Em um mundo tão conectado, global e que discute questões complexas como aquecimento global, desigualdade e inteligência artificial, como educar e preparar os alunos para encarar essa realidade?
Para Marcello Nitz, pró-reitor acadêmico do Instituto Mauá de Tecnologia, a resposta não é simples, mas as universidades precisam se abrir para o mundo.
"As instituições de ensino precisam ser permeáveis, levar as realidades do mundo para dentro de seus muros. Discutir problemas abertos e que exijam criatividade, interagir com pessoas e instituições de fora. Alunos têm de experimentar essa relação de troca com a sociedade, pode ser uma comunidade carente, uma empresa, um governo, uma ONG."
Assim, as universidades conseguem desenvolver nos estudantes as competências para resolver problemas reais e complexos. O objetivo pode ser alcançado tanto por meio de projetos de extensão quanto por meio de desafios apresentados no dia a dia dos graduandos.
"Misturar os alunos de diferentes cursos em desafios acadêmicos, em trabalhos de conclusão de curso, por exemplo, estão entre as ações que trazem um realismo para a vida acadêmica", afirma Marcello.
Essa postura acadêmica incentiva os alunos a se colocarem como voz ativa na sociedade, com um olhar abrangente e um desejo de melhorar o mundo.
É o que ocorre com Mariana Westphal, 22 anos, aluna do quarto ano de engenharia de produção do Instituto Mauá de Tecnologia. Ela é presidente da Enactus Mauá, organização mundial sem fins lucrativos, presente em mais de 30 países. É composta por universitários que buscam melhorar o mundo por meio do empreendedorismo, ajudando comunidades carentes.
"Atualmente estamos com três projetos ativos", conta Mariana. "O Projeto Semear promove a educação ambiental em escolas públicas de ensino infantil. O Projeto Verde Água procura democratizar o acesso ao saneamento básico, por meio de fossas verdes. E o Projeto Isocor cria tintas ecológicas a partir da reciclagem do isopor."
Segundo Mariana, a Mauá estimula os alunos a procurar inovações, encontrar jeitos diferentes de fazer as coisas. "E os nossos projetos têm muita contribuição dos professores da universidade."
Já Nicholas Raymo, 21, que cursa o quinto ano de engenharia civil na Mauá, faz parte do GCSP (Grand Challenges Scholars Program), uma iniciativa criada nos EUA que desafia jovens universitários a criarem soluções para alguns dos problemas do mundo neste século 21.
"Estamos em um projeto na Ilha dos Arvoredos, na região do Guarujá, para melhorar o acesso aos dados climatológicos da ilha, como umidade e velocidade do vento", diz Nicholas.
*Conteúdo patrocinado produzido pelo Estúdio Folha