Ludhmila Hajjar faz parte do corpo clÃnico do Hospital Vila Nova Star, da Rede D’Or, a maior empresa de saúde da América Latina. Diariamente, a cardiologista atende entre 40 e 50 pacientes, muitos considerados de alta complexidade clÃnica.
Para ela, o alto nÃvel e resultados nesses tratamentos são consequência do rigor da Rede D’Or com a qualidade técnica das equipes. "Essa é uma obsessão da companhia", diz. "A empresa vai além da busca pela melhor assistência, prestada por equipes multidisciplinares, com o paciente no centro da atenção. Em todas as suas unidades, a Rede D’Or está verdadeiramente comprometida com a auditoria e a transparência de seus resultados".
Hajjar se refere ao Programa de Qualidade Técnica da Rede D’Or. Criado há 12 anos, é o maior do gênero no paÃs. É aplicado aos 71 hospitais da rede e avalia 24 indicadores. Os resultados são informados e discutidos mensalmente pelos diretores de cada uma das unidades em reuniões com o board da empresa. "Isso nos permite comparar as informações e nos faz querer sempre melhorar", diz a médica e diretora de práticas assistenciais, Helidea Lima, lÃder do programa.
Os critérios usados, por exemplo, para avaliar o Vila Nova Star são os mesmos aplicados ao Serra Mayor, localizado no Capão Redondo, um dos bairros mais carentes da capital paulista. Dessa forma, a Rede D’Or acaba por democratizar a qualidade em saúde no Brasil.
Além disso, todos os anos a Rede D’Or realiza uma pesquisa entre seus funcionários, de todos os nÃveis hierárquicos (inclusive os dos setores administrativos), para avaliar o comprometimento deles com a segurança do paciente. É analisado também se os colaboradores estão confortáveis com a qualidade técnica da assistência prestada. "Você se sente à vontade para reportar erros?" ou "Você se sente à vontade para criticar a atuação de um superior?" são algumas das questões propostas. Se for preciso, mudam-se as lideranças, treinam-se as equipes, transformam-se processos. Tudo sempre em prol da cultura de qualidade.
AUDITORIAS EXTERNAS
Não bastasse o austero monitoramento interno, a Rede D’Or se submete voluntariamente ao crivo de auditorias externas. De todos os hospitais, 81% são acreditados e os demais estão sendo preparados para tal. É o caso, por exemplo, da rigorosa Joint Commission International ( JCI), lÃder global em certificação de organizações de saúde. Para começar, um hospital só é avaliado pela JCI, explica Helidea, se seus Ãndices de qualidade estão próximos aos das médias mundiais. No Brasil, apenas 47 instituições têm o selo da organização. Deles, 23% são da Rede D’Or.
Um dos parâmetros analisados é a taxa de letalidade: a probabilidade de um paciente internado na UTI ir a óbito. A média dos hospitais estudados pela JCI, em 2022, é 0,74 –o ideal é que o score seja inferior a 1. Já os da Rede D’Or registram 0,47 de pontuação. A relevância do programa de qualidade é ainda mais nÃtida quando se comparam os Ãndices de hospitais adquiridos antes e após a gestão da Rede D’Or.
De todas as UTIs no paÃs, apenas 8% são da Rede D’Or. Contudo, entre os 100 melhores centros intensivistas do Brasil avaliados pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB), 40 são da Rede. Por meio dessa avaliação, a AMIB emite o certificado Top Perfomer, selo que atesta anualmente a eficiência dos serviços.
A Rede D’Or se sai melhor também na comparação com os afiliados da Associação Nacional dos Hospitais Particulares (Anahp). Em relação à infecção da corrente sanguÃnea, associada ao uso de cateter, neste ano a mediana da Anahp foi de 1,97 por mil pacientes-dia. A média D’Or é 0,86. "A acreditação é uma consequência", define a médica Helidea. "Não queremos melhorar os hospitais para ter pontos na acreditação, mas para levar nosso paciente ao melhor resultado possÃvel." Não à toa, no primeiro ano da pandemia a mortalidade média nas unidades D’Or foi de 7,8% – nÃvel que motivou um artigo na prestigiosa revista cientÃfica "Nature". No Brasil, a taxa de mortalidade variou de 21,7% a 47,3%.
Um bom hospital se projeta, claro, nas planilhas dos indicadores de qualidade técnica, como os Ãndices de infecção, a celeridade das emergências ou o número de reinternações em UTI. Mas um ótimo hospital vai além e firma compromisso com a educação continuada de seus profissionais, a promoção e a troca de conhecimento e a inovação.
Fundado em 2010, o Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (Idor) promove cursos de graduação e de extensão, além de simpósios nacionais e internacionais.
Além disso, o entrosamento da equipe é fundamental. "Praticamente todos os dias realizamos sessões de discussão de casos, nos nossos encontros chamados de ‘Tumor Board’. Esses encontros, associados ao nosso prontuário eletrônico único e extenso banco de dados, ajudam a estabelecer e harmonizar as melhores práticas em todos os nossos serviços", explica Paulo Hoff, presidente da Oncologia D’Or.
Hoff afirma que essa troca de informações e de conhecimento é uma das grandes vantagens em se trabalhar em Rede. "Aqui, podemos garantir a qualidade e o acesso a tratamentos com tecnologias únicas aos nossos pacientes, independentemente de onde se encontrem no Brasil, mas é principalmente o compromisso que temos com a qualidade que faz com que os médicos queiram trabalhar aqui", reforça.