um avião na pista, como ocorreu na altura de Resende, em 2001. A CCR estima que 300 crianças nasceram em partos assistidos por agentes na rodovia em 20 anos. Seis casos foram registrados só no ano passado.

Na maioria dos atendimentos, o pedido de ajuda chega pelo Disque CCR NovaDutra ou por meio de um dos 804 telefones de emergência instalados a cada quilômetro, nos dois lados da rodovia. Um acidente pode também ser testemunhado por uma das 17 viaturas de inspeção de tráfego. Elas são rastreadas por GPS e têm a obrigação de passar a cada uma hora em pontos de controle espalhados nos dois sentidos da rodovia.

Há ainda 44 câmeras ligadas a 18 monitores de 67 polegadas instalados no Centro de Controle Operacional, em Santa Isabel (Grande São Paulo), que são os olhos eletrônicos na rodovia.

Em 4 de março, o supervisor Douglas Lopes de Carvalho, 37, integrante da equipe da base da Vila Maria (km 230), surpreendeu-se ao ser acionado para auxiliar no atendimento a um caminhão que precisava ser removido da pista após problemas na embreagem.

Carvalho reencontrou na Dutra o ex-metalúrgico Antenor de Santana, 63. Depois de perder o emprego, ele foi trabalhar na beira da estrada como “chapa”, um ajudante informal dos caminhoneiros. O nome vem do costume de segurar uma placa (a chapa) para oferecer serviços que vão de descarregar a carga a servir de guia para mostrar o itinerário e fugir de congestionamentos.

Três meses antes, o supervisor havia socorrido o ex-metalúrgico ao encontrá-lo com fratura exposta na perna, desmaiado em uma valeta da via, após ser atingido por um pneu que se soltou de uma carreta.

“Acordei em um hospital de Guarulhos sem noção do ocorrido. Se não fosse por ele, não estaria mais aqui”, diz Santana.

Antenor de Santana
ex-metalúrgico

Se não fosse pelo agente da CCR, eu não estaria mais aqui

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investimento social e uso de tecnologia abrem

novos caminhos

Desde 1996, quando assumiu a rodovia Presidente Dutra, a concessionária CCR NovaDutra investe em programas e em benefícios para os seus usuários. O projeto Estrada para Saúde atendeu 40 mil caminhoneiros desde 2001, oferecendo exames gratuitos em diferentes locais da rodovia. Um milhão de estudantes participaram do projeto de conscientização para um trânsito mais seguro em parceria com as prefeituras nas escolas das cidades próximas. Nos últimos dez anos, 37 mil professores foram capacitados pelo programa Caminhos para a Cidadania. Para conforto e segurança dos motoristas, a CCR FM, criada há dois anos, informa as condições de tráfego

Rogério Assis / Estúdio Folha

Locutor no estúdio da CCR NovaDutra

serviço

CCR FM 107,5 funciona 24 horas por dia com noticiário sobre as condições na estrada

A CCR FM 107,5 transmite 24 horas por dia de programação ao vivo sobre as condições na estrada, além do noticiário nacional e das 36 cidades localizadas ao longo da via Dutra.

O serviço, que completou dois anos em setembro de 2015, pode ser ouvido na mesma frequência de rádio FM pelos 402 quilômetros da rodovia. Isso só foi possível por meio de uma sincronização, via satélite, de 40 antenas de retransmissão do sinal ao longo da Dutra.

A equipe da CCR FM conta com 15 profissionais, entre jornalistas, radialistas, locutores e técnicos, que ficam ao lado da central de operações da concessionária em Santa Isabel (Grande São Paulo).

De lá, a equipe acompanha em tempo real o monitoramento feito por 44 câmeras de circuito fechado de TV. Tem acesso às ocorrências que chegam pelo 0800, telefones fixos localizados a cada quilômetro, além das informações da Polícia Rodoviária e das 11 bases operacionais.

“Antes da CCR FM, vários canais recebiam informação do usuário, mas só havia os painéis luminosos para entrar em contato com o motorista. A CCR FM criou essa nova via de comunicação. E os motoristas, de fato, acompaham a programação”, diz Ascendino Mendes, diretor-presidente da CCR NovaDutra.

Pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha mostrou que 76% dos caminhoneiros e 53% dos motoristas de automóveis já ouviram a programação da CCR FM 107,5.

Mendes chama a atenção para a redução no número de mortes ocorrida após a implantação do serviço. “Logo com os trabalhos iniciais, reduzimos o número de vítimas fatais de 520 para 250 por ano. Com os radares, esse número caiu para 230 e 220 mortes. Só depois da CCR FM que conseguimos descer para 184 e 140 vítimas fatais. A pessoa bem informada fica mais tranquila e dirige melhor”, diz Mendes.

