Na Rede D’Or, a tecnologia robótica avança para centros cirúrgicos em todo o paÃs. Com investimento de R$ 200 milhões só no último ano, foram adquiridos 17 novos aparelhos. Todos de quarta geração, a mais moderna disponÃvel. São 23 equipamentos no total, o que permite à Rede oferecer o maior e mais avançado parque de cirurgia robótica da América Latina.
"Cerca de 20% do parque robótico do paÃs é da Rede D’Or. Há novos equipamentos sendo instalados em São Paulo, Rio de Janeiro, BrasÃlia, Bahia, Pernambuco, Sergipe e Fortaleza", diz Carlos Eduardo Domene, cirurgião do aparelho digestivo e coordenador médico do Programa de Cirurgia Robótica da instituição.
CONHEÇA A TECNOLOGIA
Minimamente invasiva, a cirurgia robótica amplia as possibilidades para médicos e pacientes. Cada robô conta com, pelo menos, quatro braços mecânicos, que podem ser equipados com diferentes instrumentos cirúrgicos ou câmeras. A nova geração tem maior mobilidade e possibilidade de rotação em 360°, com imagens em resolução 3D HD.
O robô reproduz em tempo real os comandos do cirurgião, que, sentado à distância, controla os seus movimentos, com uma visão tridimensional ampliada em até dez vezes.
"Com o braço robótico é possÃvel fazer incisões menores, estabilizar tremores, além de garantir maior alcance e amplitude dos movimentos. Consigo operar com máxima precisão e delicadeza, enxergando detalhes que não são nÃtidos nem mesmo na cirurgia laparoscópica", explica Domene.
Pelo alto nÃvel de segurança, a cirurgia robótica vem se consolidando como padrão ouro no tratamento de muitos casos, incluindo tumores e outras doenças em diversas especialidades, como urologia, ginecologia, cirurgia bariátrica e do aparelho digestivo.
"Comparada a outras técnicas, como a convencional e a laparoscópica, por exemplo, a cirurgia robótica para prostatectomia (retirada total ou parcial da próstata) é mais segura e apresenta melhores resultados funcionais", afirma o urologista Rodrigo Frota.
Entre 2015 e 2022, cerca de 22 mil cirurgias robóticas foram realizadas na Rede D’Or. Do total, aproximadamente 5 mil foram no Vila Nova Star (SP).
O cirurgião geral Antonio Macedo, que desde 2019 escolheu o hospital Vila Nova Star para seus procedimentos, é um dos maiores especialistas em cirurgia robótica no Brasil. Sua experiência inclui cerca de 1.500 cirurgias desse tipo. "O domÃnio dessa tecnologia nos possibilita realizar procedimentos de altÃssima complexidade, com menos desconforto e rápida recuperação do paciente", explica.
De acordo com Carlos José Saboya, cirurgião do aparelho digestivo, a Rede D’Or e o Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR) mantém programas regulares de capacitação. "Já foram treinados mais de 500 cirurgiões. Hoje, podemos afirmar que o programa de cirurgia robótica da Rede D’Or atingiu seu nÃvel de excelência", comenta.
Com o braço robótico é possÃvel fazer incisões menores, estabilizar tremores, além de garantir maior alcance e amplitude dos movimentos
COMPLEXIDADE CRESCENTE
O uso de robôs cria novas oportunidades de cuidado, trazendo esperança para pacientes mesmo em casos extremamente complexos.
É o que aconteceu com Alcyette Cristina Piedade, de 62 anos, e com Sérgio Watson, de 65, operados pelo cirurgião torácico Tiago Machuca.
Vivendo há cerca de 15 anos nos Estados Unidos, Machuca é um dos principais cirurgiões torácicos do mundo. Tem experiência nos hospitais das Universidades de Toronto, Flórida e Miami. Machuca está voltando ao Brasil para operar nos hospitais da Rede D’Or.
Foi ele quem desenvolveu uma técnica de redimensionamento e realocação dos pulmões na caixa torácica, tornando determinados casos de indicação de transplante pulmonar passÃveis de correção por robótica.
Alcyette é ex-fumante com enfisema pulmonar. Teve complicações de cirurgias anteriores e tinha um nódulo no pulmão. Um caso tão complexo que mesmo a biópsia para analisar a natureza do tumor era arriscada. Operada por robótica na Rede D’Or, recuperou 30% da função pulmonar e já retomou suas atividades regulares.
Sérgio Watson também passou por momentos difÃceis. Por causa de uma doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e um enfisema bolhoso por toda a extensão de seus pulmões, dependia inteiramente de um suporte de oxigênio. Ele se cansava até mesmo durante uma simples conversa em repouso. Agora, já pode ser visto na companhia de seu cachorro andando pela praia.
Novas fronteiras continuam sendo transpostas. Uma realidade possÃvel a cada vez mais estados, graças aos profissionais e parque robótico da Rede D’Or.