Hospital na zona leste salva recém-nascidos com tratamento humanizado

Hospital Municipal Carmem Prudente-Cidade Tiradentes, mantido pela Prefeitura de São Paulo, foi reformado e dispõe de UTI neonatal para atender bebês prematuros ou que nascem com problemas graves de saúde

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Hospital Municipal Tiradentes dispõe de 11 leitos de UTI pediátrica, 10 leitos de UTI neonatal, além de 16 leitos de cuidados intermediários neonatal; unidade realiza 300 partos por mês Marcelo Pereira/SECOM

No dia 2 de junho, Gabriellen Ramos Munhoz, 21, grávida de 29 semanas, chegou à maternidade do Hospital Municipal Carmem Prudente - Cidade Tiradentes, na zona leste de São Paulo, com um quadro de pré-eclâmpsia, condição de alto risco para mãe e bebê.

Em sua barriga, Bryan pesava apenas 970 gramas e ainda não tinha chegado ao oitavo mês. O parto foi feito às pressas, dentro de um ambiente considerado uma referência em salvar a vida de bebês prematuros ou que nascem com problemas graves de saúde.

"Se não fosse este hospital, acho que nós estaríamos mortos", diz Gabriellen, 40 dias após o parto e com Bryan já perto dos dois quilos, suficientes para receber a tão esperada alta da UTI.

Em toda a cidade de São Paulo, são 142 leitos de UTI neonatal em 15 hospitais públicos municipais. A taxa média de ocupação é de 67,93%.

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Gabriellen Ramos Munhoz, 21, faz terapia "posição canguru", que consiste em manter seu filho, Bryan, recém-nascido de baixo peso, em contato pele a pele, na posição vertical, durante tratamento no Hospital Municipal Carmem Prudente-Cidade Tiradentes - Marcelo Pereira/SECOM

O Hospital Municipal Cidade Tiradentes realiza cerca de 300 partos mensalmente e é um dos mais importantes hospitais da cidade de São Paulo.

A unidade, que completou 16 anos no último mês, dispõe de 16 leitos de cuidados intermediários neonatal, 11 leitos de UTI pediátrica e 10 leitos de UTI neonatal.

O HM Cidade Tiradentes realiza, em média, 16 mil atendimentos mensais, nas especialidades de clínica médica, pediatria, cirurgia geral, psiquiatria, ginecologia e ortopedia.

Administrado pela Organização Social de Saúde (OSS) Santa Marcelina, o hospital dispõe de 245 leitos e custeio mensal de aproximadamente R$ 17 milhões. Além disso, tem 30 leitos de UTI adulto.

Equipe e infraestrutura

A unidade neonatal tem uma equipe multiprofissional, com ênfase em atendimento humanizado, composta por 58 profissionais, entre médicos plantonistas, fisioterapeutas, enfermeiros e técnicos de enfermagem.

Os leitos têm iluminação individualizada, paredes com decoração temática e estrutura para posto de coleta de leite materno.

Entre seus equipamentos para a recuperação dos bebês, oferece os de ventilação de alta frequência, de fototerapia de alta intensidade e equipamentos de óxido nítrico, utilizados no tratamento da hipertensão pulmonar persistente.

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Funcionária do HM Carmem Prudente-Cidade Tiradentes atende Jessica, mãe do bebê Heitor; unidade hospitalar dispõe de 58 profissionais, entre médicos plantonistas, fisioterapeutas, enfermeiros e técnicos de enfermagem - Marcelo Pereira/SECOM

Além disso, privilegia a terapia "posição canguru", que consiste em manter o recém-nascido de baixo peso em contato pele a pele, na posição vertical, junto ao peito dos pais, e incentiva o aleitamento materno, a colostroterapia (administração de colostro materno cru para ajudar no desenvolvimento imunológico do bebê prematuro) e contato pele a pele com a mãe logos após o nascimento em todos os tipos de partos.

Para ficar mais moderna e acolhedora, a UTI passou por uma reforma recentemente, em que foram realizadas troca de mantas vinílicas (piso) e revitalização das portas e paredes, além de novas instalações para implantação do posto de coleta de leite materno.

Toda essa estrutura faz da UTI neonatal do HM Cidade Tiradentes uma referência em salvar a vida de bebês prematuros ou que nascem com problemas graves de saúde naquela região.

Exames

Os bebês internados na UTI neonatal contam também com uma estrutura composta por exames, medicamentos e fisioterapia, importante para conseguirem se alimentar com leite materno. Esse suporte garante o monitoramento preciso das situações consideradas mais graves.

Também é garantido tratamento de prematuros que tenham alguma adversidade ao nascer, que necessitam de uma atenção maior da equipe médica para desenvolver as habilidades de respirar, sugar e deglutir. Esses reflexos só são desenvolvidos a partir da 34.ª semana de gestação.

Com essa estrutura, o HM Cidade Tiradentes segue atuando para garantir que outras mães, como Gabriellen Ramos Munhoz, possam ser atendidas.

"Eu me senti muito acolhida, principalmente quando vi essa estrutura", afirma Gabriellen.

“Fiquei muito aflita com a situação (pré-eclâmpsia), mas fui confortada pelo doutor Ailton, que me acompanhou, e por toda a equipe do hospital. Devo a minha vida e a do meu filho a toda essa equipe.”

Gabriellen Ramos Munhoz

mãe de Bryan

Hospital Municipal Carmem Prudente - Cidade Tiradentes

  • 16 anos em funcionamento

  • 16 mil atendimentos mensais

  • 245 leitos

  • 300 partos realizados mensalmente

  • 16 leitos de cuidados intermediários neonatal

  • 30 leitos de UTI adulto

  • 11 leitos de UTI pediátrica

  • 10 leitos de UTI neonatal

  • 58 profissionais (médicos plantonistas, fisioterapeutas, enfermeiros e técnicos de enfermagem)

* Esta página é uma produção do Estúdio Folha para a Prefeitura de São Paulo e não faz parte do conteúdo jornalístico da Folha de S.Paulo