João Pires/Fotojump

Equipe de rúgbi, de São José dos Campos

esporte

Rúgbi atrai 500 jovens a treinamento

Rúgbi atrai 500 jovens a treinamento

A concessionária patrocina equipes de rúgbi com jovens atletas na região de São José dos Campos, Jacareí, Itatiaia e Volta Redonda. O projeto atende a cerca de 500 alunos, entre jogadores e garotos em treinamento, e é desenvolvido em parceria com clubes e ONGs, que os preparam também para a busca do primeiro emprego.

O trabalho foi apresentado à CCR NovaDutra por Ange Guimera, francês radicado no país, que fora jogador na Europa durante a Segunda Guerra Mundial.

“Guimera dizia que o rúgbi é um esporte de brutos, mas jogado por cavalheiros. O esporte tem a ver com uma parte da nossa responsabilidade, que é ajudar na formação dos jovens”, diz Carla Fornasaro, gestora de Relações Institucionais e Sustentabilidade da CCR NovaDutra.

Rogério Assis / Estúdio Folha

Blocos de asfalto em estudo no Centro de Pesquisa Rodoviária em Santa Isabel (SP)

ocorrências por dia

600

atendimentos por dia pré-hospitalares no Socorro Médico e Resgate

50

800

telefones de emergência –um a cada quilômetro, aproximadamente, nos dois sentidos da rodovia

atendimentos por dia (sete remoções a cada hora) por guincho

170

câmeras de TV gravam imagens em tempo real

44

bases distribuídas ao longo da rodovia

11

Programas enfatizam saúde e segurança

Caminhoneiros recebem atendimento médico e odontológico gratuitos; motociclistas são convidados a participar de treinamentos sobre direção em duas rodas

Para a CCR NovaDutra, desenvolver programas que beneficiem a educação para prevenção de acidentes e a saúde dos caminhoneiros é um dos caminhos para um trânsito mais seguro.

Uma pesquisa realizada pela concessionária com esses profissionais em 2015 revelou que 85% estavam acima do peso, 15% eram hipertensos, e 79%, sedentários.

Desde 2001, a concessionária realiza periodicamente exames e consultas médicas por meio do programa “Estrada para a Saúde”.

“Não é incomum pegarmos caminhoneiros com alterações graves nos seus exames clínicos e ainda insistindo em continuar na direção. O caminhão pode se transformar em  uma bomba-relógio na estrada. Uma das causas dos acidentes pode ser um mal súbito”, diz Carla Fornasaro, gestora de Relações Institucionais e Sustentabilidade da CCR NovaDutra.

Ao todo, 40 mil caminhoneiros já passaram pelo programa. No ano passado, foram feitos cerca de 4 mil atendimentos gratuitos, que ocorrem uma vez por mês em locais diferentes da rodovia.

A concessionária mantém ainda um trailer odontológico, que atende os caminhoneiros no posto de Roseira (SP).  O atendimento ocorre de segunda a sexta-feira, durante o horário comercial.

Educação no trânsito

A NovaDutra pretende ainda ampliar, neste ano, uma ação de educação no trânsito específica para motoqueiros. A concessionária detectou que cerca de um terço dos acidentes fatais envolve motocicletas.

A ação é feita há dois anos em parceria com a Yamaha, montadora de motocicletas, e com a Polícia Rodoviária Federal.

Os motoqueiros são parados para verificação de itens de segurança, como capacetes e freios. Depois, são convidados a participar de treinamento sobre direção em duas rodas.

Nesse contato, são alertados sobre cuidados simples que podem evitar acidente fatais, como atenção aos pontos cegos dos demais veículos ou à força do ar no espaço entre dois caminhões, capaz de  derrubar o motociclista.

Durante as ações foram entregues a cada motociclista uma antena de proteção, que serve para cortar possíveis linhas de pipa antes que atinjam o motociclista. Essas linhas costumam conter cerol, uma mistura preparada com cola e cacos de vidro que pode ferir gravemente motociclistas e ciclistas.

Rogério Assis / Estúdio Folha

Carla Fornasaro, gestora de Relações Institucionais e Sustentabilidade

ÍNDICES NA RODOVIA PRESIDENTE DUTRA

Foi o aumento do volume de carros na rodovia em 20 anos

+70%

Foi a redução do número

de mortes na rodovia

em 20 anos

-79%

serviço

Disque CCR NovaDutra

Notícias
CCR FM 107,5

 

Site
www.grupoccr.com.br/novadutra

experiências na rodovia e na ccr

resgate

Fraga / Estúdio Folha

Atendimento rápido salvou vida

A psicóloga Marcela Rodrigues Calino, 35, seguia de Volta Redonda para o Rio de Janeiro quando avistou à frente a sinalização de acidente. Reduziu a velocidade, mas não o suficiente para evitar que seu carro derrapasse e se chocasse com a traseira da camionete.

