Descrição de chapéu tecnologia internet

Avanço da inteligência artificial exige forma de verificação humana anônima e segura

Protocolo visa criar infraestrutura que permite diferenciar humanos de robôs em interações digitais para gerar mais confiança e segurança online

A imagem mostra um espaço de exposição com uma estrutura de madeira em forma de arco. Várias pessoas estão interagindo com a instalação, algumas observando e outras usando dispositivos móveis. Ao fundo, há grandes janelas que permitem a entrada de luz natural.

Pessoas fazem a verificação de humanidade por meio da Orb Divulgação

Robôs comentam posts nas redes sociais, atendem clientes, desafiam adversários em jogos online. A atividade deles é tão intensa que chega a dominar mais da metade do fluxo da internet. E seu comportamento é tão semelhante ao dos humanos que fica cada vez mais difícil saber se estamos interagindo com uma pessoa ou uma máquina. Com isso, as pessoas ficam cada vez mais vulneráveis a interações sintéticas, bombardeio de desinformação, golpes e fraudes bancárias.

Esse cenário também afeta as empresas, que têm dificuldade para distinguir clientes reais de agentes mal-intencionados. Mesmo os governos não têm velocidade para acompanhar o ritmo dos criminosos digitais. Tudo isso gera um problema de confiança não apenas no Brasil, mas no mundo todo.

Ou seja, a era da Inteligência Artificial, que simplifica muita coisa, traz também um imenso desafio que exige uma solução urgente. Por isso, atualmente há uma série de projetos que visam verificar quem é um ser humano, único online e em escala global.

A World é um desses protocolos. A proposta é solucionar essa questão por meio da utilização do World ID, uma credencial que prova de forma segura, anônima e privada que você é um ser humano único. Mas como isso funciona?

Para realizar a prova de humanidade, a World utiliza uma tecnologia de ponta por meio da biometria da íris que funciona de maneira bem simples (confira no quadro ao lado). Um dispositivo semelhante a uma câmera fotográfica de alta resolução, chamada Orb, processa a imagem da íris e converte as características, padrões e texturas em um código numérico único, chamado de código de íris e que verifica o World ID da pessoa como um ser humano único. O código de íris é então anonimizado e apenas essa informação anonimizada é retida. As imagens originais da íris são encriptadas, enviadas para o World App, aplicativo que está no celular da pessoa e permanentemente apagadas da Orb.

O World ID não armazena ou pede informação pessoal, e seus titulares têm o controle e a escolha sob os dados, podendo excluí-los a qualquer momento do seu dispositivo. Ou seja, o World ID é basicamente um selo que comprova que determinada interação (ou determinado perfil) foi realizada por uma pessoa de verdade, de forma totalmente anônima.

A íris é uma forma de verificação muito mais precisa que a digital, isso porque o seu padrão (ou seja, sua "forma") tem chance de se repetir uma vez a cada 1 bilhão de pessoas. A digital, por outro lado, pode se repetir uma vez em 40 milhões de pessoas. Um detalhe interessante: mesmo gêmeos idênticos têm íris completamente diferentes.

PARA QUE SERVE

O WORLD ID

E para o que serve, afinal, um World ID? De acordo com a World, a prova de humanidade pode no futuro ser utilizada para diversas finalidades. Por exemplo, para fazer login em redes sociais. Com isso, a conta verificada poderia ganhar um selo de ser humano único, certificado que aquele perfil é de uma pessoa real (e não de um bot), o que ajudaria a enfrentar a propagação viral de desinformação que muitas vezes é alimentada por mecanismos de inteligência artificial.

A credencial de humano também pode ajudar a dar mais segurança para transações online. Sites de ecommerce podem pedir que o comprador comprove que é um ser humano e não um sistema automatizado, que pode ter clonado um cartão de crédito e sido programado para fazer inúmeras compras não autorizadas. Sites de namoro ou encontros, por exemplo, também podem passar a pedir que as pessoas se cadastrem como seres humanos. Essa segurança ajuda a evitar vítimas de diversos tipos de golpes, como aquele que virou notícia recentemente, em que uma mulher de 53 anos perdeu cerca de R$5 milhões acreditando que estava se relacionando com Brad Pitt enquanto, na verdade, interagia com inteligência artificial.

A prova de humanidade também pode ajudar a prevenir deep fakes de famosos ou pessoas comuns. Nos últimos meses, imagens de pessoas conhecidas foram utilizadas nesse tipo de fraude para vender produtos duvidosos. Um dos casos envolveu o apresentador Pedro Bial, que precisou esclarecer em seu perfil no Instagram que era deep fake o vídeo em que ele supostamente aparecia anunciando uma solução contra a calvície. Esse tipo de fraude ficaria mais evidente se vídeos verdadeiros levassem um selo comprovando sua autenticidade por meio do World ID.

Outro caso fraudulento que ficou conhecido e gerou prejuízo foi o do funcionário de uma empresa multinacional que pagou US$ 25 milhões a golpistas que usaram deep fake para se passar pelo diretor financeiro da empresa em uma videoconferência. Contra isso, o World ID pode ser integrado a ferramentas como Zoom, Google Meet e Microsoft Teams para comprovar que as interações são de fato realizadas por pessoas.

E não é apenas isso. A solução criada pela World pode ser utilizada em uma série de outras funções, como evitar a compra em massa de ingressos para shows, como aconteceu com o show da cantora Taylor Swift no Brasil. Também pode garantir que os governos paguem benefícios sociais apenas a pessoas de verdade, e que apenas humanos participem de determinados games online, o que tornaria mais justa e equilibrada a disputa.

O QUE FALTA PARA

TUDO ISSO ACONTECER

As possibilidades de aplicação do World ID ainda são projeções futuras. Para que se tornem realidade, o primeiro – e decisivo – passo é alcançar o maior número possível de participantes verificados. Apenas dessa forma o World ID pode se tornar uma credencial mundialmente utilizada em ambientes online. Atualmente, a World tem mais de 500 mil humanos verificados no Brasil. No mundo, são mais de 11 milhões, e a meta é que todos possam se cadastrar e verificar, criando assim uma nova infraestrutura digital que irá permitir mais confiança e segurança online.

*Conteúdo patrocinado produzido pelo Estúdio Folha