Grupo Marquise expande negócios e amplia atuação por todo o Brasil

Fundada em 1974, no Ceará, companhia está presente em várias partes do país; infraestrutura é destaque, com obras como o Porto do Pecém e a Transnordestina

Grupo Marquise expande negócios e amplia atuação por todo o Brasil

Vista aérea do Porto do Pecém (CE), em que o Grupo Marquise participou da ampliação; foram cinco anos de obras e quase R$ 900 milhões em investimentos Fabio Arruda / Divulgação

Fundado em 1974, no Ceará, por dois empreendedores, os jovens estudantes de engenharia José Carlos Pontes e Erivaldo Arraes, o Grupo Marquise tem hoje atuação nacional e em diferentes frentes de negócios. Aos 47 anos, a companhia se renova, lança nova logomarca, cria um conselho consultivo e diversifica sua carteira de projetos, que conta com obras de portos, aeroportos, empreendimentos de mobilidade urbana, ferrovias, rodovias, barragens, edificações públicas, saneamento básico e obras de transposição hídrica.

O objetivo é consolidar e ampliar ainda mais a presença da marca no mercado brasileiro. "Estamos de olho em projetos no país inteiro. Queremos participar de forma ainda mais intensa do crescimento do Brasil e ajudar a reduzir os gargalos de infraestrutura que existem no país", diz Renan Carvalho, diretor da Marquise Infraestrutura, uma das empresas do grupo.

O Grupo Marquise participa de alguns dos mais relevantes projetos estruturantes do país. Um deles foi a ampliação do Porto do Pecém. Foram cinco anos de obras e quase R$ 900 milhões em investimentos para duplicar a capacidade da infraestrutura portuária em São Gonçalo do Amarante, a 50 km de Fortaleza.

Outro exemplo é a ferrovia Transnordestina, que, pronta, terá 1.753 quilômetros de extensão, passará por 81 municípios, saindo de Eliseu Martins, no Piauí, para os portos do Pecém, no Ceará, e de Suape, em Pernambuco. A Marquise Infraestrutura é responsável por um trecho de 150 quilômetros e já concluiu mais da metade. "Nós vamos aonde existem obras, sem limites geográficos", declara o executivo.

O grupo detém também larga experiência em obras contra a seca. A Marquise Infraestrutura inicia, em 2022, a construção da maior planta de dessalinização de água marinha do país, no Ceará (leia texto nesta página).

Atualmente, além de infraestrutura, o Grupo Marquise atua com incorporações, serviços ambientais, hotéis, shopping centers e comunicação. O respeito nas relações, compromisso com a qualidade, foco no resultado e a coragem de empreender com ousadia e responsabilidade foram valores determinantes que garantiram o crescimento do grupo.

"Nossa marca cresce ano a ano, apesar das crises e da sazonalidade do mercado. Mantivemos pela terceira vez o título de maior construtora do Norte e Nordeste [em 2021] e estamos entre as maiores do país", destaca Carvalho. "Nós nos desafiamos a fazer sempre mais", ressalta o executivo. Em 2020, o faturamento do conglomerado chegou a R$ 1,2 bilhão.

GOVERNANÇA

Sempre investindo em inovação e melhores práticas de governança corporativa, o grupo implantou um conselho consultivo que reúne profissionais renomados do mercado, para dinamizar a gestão da companhia. Iniciativas como essa contribuem para o posicionamento estratégico do grupo.

Nessa seara, entram também a renovação da marca e a diversificação da carteira. Segundo Carvalho, o grupo tem know-how e mantém as portas abertas para contratos com instituições públicas e privadas, sejam de construção, concessão, operação, parcerias público-privadas ou outros modelos.

Ele avalia que o mercado de infraestrutura busca "competências baseadas em soluções mais personalizadas de engenharia e custo", que a Marquise Infraestrutura tem a oferecer. "Somos uma empresa sólida, altamente capacitada e disposta a estruturar o futuro do país por meio do nosso trabalho. É gratificante ver os impactos econômico e social provocados pelas obras de que participamos. E queremos avançar muito nesse sentido", conclui Carvalho.​

Empresa constrói maior obra de dessalinização do país

Obra tem investimento de mais de R$ 500 milhões; grupo detém experiência em gestão de recursos hídricos

​O Grupo Marquise é responsável por grandes obras de infraestrutura no Brasil, por meio da Marquise Infraestrutura. Em meio à maior crise hídrica dos últimos 91 anos, por exemplo, a empresa aplica décadas de experiências acumuladas em projetos de combate à seca. Um dos destaques é a construção da maior planta de dessalinização de água do mar do país, no Ceará.

A obra está prevista para começar no próximo ano e deve ser concluída em dois anos. Por meio de uma parceria público-privada de R$ 3 bilhões, a companhia vai construir a planta e depois operá-la pelo período de 30 anos. Os investimentos são estimados em mais de R$ 500 milhões. "Será capaz de produzir 1 metro cúbico de água potável por segundo, o que é bastante representativo", diz Renan Carvalho, diretor da Marquise Infraestrutura.

O projeto irá ampliar em 12% a oferta de água na capital cearense e Região Metropolitana e gerar benefícios para 720 mil pessoas. "Nós sabemos da importância da diversificação da matriz hídrica para consumo humano", afirma Carvalho. Vale lembrar que o Ceará é carente de rios perenes.

O grupo traz a esse projeto expertise adquirida em outras obras hídricas. A empresa é responsável pela construção do Cinturão das Águas, no Ceará, e Canal Acauã, na Paraíba, sistemas de transferência hídrica de vazões advindas da integração do Rio São Francisco.

Ônibus rápido

Na área de mobilidade urbana, a Marquise Infraestrutura acaba de começar a construção do BRT Metropolitano que vai ligar Belém, Ananindeua e Marituba, no Pará. "São cidades contíguas e esta melhoria no sistema viário trará grande benefício para a população. É uma ligação necessária e demandada há décadas", declara Carvalho.

O projeto de transporte rápido de ônibus é uma das principais obras de mobilidade do Brasil. Terá 11 quilômetros e estão previstos investimentos de R$ 428 milhões. De acordo com o executivo, a entrega deve ocorrer em 18 meses.

O grupo fundado por dois universitários há 47 anos, mantendo a composição societária ao longo desse tempo, atravessou crises e planos econômicos. Hoje, está à frente de projetos que têm impacto na economia brasileira, no desenvolvimento e na geração de empregos e renda. "Sabemos da nossa responsabilidade em ajudar o país", conclui Carvalho.