“Nos socorristas, encontrei mais que seres humanos. Foram anjos da guarda. Graças ao preparo técnico da equipe, tive condições de lutar pela vida. Estou reaprendendo a viver, a fazer as coisas mais básicas da vida porque tive quem me socorresse na hora e de forma adequada”, diz Marcela.

Ela ficou internada por mais de 40 dias. Meses depois, seu pai, o fotógrafo Antônio Calino, ligou para a CCR NovaDutra para identificar os socorristas que atuaram na ocorrência.

“Tempos depois, tive a surpresa de receber a visita daqueles que salvaram a vida da minha filha. O atendimento inicial fez toda a diferença na recuperação dela”, conta.

cidadania

Carta de aluno comove usuário

Ao passar por um pedágio rumo ao interior paulista, o analista de sistemas Sandro Faria, 39, recebeu uma carta com o recado: “Tenha cuidado ao dirigir e volte para a sua família em segurança”.

A mensagem, escrita à mão por um aluno de uma escola de Caçapava (SP), faz parte do programa Caminhos para a Cidadania, e foi entregue ao motorista na Semana Nacional do Trânsito, em setembro de 2015. Em dez anos, o programa atendeu um milhão de estudantes e capacitou 37 mil professores. “A cartinha me surpreendeu porque não era mais uma propaganda. Além de despertar nos alunos a consciência sobre o trânsito, havia a iniciativa de resgatar o hábito da escrita”, diz Faria.

O motorista procurou a CCR e pediu para conhecer o projeto. No final de 2015, ele se encontrou com o aluno, de 10 anos, o estudante que lhe pediu, por escrito, para “respeitar os limites de velocidade, não colocar a cabeça e os braços para fora da janela e ficar atento ao volante”.

Gabo Morales / Estúdio Folha

serviço

Mulher dirige guincho gigante

A baixinha e o meninão formam uma dupla da pesada. A motorista Maria Rosângela dos Santos, 50, tem 1,52 metro. Não é à toa que os colegas a chamam carinhosamente de “baixinha”.

O meninão tem quase 9 metros de altura e pesa 28 toneladas. É um caminhão Volvo 480, que recebeu o apelido maternal da sua operadora exclusiva.

Há 19 anos, Rosângela trabalha como motorista de caminhão-guincho. Alocada na base de Lorena (SP), cabe a ela e ao meninão socorrerem motoristas com grandes problemas. Alguns caminhoneiros ainda olham desconfiados quando veem

Rosângela se aproximar.

“Ainda existe preconceito contra a mulher. Não ligo para a desconfiança porque sou segura no que faço”, diz ela. Nascida em Taubaté, Rosângela foi criada em Natividade da Serra, no Vale da Paraíba. “Cresci na roça. Meu pai dirigia caminhão e eu sempre o acompanhava”, conta.

divulgação

treinamento

rogério assis / Estúdio Folha

Programa revela talentos

A CCR mantém, há oito anos, um programa de trainees para formar novos talentos para trabalhar nas empresas de concessão de infraestrutura do Grupo. O programa busca profissionais das áreas de engenharia, arquitetura, administração de empresas, recursos humanos, entre outros.

No ano passado, foram 25 as vagas para os trainees na empresa. O programa envolve imersão em diversos setores.

Porta-voz do programa, o engenheiro Flavio Bichuette, 31, realizou palestras nas principais universidades do Estado de São Paulo em busca de novos talentos.

O engenheiro fez parte, em 2007, da segunda turma de trainees da empresa, vindo da Unesp de Bauru (interior de São Paulo). Desde então, alçou diferentes postos dentro da empresa e se tornou gestor comercial. “Tive um crescimento acelerado por estar em contato com vários departamentos da CCR NovaDutra”, diz.

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 Thais Machado

Estrada ícone une as metrópoles símbolos do país

Uma viagem e suas várias descobertas entre São Paulo e Rio de Janeiro

Um santuário religioso no Estado de São Paulo (Aparecida) e um ecológico no Estado do Rio de Janeiro (Itatiaia). Dois grandes aglomerados metropolitanos em suas pontas (avenida Brasil e baixada Fluminense, no Rio, e marginal e região de Guarulhos, em São Paulo). Entre os dois Estados, a serra das Araras une as metrópoles extremas. Em seus 402 quilômetros, a rodovia Dutra (BR-116) corta 36 cidades. A viagem entre São Paulo e o Rio não é uma. São muitas viagens em uma.

Passado o turbilhão do trânsito, a chegada à marginal Tietê é sempre tensa. O tamanho dos caminhões assusta. É tratar de escapar rapidamente para a faixa da esquerda e encarar contrariado a poluição aparente do rio Tietê.

O acesso à direita leva à rodovia. É sempre um alívio deixar a cidade para trás e abraçar a estrada.

