Para evitar incêndios em parques, Prefeitura de SP investe mais de R$ 13,5 milhões em monitoramento

Centrais instaladas estão equipadas com torres, câmeras e sensores infravermelho que captam elevação de temperatura e fumaça

A Prefeitura de São Paulo investiu mais de R$ 13,5 milhões na Operação Fogo Zero desde 2022. Trata-se de um sistema de monitoramento 24 horas de parques municipais para evitar incêndios e queimadas, que, nesta época do ano, registram aumento em razão da baixa umidade do ar e a crimes, como soltar balões ou vandalismo.

A operação busca agilizar o atendimento e o combate às chamas em áreas de proteção ambiental e em parques da cidade, em uma ação coordenada pela Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, com apoio da Guarda Civil Metropolitana, da Polícia Militar Ambiental e do Corpo de Bombeiros.

Operação Fogo Zero
Desde 2022, por meio da Operação Fogo Zero, Prefeitura faz prevenção contra incêndio em parques municipais - Matheus Narcizo/SECOM

Em fevereiro, o Parque Linear do Bispo, na zona norte da cidade, recebeu duas torres com câmeras de longo alcance que captam imagens em um raio de até 20 quilômetros. Sensores infravermelhos detectam elevação repentina de temperatura e sinais de fumaça na área monitorada.

Em uma central instalada no parque, uma equipe especializada acompanha imagens projetadas em televisores de 55 polegadas conectados a computadores. No caso de detecção de um incêndio, autoridades e Defesa Ambiental são acionadas.

As obras de monitoramento contra incêndio do parque do Bispo tiveram início em outubro de 2023 e terminaram em fevereiro. A atual gestão investiu R$ 4,5 milhões no local. A central de prevenção também é importante para o controle de queimadas na serra da Cantareira, na zona norte da capital.

Maior parque municipal urbano de São Paulo, o Anhanguera, na zona norte, também conta com sistema de monitoramento de combate a incêndios. A Prefeitura prevê a instalação dessas centrais em mais dois parques, um na zona leste e outro na zona sul. Um dos critérios para a instalação é a proximidade do local de outras áreas verdes da cidade.

INCÊNDIOS

Os incêndios são resultado de uma combinação de fatores, como clima quente e seco (umidade abaixo de 20%) e um evento que provoque a primeira fagulha, tais como relâmpago, balão, limpeza de terrenos vizinhos aos parques, bitucas de cigarro e fogo intencional na vegetação e em fios de eletricidade.

Entre 2020 e 2023, foram registrados 321 incêndios em parques na capital, segundo dados da Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente. Em 2024, foram 13 ocorrências até o mês de maio. Os casos aumentam consideravelmente no período entre maio e setembro.

*Conteúdo patrocinado produzido pelo Estúdio Folha