Artigo: Acreditar é o caminho para reduzir a desigualdade no Brasil

Ministro do Desenvolvimento e Assistência Social escreve sobre os propósitos e resultados do Programa Acredita no Primeiro Passo

WELLINGTON DIAS

Ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome

O logotipo apresenta a palavra 'acredita' em letras brancas, com a letra 'a' em azul, sobre um fundo verde. Ao lado, a frase 'no primeiro passo' está escrita em letras brancas sobre um fundo roxo. O design é moderno e utiliza cores vibrantes.

Há um princípio simples, mas poderoso, que orienta nossa atuação no Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social: combater a pobreza não se resume a dar assistência, mas sim a criar oportunidades reais de transformação. Foi com essa convicção que lançamos, em 2024, o Programa Acredita no Primeiro Passo, uma iniciativa que já está mudando a vida de milhões de brasileiros.

O Acredita nasceu da compreensão de que políticas sociais eficazes devem ir além do alívio imediato. É preciso ofertar crédito justo, capacitação profissional e apoio ao empreendedorismo para que as pessoas possam construir trajetórias sustentáveis de renda. O programa foi desenhado para os mais de 90 milhões de brasileiros inscritos no Cadastro Único, muitos deles historicamente excluídos do sistema financeiro e do mercado de trabalho formal.

Os resultados têm sido extraordinários. Em pouco mais de um ano, R$ 3,4 bilhões em crédito foram movimentados, gerando quase 200 mil oportunidades de empregos e negócios. E os números da FGV-Social comprovam o impacto: a renda dos 50% mais pobres subiu 10,7% em 2024, enquanto a extrema pobreza recuou 21,4% – um avanço que superou todas as expectativas.

O crédito, nas mãos de poucos, é privilégio; nas mãos de muitos, vira justiça. O Acredita opera exatamente nessa lógica, com taxas acessíveis e prazos adaptados à realidade dos pequenos empreendedores. Bancos públicos como o Banco do Nordeste e o Banco da Amazônia têm sido parceiros fundamentais nessa missão, levando recursos a regiões onde o acesso ao financiamento sempre foi escasso.

Mas o programa não se limita ao dinheiro. Oferecemos cursos, mentorias e acompanhamento técnico porque sabemos que, sem capacitação, o crédito sozinho não basta. Queremos que cada beneficiário tenha as ferramentas para planejar, gerir e expandir seu negócio – seja uma padaria no interior do Piauí, uma oficina no Amazonas ou um ateliê nas periferias de São Paulo.

Conhecer histórias como a da Valdelice, confeiteira do Piauí que, após perder o emprego na pandemia, sonhou que fazia bolos. Com um pequeno empréstimo do Acredita, comprou equipamentos e hoje sustenta a família com sua produção. Ela me disse: "Minha vida mudou porque alguém acreditou em mim".

Essa frase resume tudo. Quando o Estado acredita nas pessoas, elas passam a acreditar nelas mesmas. E é isso que estamos fazendo: devolvendo a milhões de brasileiros a certeza de que são capazes.

Sabemos que reduzir a desigualdade é uma maratona, não uma corrida de curta distância. Por isso, ampliaremos os investimentos em 2025, com foco especial em quem quiser uma oportunidade. Também seguimos firmes nas parcerias com a iniciativa privada, como o Grupo Carrefour, que já contratou mais de 69 mil pessoas do Cadastro Único.

O Acredita no Primeiro Passo prova que quando unimos política social consistente, acesso a recursos e capacitação criamos um ciclo virtuoso de desenvolvimento. Mas, acima de tudo, ele mostra que a pobreza não é destino.

O Brasil se tornará um país verdadeiramente próspero quando todos tiverem oportunidades iguais de crescer. O Acredita é um passo nessa direção, mas precisamos seguir avançando. Como costuma dizer o presidente Lula, "ninguém pode ser deixado para trás". E é com essa determinação que trabalhamos, todos os dias, para que histórias como a da Valdelice se multipliquem por todo o país. Porque quando se acredita no povo, o Brasil avança.

*Conteúdo patrocinado produzido em parceria com o Estúdio Folha