Congresso discute novas tecnologias

Palestrantes do Brasil e internacionais debateram sobre o que de mais inovador está acontecendo no mundo

O maior congresso de inovação da América Latina reuniu empresários, acadêmicos, especialistas e executivos nos dias 10 e 11 de junho, em São Paulo. Nos dois dias de programação, 72 palestrantes brasileiros e de vários países discutiram temas como inteligência artificial, internet das coisas, blockchain, futuro do trabalho, da energia e do alimento, experiências bem-sucedidas de inovação, políticas de incentivo à pesquisa, entre outros.

José Paulo Lacerda/CNI
Painel durante o Congresso Brasileiro de inovação da Indústria

As tendências da inovação e o que está acontecendo de mais inovador no país estiveram no centro das discussões do 8º Congresso Brasileiro de Inovação da Indústria, promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Para o presidente da empresa holandesa Elsevier, Youngsuk Chi, a inteligência artificial vai permitir às empresas fazerem melhor seu trabalho sem descartar a atividade humana.

Especialistas apontaram que as novas tecnologias também vão colaborar de forma decisiva para tornar o mundo mais seguro. De acordo com o diretor de Negócios para América do Sul da empresa holandesa TNO Defesa & Segurança, Wim de Klerk, a internet das coisas, o big data e o acompanhamento de informações em velocidades cada vez maiores permitirão inclusive que robôs atuem na prevenção de crimes.

INVESTIMENTO

Para Frédérick Bordry, diretor de Aceleradores e Tecnologia da Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear, sediada na Suíça, a pesquisa é o primeiro passo para os países inovarem e crescerem. "Acredito que pesquisa de base é o marcapasso da humanidade. Precisamos aumentar o orçamento na ciência aplicada para que ela seja o combustível da inovação", disse.

Mais de 3.000 pessoas passaram pelo Congresso a cada dia. No chamado ecossistema de inovação, a CNI, o Sebrae, o Serviço Social da Indústria (Sesi), o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e empresas patrocinadoras do evento expuseram tecnologias e soluções inovadoras, como um caça Gripen da Força Aérea Brasileira e produtos criados em Institutos Senai de Inovação e Centros de Inovação Sesi.

No espaço do Sesi, o destaque foi a plataforma Sesi Viva Mais, que organiza, em ambiente digital único, dados e informações para apoiar ações de segurança e saúde no trabalho. No espaço do Senai, os destaques foram produtos como o FlatFish - robô autônomo capaz de planejar e executar missões para verificar dutos de exploração de petróleo no fundo do mar - e as apresentações de casos de sucesso desenvolvidos em institutos do Senai. A CNI e o Instituto Euvaldo Lodi (IEL) expuseram tecnologias de empresas participantes do Inova Talentos, no qual bolsistas são selecionados para atuar em projetos de PD&I, e realizaram workshops sobre a evolução digital e ecossistemas de inovação.

"Foi o maior Congresso que já realizamos. O nosso objetivo é sempre trabalhar no sentido de tornar o Brasil um país mais inovador. Para isso, é necessário urgência, porque o resto do mundo está avançando rapidamente", afirmou a diretora de Inovação da CNI, Gianna Sagazio.

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