IDOR coloca ciência médica brasileira em destaque no mundo

Mantida pela Rede D'Or, instituição conta com pesquisadores no top 5 dos principais rankings da ciência global

IDOR coloca ciência médica brasileira em destaque no mundo

IDOR coloca ciência médica brasileira em destaque no mundo Henrique Assale /Estúdio Folha

Em 2010, no Rio de Janeiro, um grupo de médicos pesquisadores apaixonados pela ciência apostou em um sonho grandioso: produzir ciência de impacto para o Brasil e o mundo. Hoje, o que era sonho se transformou em uma das instituições que mais contribui com a pesquisa médica nacional, com pesquisadores líderes em suas áreas de conhecimento científico e que desenvolvem projetos locais ou em parceria com cientistas de mais de 80 países.

O Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR) é uma instituição privada sem fins lucrativos que tem como principal mantenedora a Rede D’Or, maior empresa de saúde privada da América Latina. "Desde o início, mobilizamos recursos e estimulamos nossos pesquisadores a contribuir com soluções para desafios atuais e futuros, com o objetivo de melhorar a condição de vida das pessoas", diz Fernanda Tovar-Moll, médica radiologista, presidente do IDOR e cofundadora da instituição ao lado do neurologista Jorge Moll Neto, atual presidente do Conselho de Administração do IDOR.

Além da pesquisa, a instituição atua nos pilares de ensino, com programas de doutorado, pós-graduação e cursos de graduação na Faculdade IDOR de Ciências Médicas (Rio de Janeiro) e na Faculdade Unineves (João Pessoa), além de Programas de Residência Médica presentes em diversos estados.

O IDOR desenvolve ainda uma ampla lista de atividades de educação médica continuada que impactam milhares de profissionais da saúde em todo o país.

O Instituto também se dedica à área de inovação na saúde, sendo credenciado desde 2022 como Unidade EMBRAPII de Biotecnologia Médica, além de possuir sua própria agência de inovação, o Open D’Or, uma iniciativa voltada a facilitar soluções na área hospitalar e da saúde.

Prestígio internacional

Segundo o Scival, plataforma da Elsevierque permite levantar dados globais sobre o desempenho de artigos científicos, o IDOR ocupa a 5ª posição no mundo em Fisiologia Humana (publicações de Medicina Intensiva), à frente de instituições como a Universidade de Oxford e do Massachusetts Institute of Technology (MIT). E essa é uma das posições de destaque que o instituto ocupa.

Alguns de seus pesquisadores estão ranqueados entre os cinco mais proeminentes do mundo em suas áreas de atuação, como transtornos psiquiátricos, terapia intensiva e septicemia.

Como consequência da qualidade e relevância da pesquisa realizada no IDOR, seus pesquisadores têm sido reconhecidos por instituições de apoio à pesquisa nacionais e internacionais.

Em duas décadas, a excelência em pesquisa desenvolvida no IDOR viabilizou a publicação de mais de 1.800 artigos em revistas científicas internacionais, que resultaram em mais de 33 mil citações.

Além da produção de um grande número de artigos científicos, o IDOR tem como meta que suas pesquisas em saúde tenham impacto prático no Brasil e no mundo. Uma das métricas utilizadas para medir isso é o Field Weighted Citation Impact (FWCI), índice que posiciona o IDOR ao lado de instituições de renome internacional (veja infográfico ao lado).

Isso deve-se, em grande parte, à contribuição do IDOR durante a pandemia de covid-19. O time de pesquisadores assumiu um papel de liderança no país, conduzindo os ensaios clínicos que possibilitaram a rápida aprovação da vacina de Oxford/AstraZeneca – por meio do acompanhamento de 3.900 voluntários no Rio de Janeiro e em Salvador – além de participar dos estudos com os imunizantes da Clover Biopharmaceuticals e Coronavac/Butantan.

Pesquisadores de instituições estrangeiras também reconhecem o trabalho feito pelo IDOR no Brasil. Um exemplo é Jerold Chun, médico e neurocientista dos Estados Unidos, reconhecido por seus estudos sobre Alzheimer, esquizofrenia, hidrocefalia, entre outros. "O impacto do IDOR vai além da comunidade acadêmica brasileira, pois suas pesquisas têm relevância global e são citadas em inúmeras publicações internacionais", afirma.

Já Andrew Pollard, líder do grupo de pesquisa em vacina da Universidade de Oxford (Reino Unido), afirma que a escolha dos profissionais do IDOR no Brasil, para o trabalho com a vacina contra a Covid, se deu por serem pesquisadores experientes e comprometidos, capazes de apoiar a entrega de ensaios clínicos de alta qualidade na região.

Da pesquisa à prática

Reunindo mais de 100 pesquisadores de diferentes especialidades, o IDOR produz pesquisa em 12 áreas, entre as quais neurociência, oncologia, patologia, pediatria, gastroenterologia, medicina intensiva, infectologia, hematologia e terapia celular. Presente em nove estados do país, o instituto cresce de forma integrada à expansão da Rede D’Or, beneficiando-se da capilaridade do grupo, que conta com 72 hospitais e 56 clínicas de oncologia em todo o país.

Além dos projetos próprios e em parceria com universidades do Brasil e do exterior, o IDOR também participa de ensaios clínicos globais patrocinados pela indústria farmacêutica. "Uma das nossas metas, ao contribuir para o avanço científico, é devolver isso à sociedade, melhorando as práticas médicas e o atendimento em saúde", afirma Tovar-Moll.

Exemplo disso é o trabalho coordenado pelo médico intensivista e pesquisador de renome internacional Fernando Bozza, que estuda, entre outros temas, um dos maiores desafios médicos da atualidade: o aumento da resistência antimicrobiana, especialmente nas UTIs.

"A Rede D’Or tem mais de 2.500 leitos de UTI no Brasil. Com técnicas avançadas de machine learning e big data, estamos integrando esse grande volume de dados, que são analisados por uma inteligência artificial capaz de identificar precocemente os pacientes com maior risco de contrair infecções causadas por bactérias multirresistentes, além de ajudar os médicos na melhor prescrição de antibióticos", explica Bozza, que também dedica-se ao estudo da sepse, entre outros temas de relevância para a Medicina Intensiva.

"Com esse olhar para a inovação, o IDOR consegue integrar a pesquisa à prática médica, gerando um conhecimento baseado em dados, garantindo a melhor utilização dos recursos e o melhor desfecho clínico para os pacientes", afirma.

Paulo Hoff, presidente da Oncologia D’Or e pesquisador do IDOR na área de Oncologia, ressalta a importância do compartilhamento do conhecimento entre o instituto e outros centros de pesquisa. "Nos últimos anos, o IDOR tem se firmado como um dos principais centros de pesquisa clínica e translacional no nosso país e na América Latina. É muito importante que instituições privadas como a Rede D’Or tenham essa participação no desenvolvimento de conhecimento médico, ajudando não somente os seus pacientes mas toda a sociedade", afirma.