Natureza, pássaros e esportes radicais

Emiliano Capozoli/Estúdio Folha
Turista nada nas águas claras do lago Mapinguari, também conhecido como poção Esmeralda, no distrito do Tepequém, município de Amajari. O lago era um antigo local de garimpo

Boa Vista oferece inúmeras atrações para serem exploradas pelos turistas

A cidade é o passo inicial para quem quer conhecer o monte Roraima, um dos destinos mais conhecidos do país. Mas Boa Vista é, ela própria, um destino a ser explorado.

Dentro da cidade, os 12 hectares do Bosque dos Papagaios são um verdadeiro reduto silvestre para onde, todas as tardes, araras, maritacas, maracanãs e, lógico, papagaios se dirigem para dormir. São 700 espécies de pássaros espalhados pelo município, que vem ganhando destaque no turismo de observação de aves.

No verão, entre os meses de outubro e fevereiro, as águas do rio Branco recuam e suas margens se transformam em praias. Nessa época, a prefeitura promove na margem oposta à da cidade o Festival de Verão, com várias competições esportivas.

Os esportes radicais também têm espaço garantido. Além do paraquedismo, o kitesurf tem se popularizado -Boa Vista é o único lugar da região Norte onde é possível praticar a modalidade.

Estúdio Folha/Estúdio Folha
Kitesurf, futevôlei, futebol de areia, maratona aquática, jiu-jitsu sem quimono... Com uma dezena de modalidades esportivas, o Festival de Verão, criado em 2013, foi uma ideia da Prefeitura de Boa Vista para aproveitar as praias que surgem às margens do rio Branco quando vem o período da seca

A capital roraimense é, ainda, ponto de partida para vários passeios fluviais. Em uma manhã é possível fazer uma visita à cachoeira do Véu de Noiva, rio abaixo. Vale a pena dar uma volta na ilha em frente, no fim de tarde, para ver o sol se pôr por detrás da cidade, que tem apenas um prédio.

Após o passeio, basta ancorar perto de um bar para aproveitar o restante do dia. Às margens do rio Cauamé, o bar da Tia é um dos locais que merece a visita. Mais perto da cidade, há o restaurante Marina Meu Caso, onde a dona, uma ex-garimpeira, tem muitas histórias para contar.

O monte Roraima é passeio imperdível para quem tem ao menos uma semana de folga. Normalmente, a subida se dá pelo lado venezuelano, mas, com a situação complicada no país vizinho, os guias têm preferido abordar o monte pela face brasileira.

Para quem tem poucos dias, é imperdoável não visitar a vila de Tepequém, no município de Amajari, a 200 km de Boa Vista.

A 1.020 metros de altitude, com um clima bem ameno, o local é também um refúgio para quem quer uma pausa do calor boa-vistense. Cachoeiras, lagos e corredeiras, a 100 km da Venezuela, montam um cenário perfeito do Brasil profundo.