A sofisticação da inteligência artificial e a versatilidade da internet das coisas fazem das tecnologias as grandes apostas para o futuro. E não apenas na indústria. Para Youngsuk Chi, presidente da Elsevier, plataforma de conteúdo científico, a evolução da inteligência artificial vai melhorar o trabalho das pessoas. "Não usamos inteligência artificial para substituir o processo de decisão profissional, mas para melhorá-lo. Permitimos que advogados consigam avaliar melhor e ganhem mais causas, que pesquisadores encontrem a cura do câncer mais rapidamente", diz.
Para isso, especialistas e empresários veem a necessidade de consolidar uma iniciativa nacional tecnológica. Até o primeiro trimestre de 2019, 18 países haviam lançado estratégias nacionais para inteligência artificial, sendo que metade deles criou novas fontes de financiamento para PD&I na área. O projeto da China, por exemplo, coloca US$ 16 bilhões no setor até 2030. Já a Coreia do Sul prevê US$ 2 bilhões para o desenvolvimento de aplicações da tecnolgia. A previsão da International Data Corporation é que os investimentos globais em Inteligência artificial superem US$ 35,8 bilhões neste ano - 44% a mais do que em 2018.
O Brasil criou uma estratégia digital em 2017 para balizar a digitalização do país, mas não conta com política específica para uso e desenvolvimento de IA. Para o americano Mark Minevich, membro do Conselho de Competitividade dos EUA, o Brasil precisa desenvolver estratégia robusta o quanto antes. "Países como o Brasil têm enorme potencial e futuro, mas precisam agir rápido e criar uma agenda nacional de inteligência artificial. Eu sou otimista de que essa revolução vai criar valor para nós e para as gerações que virão", avaliou.