Bets legais já adotam medidas a favor do Jogo Responsável

Conceito reúne práticas para garantir que as apostas online sejam conscientes, seguras e que respeitem os limites financeiros e emocionais dos jogadores, para prevenir danos

O mercado de jogos online se consolidou no país e só cresce. No ano passado, cerca de 22 milhões de brasileiros fizeram ao menos uma aposta esportiva online. Mas como garantir que essas apostas sejam realizadas de forma racional e com controle de gastos, para evitar que o entretenimento vire um problema? A resposta está no Jogo Responsável, conceito que envolve práticas para tornar o jogo mais seguro e consciente, evitando que limites financeiros e emocionais sejam ultrapassados.

Criado em março de 2023, o Instituto Brasileiro de Jogo Responsável (IBJR) defende que a regulamentação das apostas online é fundamental para a promoção do Jogo Responsável e que a definição das regras e o cumprimento de exigências legais por todas as empresas do setor de apostas são o caminho mais eficiente para a evolução do setor. Com isso, o jogo se torna cada vez mais um entretenimento seguro para os apostadores ao mesmo tempo que gera benefícios para a economia, com investimento no esporte e pagamento de tributos. O instituto reúne 12 operadoras de apostas online que, juntas, respondem por 75% do mercado brasileiro de apostas esportivas.

"A prática do Jogo Responsável é uma forma de promover o entretenimento de maneira saudável, com apostas feitas com consciência, assegurando que o usuário respeite seus limites financeiros e emocionais", afirma André Gelfi, diretor-presidente do IBJR. "Com isso, o jogo se torna não apenas uma experiência divertida, mas também transparente e confiável para todos."

As associadas do instituto já adotam diversas medidas para promover o Jogo Responsável, com educação do usuário e mecanismos de proteção para prevenir possíveis transtornos relacionados aos jogos, como o vício e o endividamento.

Entre as ferramentas de proteção estão o monitoramento de tempo de jogo, com pausas programadas, alertas para evitar apostas que visem recuperar perdas, a estrita proibição de apostas por menores de idade, como determina a lei, e o combate permanente à manipulação de resultados esportivos, além do incentivo ao autocontrole financeiro dos jogadores.

"As bets que fazem parte do instituto já investem em tecnologias avançadas, como inteligência artificial e cruzamento de dados", afirma Gelfi. "Essas ferramentas permitem identificar rapidamente comportamentos de risco por parte dos apostadores e movimentações suspeitas, como as relacionadas à manipulação de resultados. A tecnologia é uma grande aliada para garantir que as apostas sejam realizadas com responsabilidade, fortalecendo a segurança e a confiança no setor."

RECONHECIMENTO FACIAL

Obrigatório a partir de janeiro de 2025, o reconhecimento facial nas apostas online está em fase de integração nas plataformas das empresas associados ao IBJR. O Brasil será o primeiro país a adotar a tecnologia, já usada com sucesso pelas instituições financeiras.

Durante a autenticação do usuário com a biometria, o sistema das bets será capaz de cruzar os dados, mapeando possíveis irregularidades. Combinada com ferramentas de inteligência artificial, será possível, por exemplo, bloquear tentativas de acesso de crianças e adolescentes, além de prevenir fraudes.

Em determinados momentos do processo de aposta, a autenticidade do jogador será verificada e confrontada com os dados cadastrados. Se houver alguma inconsistência, o usuário pode ser bloqueado automaticamente.

O reconhecimento facial poderá ainda barrar operações realizadas por fraudadores que roubam ou hackeiam celulares para apostar em nome de terceiros.

MANIPULAÇÃO DE RESULTADOS

As bets associadas ao IBJR também já utilizam inteligência artificial para identificar possíveis manipulações de resultados esportivos. A tecnologia é a mesma utilizada por países como Inglaterra, Estados Unidos e Austrália. A inteligência artificial faz varreduras constantes para detectar movimentações fora do padrão, que podem configurar algum tipo de manipulação. Quando os casos são identificados, autoridades e entidades esportivas são acionadas.

Segundo o instituto, as movimentações financeiras são acompanhadas constantemente, e uma análise aprofundada é feita quando há suspeita. Um sinal de alerta sobre possível manipulação de resultados partiu das próprias bets quando o jogador de futebol Lucas Paquetá, do West Ham United, tornou-se suspeito de provocar propositalmente cartões amarelos em quatro partidas do campeonato inglês, para favorecer apostas esportivas. O alerta também partiu das empresas no episódio, também ainda em investigação pelas autoridades, envolvendo o jogador do Flamengo Bruno Henrique.

*Conteúdo patrocinado produzido pelo Estúdio Folha