Começa a engraçada avalanche dos quiosques de pamonha ao longo da rodovia. Chalé da Pamonha. Depois, Rancho da Pamonha. Mais para a frente, Irmãos da Pamonha e, enfim, o Paraíso das Pamonhas.

Com o passar dos anos, os postos de combustível perfilados na estrada se sofisticaram. Precisavam enfrentar a concorrência do Frango Assado, do Graal e da rede Olá. Mudaram, mas mantiveram nomes deliciosos. Tem o posto Farol, a iluminar Guarulhos, e o posto São Cristóvão, a proteger Arujá. O Pachecão é a macheza de Jacareí. Antes de Guaratinguetá, tem o Auto-Posto Arco-Íris Roseira.

Só é superado pelo Hotel e Golfe Clube dos 500, com seus jardins do paisagista Burle Marx (1909-1994) e quartos projetados pelo arquiteto Oscar Niemeyer (1907-2012), em Guaratinguetá. Pausa obrigatória.

Deve ser a proximidade de Aparecida, um pouco antes. A basílica está atulhada de peregrinos, de ônibus, de gente com fé. Da curva da estrada, vê-se a cúpula da basílica. De tão grande, é capaz de ser vista do céu. O Paturi é um clássico. Restaurante francês à moda antiga. Garçons de branco e gravata borboleta. Toalhas brancas sobre mesas escuras. Um certo ar de passado domina tudo em volta. Comida dos deuses.

Lorena é a próxima parada, e o posto é a Cabana do Pai Tomaz. As cidades de nomes engraçados se aproximam. Desculpe aí Piquete, Cruzeiro, Lavrinhas, Queluz, mas é cômico acompanhar a sequência de placas.

Itatiaia e Penedo estão à frente. Sim, é possível notar o ar mais puro do Parque Nacional de Itatiaia. As montanhas se perdem na vista. Escondem cachoeiras de águas limpas e penhascos rochosos e pontiagudos, como o mais alto da serra da Mantiqueira, o pico das Agulhas Negras, a quase 2.800 metros de altitude.

As casinhas dos oficiais da Academia das Agulhas Negras anunciam a chegada a Resende. O trânsito pesado muda o assunto. Volta Redonda mostra por que é a cidade do aço. Dá para intuir pelas chaminés da Companhia Siderúrgica Nacional ao fundo.

O painel luminoso da rodovia informa: serra das Araras à frente. São nove quilômetros de descida. Outra placa antecipa que, mantendo a velocidade de 40 km/hora, em 13 minutos o motorista chega ao pé da serra.

Um pouco enjoado das curvas, avista-se Seropédica. Os ombros do motorista podem relaxar. A pista se torna plana, as curvas suavizam-se. Em Nova Iguaçu, a Rio-Sampa, a mais famosa casa de shows da baixada, é sempre alegria: baladão sertanejo, feijoada, pagode e Wesley Safadão.

Em São João de Meriti, o pão com linguiça da Casa do Alemão. Os caminhos se abrem até o Museu da Vida. Eis que, enfim, o viaduto e a curva à esquerda apontam para a chegada à avenida Brasil, no Rio de Janeiro. Primeiro o Palácio Oswaldo Cruz, em Manguinhos. A imagem da igreja Nossa Senhora da Penha ao alto. Bem-vindo ao Rio de Janeiro, cinco horas e 402 quilômetros depois.

Os futurólogos preveem que um dia Rio e São Paulo estarão unidas em uma única megalópole. A rodovia Dutra antecipou-se a eles.

Eis que, enfim, o viaduto e a curva à esquerda apontam para a chegada à avenida Brasil. Bem-vindo ao Rio, cinco horas e 402 quilômetros depois

 Thais Machado

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é marco
para o setor

de infraestrutura do país

Em 2015, a estrada registrou o menor índice de vítimas fatais desde 1996, início da administração

pistas
marginais

94,6 km

muros de concreto

364 km

pontes e viadutos

35

passarelas

recuperadas

25

pontes

recuperadas

11

867 mil

viagens são realizadas
por dia na Dutra

36

municípios são cortados pelos 402 km de estrada

23 mi

de habitantes vivem

nessas cidades

18,8 mi

de m2 de alfalto de pistas, trevos e acessos

Ascendino Mendes
diretor-presidente da CCR NovaDutra

Antes, utilizávamos recomendações técnicas da década de 1950 e de países com topografia diferente do nosso

Valéria Faria
Engenheira da  CCR NovaDutra/Engelog

principais obras na rodovia

ANTES

DEPOIS

44 câmeras funcionam
como "olhos eletrônicos"
na via

Se não fosse pelo agente da CCR, eu não estaria mais aqui

Antenor de Santana
ex-metalúrgico

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cidadania

serviço

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