Edifício Martinelli, no centro de SP, vai ganhar espaço de cultura, lazer e gastronomia

Ação faz parte da revitalização da região central, promovida pela Prefeitura de São Paulo, que concedeu espaço para o Grupo Tokyo

Vista superior do Edifício Martinelli, o primeiro arranha-céu de São Paulo, inaugurado em 1929, e agora com terraço e alguns andares concedidos à iniciativa privada

Vista superior do Edifício Martinelli, o primeiro arranha-céu de São Paulo, inaugurado em 1929, e agora com terraço e alguns andares concedidos à iniciativa privada Divulgação

Em mais uma ação no projeto de revitalização do centro de São Paulo, a Prefeitura assinou nesta sexta-feira (16) o contrato para a concessão de uso do Terraço Martinelli.

Uma das áreas com a mais bela vista do centro da cidade passará a ser aberta ao público, tanto em eventos privados como entradas gratuitas que serão permitidas pelo menos uma vez por semana.

O público terá acesso não só ao terraço no 26º andar, mas às dependências no 25º, 27º e 28º andares, além de um espaço no térreo.

A nova fase do Martinelli se soma à série de ações lançadas pela Prefeitura no último dia 7 de junho para a requalificação do centro de São Paulo.

Terraço do Edifício Martinelli, que poderá ser visitado pelo público, bem como alguns andares, após o início da concessão
Terraço do Edifício Martinelli, que poderá ser visitado pelo público, bem como alguns andares, após o início da concessão - Divulgação

Com o objetivo de atrair moradores e investimentos para a região, foram anunciadas medidas para dar maior agilidade e segurança à emissão de alvarás; incentivos fiscais, como isenção e redução de impostos; expansão do perímetro de abrangência das áreas de incentivo, incluindo mais vias; regulamentação do Projeto de Intervenção Urbana – PIU Setor Central; ampliação do Todos pelo Centro.

Em conjunto, essas ações projetam atrair 200 mil moradores para a região central. Clique e saiba mais.

PRIMEIRO ARRANHA-CÉU

O Edifício Martinelli é o primeiro arranha-céu da cidade de São Paulo. Foi inaugurado em 1929. A construção começou em 1924. Sua concessão consolida o processo iniciado em 2019 para dar novo uso a uma das coberturas mais icônicas do centro da cidade.

A concessão obriga a empresa responsável pela área a restaurar os espaços, implantar melhorias de acessibilidade, segurança e zeladoria e implementar o serviço de visitação pública.

Todas as intervenções deverão respeitar os parâmetros urbanísticos, edilícios (que dizem respeito a edificações e construções) e de tombamentos vigentes, garantindo acessibilidade universal, seguindo determinação do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp).

Detalhe arquitetônico do terraço do prédio; na construção, 90 artesãos estrangeiros trabalharam no acabamento da fachada do Martinelli
Detalhe arquitetônico do terraço do prédio; na construção, 90 artesãos estrangeiros trabalharam no acabamento da fachada do Martinelli - Divulgação

O Grupo Tokyo, que terá 60 dias para apresentar um plano de intervenção, foi quem venceu a licitação e ficará responsável pelo espaço nos próximos 15 anos.

O contrato com a Prefeitura é de R$ 61,3 milhões, além de outros valores a serem recebidos que consideram, por exemplo, o faturamento da empresa com a exploração daquela área.

"Será um espaço de gastronomia, cultura, lazer e arte", afirmou Fabio Floriano, sócio-fundador do Grupo Tokyo, presente na assinatura de concessão do Terraço Martinelli.

Quanto aos prazos, o executivo afirmou que a ideia do grupo é entregar todas as instalações em um ano.

"Até o final deste ano, já devemos ter o mirante aberto para a população"

Fabio Floriano

Sócio-fundador do Grupo Tokyo

Ainda de acordo com Soriano, haverá atividades durante todo o dia, de manhã, à tarde e à noite. "Inclusive, resgatando um cinema que havia aqui no Martinelli", completou.

* Esta página é uma produção do Estúdio Folha para a Prefeitura de São Paulo e não faz parte do conteúdo jornalístico da Folha de S.Paulo